Em uma simplória comparação, o austríaco Helmut Marko é o técnico da equipe Red Bull na Fórmula 1.
É ele quem escala os pilotos do time dos energéticos.
Marko era um promissor piloto até o GP da França de 1972, em seu segundo ano na Fórmula 1, quando a Lotus de Emerson Fittipaldi passou por cima de uma pedra e esta se chocou contra seu capacete. Ele perdeu a visão do olho esquerdo e deixou as pistas.
Algo que poderia ter acontecido com Felipe Massa, por conta da mola que se soltou da Brawn de Barrichello na classificação do GP da Hungria. Um capacete bem mais resistente, uma viseira quase a prova de balas, minimizou os efeitos sobre o então piloto da Ferrari.
Voltando a Helmut Marko.
Em 2005 passou a trabalhar na Red Bull, como consultor.
E, de lá para cá, foi ele o responsável pela Academia de Pilotos da Red Bull, uma espécie de "Juniores", como acontece no futebol.
Ele não tem muita paciência, é fato.
Parece ser daqueles "técnicos" que já sabe se o menino é "bom de bola" na primeira matada no peito ou no domínio da gorduchinha.
Por isso, diversos pilotos foram limados ainda na sua "Escolinha" e sequer ganharam uma chance no time B da Red Bull, antes a Toro Rosso, agora a Alpha Tauri.
Mas não foi assim com Max Verstappen.
O holandês entrou no radar do time muito cedo e foi promovido da Fórmula 3 diretamente para a Fórmula 1, justamente na Toro Rosso, estreando com 17 anos e 166 dias, o mais jovem da história da categoria, em 2015.
Hoje, seria impossível, pois a idade mínima é de 18 anos, além, claro, da pontuação da sonhada Super Licença.
No ano seguinte, após quatro GPs, trocou Daniil Kvyat por Max Verstappen.
Kvyat, da Red Bull, foi para a Toro Rosso, e Max fez o caminho inverso.
No primeiro GP que Max disputou pela Red Bull, o da Espanha de 2016, venceu.
De lá para cá, é uma história que conhecemos.
Ganhou o título de 2021 e está com as mãos no caneco deste ano.
Impossível, para mim, ontem à noite assistindo o jogo do Palmeiras contra o Botafogo, no Rio, não comparar a situação com a do jovem Endrick, atacante esmeraldino.
Tenho ouvido ponderações bem embasadas, de que é preciso ter cautela com o garoto que encantou nos torneios Sub isso e Sub aquilo, na Copinha.
Mas é tão óbvio que ele é muito acima da média, como Verstappen se apresentava na Fórmula 3, a ponto de ter "pulado" a etapa óbvia da GP2 (hoje F2) e ter se tornado da Fórmula 1, que não tenho quase nenhuma dúvida que o atacante do Verdão está "marcando passo" assitindo os jogos do banco de reservas.
Posso estar redondamente enganado, mas o competentíssimo Abel Ferreira talvez esteja antevendo algum problema à frente, pois certamente vai ter que sacar algum de seus titulares, por tão natural a promoção de Endrick ao time.
Quem "rodar" para a entrada de Endrick vai fazer "biquinho"...
Claro, o potencial de Endrick pode virar "água" se ele conduzir sua carreira como o também promissor Alexandre Pato.
Lembram-se dele?
Surgiu como um cometa Halley no Inter e sequer disputou um Gre-Nal.
Logo foi negociado com o Milan e, de lá para cá, ainda que demonstrando lampejos de craque em parcos momentos, jogou sua âncora no eternamente incipiente futebol norte-americano.
Tomara que com Endrick seja diferente.
Que antes de ser negociado com um time europeu, ele dispute vários dérbis e troque de roupa em acanhados vestiários do interior paulista.
E que Abel Ferreira conheça a história de Helmut Marko e Max Verstappen, a ponto de usá-la de exemplo para logo colocar Endrick na "pista"...
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