O filme "Os Eleitos", de 1983, esmiúça fidedignamente todo o preparo necessário para um ser humano tornar-se astronauta.
A película trouxe à tona o período do chamado "Projeto Mercury", de formação dos primeiros astronautas norte-americanos, entre 1958 e 1963.
Guardadas as devidas proporções, estar no grid de um GP oficial de Fórmula 1 é algo tão especial, exclusivo, quanto ser astronauta e, quiçá, pisar na Lua.
Somente 12 seres humanos pisaram na Lua.
Hoje, apenas 20 almas alinham em um grid da Fórmula 1.
E a trupe de 2025 aparentemente já está definida, salvo alguma mudança (que não surpreenderia tanto assim).
Sem delongas, Pérez pode "dançar" e Franco Colapinto está na mira, talvez na própria Red Bull (o que seria um risco para o argentino ser confrontado com Verstappen) ou, talvez, na Racing Bulls, "passando a perna" no "garantido" australiano Jack Doohan.
A Sauber, ano que vem Sauber-Audi e Audi em 2026, dispensou sua atual dupla, Bottas e Zhou e terá Nico Hülkenberg e Gabriel Bortoleto em 2025.
Zhou, salvo enorme zebra, dificilmente voltará a guiar na Fórmula 1.
Quanto a Bottas, há um caminho interessantíssimo para seu futuro.
De promissor na Williams a coadjuvante de Hamilton na Mercedes, o finlandês, em que pese ter adotado o papel de personagem nos últimos tempos, praticamente um "meme", pode ser útil para o time da estrela de três pontas.
Sem Hamilton, que estará se engalfinhando com Leclerc na Ferrari, a Mercedes seguirá com o insosso Russell e começa a temporada de 2025 com a promessa Kimi Antonelli.
O italianinho, considerado por muitos (incluam Toto Wolff aí) como um novo Verstappen, de fato fez coisas boas até chegar neste ano à Fórmula 2, dando um salto improvável, sem passar pela F3.
Um risco que, aparentemente, está custando caro ao novato.
Sua temporada na F2 é no mínimo decepcionante, e mesmo assim ele foi galgado à posição de titular da Mercedes para a próxima temporada.
Em seu début com o W15, em Monza, no TL1 para o GP da Itália, bateu na Parabólica com dez minutos de atividade.
Depois, no México, também no TL1, foi o 12º, defasado em 1s202 em relação ao líder da sessão, justamente George Russell, com o outro carro da Mercedes.
Posto isso, sem querer agourar Antonelli, a tomar por base estas primeiras impressões, eu não duvidaria se em menos de metade da temporada a Mercedes o saque e coloque seu reserva imediato na sua vaga.
Hoje, o posto pertence a Mick Schumacher.
Não, a Mercedes não vai colocar o filho do heptacampeão neste lugar.
Em sua época na Haas, Mick provou ser um destruidor de carros tão habitual quanto foi o italiano Andrea de Cesaris (1959-2014).
Por isso, entendo que o cargo de reserva da Mercedes em 2025 seja um dos mais interessantes.
Bottas pode ser uma boa opção, caso esteja a fim de fazer o "arroz com feijão" e trazer pontos para a equipe.
A temporada de 2024 pode não ser a derradeira para o finlandês.
Tudo vai depender de Antonelli.
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