Bortoleto cumprimenta Hulkenberg em Silverstone. Foto: Stake F1 Team KICK Sauber

Bortoleto cumprimenta Hulkenberg em Silverstone. Foto: Stake F1 Team KICK Sauber

Depois de idas e vindas, em março deste ano a Fórmula 1 cedeu e confirmou uma nova equipe para o grid, a partir de 2026: a Cadillac.

Deu a entender que a categoria não aceitaria receber um time com um nome tão estritamente ligado à IndyCar: Andretti.

Por isso se fez de desentendida, arrumou desculpas meio descabidas para não aceitar a inscrição.

Mas os Andretti (papai Mario e filhinho Michael) perceberam onde estavam os nós e resolveram desatá-los.

A GM já estava na empreitada, como fornecedora de motores para o futuro.

Daí, foi só uma questão de repaginar o time, colocando o velho Mario como diretor e escanteando Michael.

Cadillac F1 Team e não Andretti F1 ou Andretti Grand Prix, ou coisa que o valha.

Na visão da Fórmula 1, o nome Andretti não agregaria nada à categoria que recentemente completou 75 anos de existência.

Cadillac (entenda-se GM) é um nome bem mais robusto.

Feito o preâmbulo, vamos ao próximo passo do novo time.

Sim, uma equipe de Fórmula 1 é algo muito complexo.

Diferente da Indy, tão conhecida dos Andretti, a Fórmula 1 é muito mais profissional.

Não basta, como na Indy, comprar um chassi da Dallara, espetar um motor (Honda ou Chevrolet) e contratar meia dúzia de mecânicos e engenheiros.

Ah, é preciso alugar um galpão para servir de garagem.

Na F1 cada um faz seu chassi, precisa de soluções aerodinâmicas próprias, com túnel de vento, etc...

Se não fabricar motores, precisará comprar de algum fornecedor.

A Cadillac, nesta primeira fase, ainda não terá seu próprio propulsor, e utilizará o da Ferrari, em 2026 e 2027.

Somente a partir de 2028 deverá andar com suas próprias pernas, se é que me entendem.

Então, é preciso escolher a dupla de pilotos.

E a Sauber, que no ano que vem será Audi, talvez seja um exemplo a seguir.

Ou não...

Começar uma equipe "do zero", como a Cadillac, requer cautela e precisão neste quesito.

Parece óbvio que ter pelo menos um piloto experiente seja o mais recomendável.

Foi o que a Sauber fez, antevendo as novas diretrizes da categoria no ano que vem, optando pelo rodado Nico Hulkenberg.

A escolha se mostrou acertadíssima.

Hulkenberg está na primeira folha da classificação do Mundial, em nono lugar e conseguiu um feito inédito em sua carreira, ao subir pela primeira vez em um pódio, com o terceiro lugar no GP da Grã-Bretanha.

Gabriel Bortoleto, estreante, foi a aposta da Sauber para 2025 e 2026.

Com títulos consecutivos na F3 e F2, ambos como novato, Bortoleto chegou ao time austríaco com credencial respeitável.

Mas precisou de 11 corridas para marcar seus primeiros pontos.

Muitos esperavam que ele colocasse Hulkenberg "no bolso", o que não aconteceu.

Mas com metade da temporada pela frente, talvez ele agora tenha mais tranquilidade para subir na tabela e, quem sabe, se aproximar do companheiro de equipe.

Não será fácil. 

Hulkenberg parece com um apetite que talvez nunca tenha demonstrado desde que estreou na F1, em 2010.

Então, a Sauber pode servir de exemplo para a Cadillac.

Bottas ou Pérez como seu piloto experiente e um novato, talvez oriundo da F2 ou alguém que nunca teve chance na F1 (Drugovich) ou algum nome proeminente que esteja na Indy, como Colton Herta e Alex Palou.

Mas é bom não descartar Mick Schumacher, mesmo com seu histórico de chassis destruídos quando competiu pela Haas.

Outra alternativa seria investir em dois pilotos experientes: Bottas e Pérez, para não correr riscos desnecessários.

Se Bortoleto estivesse mais próximo de Hulkenberg, ou até andando melhor que ele, eu diria sem medo de errar que a Cadillac usaria o exemplo da Sauber para optar por um piloto experiente e outro novato.

Talvez seja a derradeira chance para o brasileiro Felipe Drugovich entrar na Fórmula 1.

E se entrar, e não corresponder às expectativas, aí a Cadillac pode seguir o exemplo de outras equipes: Red Bull e Racing Bulls...

Estas tem sido useiras e vezeiras em mudar de pilotos com a temporada em curso... 

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