Equipe italiana comemora a dobradinha no Bahrein. Foto: Scuderia Ferrari

Equipe italiana comemora a dobradinha no Bahrein. Foto: Scuderia Ferrari

A temporada de 2022 não poderia ter começado melhor para a Ferrari.

A dobradinha no Bahrein, com Leclerc e Sainz, foi até mais do que ela mesmo esperava, muito em função dos problemas da única rival (que tem até o momento), a Red Bull.

Sim, porque a outra que em tese poderá ser páreo neste ano, a Mercedes, só conseguiu um pódio com Hamilton e o quarto lugar com Russell, justamente por conta dos percalços da Red Bull.

Mas, se a Ferrari quiser quebrar o jejum de títulos que dura desde 2007, ano em que o insosso Raikkonen foi campeão, precisará continuar trabalhando duro, como parece mesmo que fez ao longo de 2021, visando o novo regulamento, enquanto Red Bull e Mercedes brigavam como gato e rato pelo Mundial.

E, não apenas no desenho do carro, mas também no belo V6 turbo e todas as traquitanas elétricas que compõe uma receita vitaminada que mostrou ser tão boa a ponto de outras equipes impulsionadas por ele, também terem cumprido bom papel na corrida, casos da Haas e Alfa Romeo.

A pré-temporada deu pistas claras que a F1-75 nasceu muito bem, não era fogo de palha.

Já vi algumas temporadas começarem auspiciosas para alguns times, como foi em 1979 com a francesíssima Ligier, que venceu os dois primeiros GPs daquele ano com Jacques Laffite, na Argentina e no Brasil, com direito a dobradinha em Interlagos (Depailler foi o segundo).

Depois, ao longo das 13 corridas restantes, apenas mais uma vitória, com Depailler na Espanha, e o começo absolutamente azul para o time azul comandado por Guy Ligier, virou fumaça, como se a ciganinha que estampava seus carros tivesse tragado maços e mais maços do estoura peito da Gitanes, a cigarreira que patrocinava o time.

Laffite e Depailler no GP do Brasil de 1979, em Interlagos. Dobradinha do time francês na segunda etapa da temporada, após vitória de Laffite na prova anterior, em Buenos Aires. Mas a quipe não conseguiu manter-se forte durante o ano. Foto: Divulgação

Outra que deu com os burros n´água foi Wolf, dois anos antes, com seu único piloto, Jody Scheckter, que começou a temporada vencendo justamente na estreia da equipe, no GP da Argentina.

Ele venceu apenas mais duas corridas e, ainda assim, foi o vice-campeão, superado apenas pela Ferrari de Niki Lauda.

Em contrapartida, o começo avassalador da Brawn-GP em 2009 acabou com quase todos os louros possíveis, vencendo entre os pilotos com Button e terminando como campeã entre os construtores. Só não foi mais brilhante porque Barrichello terminou em terceiro.

A Red Bull viveu contratempos inesperados nesta prova de abertura da temporada de 2022, pelo que se sabe, até agora, problemas de alimentação de combustível.

De qualquer forma, Verstappen não parecia ter ritmo suficiente para acompanhar Leclerc.

Quanto à Mercedes, possivelmente será necessário muito esforço para transformar o W13 em um carro competitivo.

Apenas ter um carro confiável, como demonstrou ter em Sakhir, não será o suficiente.

E que ninguém se anime com a Haas terminando em quinto e a Alfa Romeo em sexto. 

E esqueçam possíveis "roubadas de cena" da McLaren ou da Alpine.

O campeonato deste ano terá Ferrari, Red Bull e Mercedes na luta.

O único entrave que se pode imaginar para a Ferrari, se continuar navegando tranquila, de velas enfunadas, é uma eventual disputa interna entre seus pilotos.

Mas, nesse quesito, a Ferrari tem longa tradição em sempre privilegiar um em detrimento do outro.

Sorte de Leclerc, o querido o time de Maranello.

Domingo que vem tem mais, o GP da Arábia Saudita.

Não haverá tempo para Red Bull e Mercedes terem se recuperado do nocaute que levaram da Ferrari.

Boa chance para os carros vermelhos abrirem mais vantagem na tabela.

E isso talvez seja fundamental lá no fim do ano.

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