Colton Herta, hoje na Indy, é um dos candidatos do time que estreará em 2026. Foto: Instagram

Colton Herta, hoje na Indy, é um dos candidatos do time que estreará em 2026. Foto: Instagram

Tudo leva a crer que a "pedra no sapato" para que a Fórmula 1 aceitasse uma nova equipe era mesmo Michael Andretti.
 
O norte-americano, de passagem meteórica pela categoria como piloto em 1993, nem mesmo agora, comandando um grupo robusto de automobilismo, provocou suspiros para a elite do automobilismo mundial.
 
Sim, porque queiram ou não, a Andretti nunca construiu um chassi sequer, nem de Fórmula 4.
 
Montar uma equipe na Indy, comparando ao que é estar no grid da Fórmula 1, é uma moleza.
 
O sujeito aluga uma garagem em um rincão qualquer no meio do nada nos Estados Unidos, compra um chassi (sim, um, porque o cara pode ter um carro só nó grid), aluga um motor, compra pneus e está pronto o Frankenstein.
 
Hoje, inclusive, esse "monstro" é menos esquisito.
 
Afinal, só há um chassi disponível (Dallara), dois motores (Honda ou Chevrolet) e uma marca de pneus (Firestone).
 
Na Fórmula 1, o "buraco é mais embaixo".
 
Cada um faz seu chassi, vários produzem seus próprios motores (Mercedes, Ferrari, Renault).
 
Os custos são tão estratosféricos, e não há nenhum mal nisso (lembrem do ditado português, que diz que "quem não tem competência que não se estabeleça), a ponto de terem bolado um teto orçamentário.
 
Túnel de vento, centenas de funcionários.
 
Michael Andretti montou uma estrutura robusta, em Silverstone, mas a F1 (leia-se Liberty Media) não ficou sensibilizada.
 
Então, o ex-piloto norte-americano "driblou" a situação, passando o controle da Andretti para Dan Towriss, CEO da TWG Global.
 
E o velho Mario Andretti, de 84 anos, será o diretor do conselho da agora Cadillac F1.
 
Sim, o grupo Liberty Media topo a parada com a Cadillac (leia-se General Motors) por trás da jogada.
 
A GM, no entender do Liberty, é mais confiável que Michael Andretti.
 
Faz sentido.
 
Eu, lembrando de "dribles" na esfera futebolística, lembro da "jogada" de Vicente Matheus, que não podia se reeleger presidente do Corinthians, colocando sua esposa Marlene como candidata, que saiu-se vitoriosa do pleito alvinegro.
 
Desconfio, apenas desconfio, que Mario será apenas um fantoche, como foi Marlene Matheus nas mãos do marido.
 
E, ainda no campo da "desconfiança", suponho que Mario (leia-se Michael) e a GM queiram fazer da Cadillac F1 uma equipe genuinamente norte-americana
 
Mais ou menos nos moldes do que foi a Ligier nos nas décadas de 70, 80 e 90.
 
Em alguns momentos, o carro francês tinha motor francês (Matra ou Renault), pneu francês (Michelin), combustível e lubrificantes franceses (Elf) e pilotos franceses (aí a lista é gigantesca, com o precursos Laffite, passando por Depailler, Pironi, Arnoux, Alliot, Bernard, Comas, Grouillard, Hesnault, Jabouille, Jarier, Lagorce, Tambay, Streiff, Panis...
 
Partindo desse pressuposto, venho arrefecer os ânimos ufanistas (leia-se pachequistas) daqueles que acham que em 2026 a Cadillac F1 terá Felipe Drugovich em um de seus carros.
 
Os "pachecos" alemães (não, lá isso não existe), devem tirar o "cavalinho da chuva", achando que Mick Schumacher possa ter alguma chance...
 
Hoje, eu "cravaria" que o norte-americano Colton Herta tem assento garantido na Cadillac F1.
 
Herta está ligado à família Andretti desde 2020 na Indy.
 
É um querido deles.
 
Até a estreia da Cadillac F1, em 2026, a GM e a TWG Global, responsáveis pelo novo time, pensarão em outro piloto estadunidense para a outra vaga.
 
Ou, talvez, um estrangeiro experiente que esteja "dando sopa", tipo um Valtteri Bottas, por exemplo...

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