Sempre fui entusiasta do VAR. Sempre defendi que a tecnologia precisava passar a jogar no mesmo time dos árbitros, e não servir apenas para que pudéssemos massacrá-los nas análises pós-rodadas.
Mas confesso que ando um tanto quanto decepcionado com este início de operação do árbitro de vídeo no futebol brasileiro, principalmente. Desde que me entendo por gente, escuto em transmissões de futebol o argumento de que árbitro bom é aquele que passa despercebido durante os 90 minutos de bola rolando. E concordo com esta afirmação.
Mas, o que temos visto nos últimos meses no futebol brasileiro? Todo lance, por mais simples que seja, termina com o árbitro colocando a mão no ouvido para escutar as instruções de seus companheiros de profissão lá na sala em que é operado o VAR.
Aí, o jogo fica parado por minutos, os árbitros de vídeo veem e reveem o lance e caçam qualquer pelo em ovo (em câmera lenta, tudo parece pênalti, tudo parece agressão). Depois disso, chamam o companheiro de campo para a revisão e, coagido pelos colegas da cabine, o homem do apito acaba marcando qualquer pênalti ou expulsando um jogador em um lance que certamente passaria despercebida por todo mundo.
Desnecessário, não é mesmo?
Tivemos exemplo de boa utilização do VAR principalmente na reta final da última Liga dos Campeões da Europa. O jogo corria, não tinha enrolação e o árbitro de campo só era chamado para a revisão em casos realmente relevantes.
Se as pessoas que comandam o VAR seguirem caçando pelo em ovo durante os jogos e insistindo no protagonismo que temos visto, o árbitro de vídeo tem tudo para deixar de ser herói e acabar como vilão. Uma pena.
Foto: Lucas Figueiredo/CBF
A 17ª rodada do Brasileiro até que foi boa para o Corinthians. Mas foi espetacular mesmo para o Palmeiras. O Verdão, apontado como “carta fora do baralho” por muitos, fez sua lição de casa, somou três pontos e assistiu aos tropeços dos outros integrantes do top 5 (empates entre Timão e Flae entre Grêmio e Santos).
Assim, o Alviverde assumiu a quarta colocação, ficando a dois pontos do Santos (3º), a quatro do Grêmio (2º) e a 12 do Corinthians (1º). E um detalhe importante: dos últimos quatro jogos, o Palmeiras foi o time da ponta da tabela que teve o melhor aproveitamento, com três triunfos (Vitória, Sport e Avaí) e um empate (Flamengo).
Neste mesmo período, o líder Corinthians empatou três (Atlético-PR, Avaí e Flamengo) e venceu uma (Fluminense); o vice-líder Grêmio ganhou duas (Ponte Preta e Vitória) e empatou duas (São Paulo e Santos); e o Santos, terceiro colocado, venceu duas (Chapecoense e Bahia) e ficou na igualdade em outras duas oportunidades (Vasco e Grêmio).
Felipe Melo
Cuca ensaiava há tempos afastar Felipe Melo do Palmeiras. O técnico, desde que voltou ao Verdão, sabia que o volante não se encaixaria em seu esquema. Com isso, teria que deixar no banco de reservas um jogador de personalidade que dispensa comentários e muito querido pela torcida. Ou seja, após qualquer tropeço, sofreria uma pressão absurda para escalar Melo.
Mas essa “novela” não chegou ao fim. Afinal, Felipe Melo ainda não deixou o Palmeiras e, claro, pode acontecer de o Verdão ser eliminado da Libertadores pelo Barcelona-EQU. Aí, sinceramente, não duvido nada que a diretoria alviverde considere mandar o técnico embora para reintegrar o volante.
Pablo Almeida da Costa
Não sou muito fã de teorias da conspiração. Por isso, digo que foi a ruindade do assistente Pablo Almeida da Costa que estragou o clássico entre Corinthians e Flamengo. E ele não prejudicou apenas o Timão. Afinal, se o Rubro-Negro conseguisse a virada – e, pelo que jogou no segundo tempo, até merecia -, os comentários pós-jogo seriam de que a vitória teria vindo apenas pelo fato de o Fla ter contado com a ajuda do bandeira.
E, perguntar não ofende: por que não escalaram um assistente mais experiente para o principal jogo da rodada?
São Paulo
Não dá para dizer que o São Paulo fez uma partida brilhante contra o Botafogo. Afinal, o time de Dorival Júnior perdia por 3 a 1 até os 39 minutos do segundo tempo. No entanto, é inegável que a virada épica encheu o Tricolor de moral para essa virada de turno do Brasileirão.
E sigo com meu palpite: o São Paulo não vai para a segunda divisão. Não neste ano, pelo menos.
Foto:Cesar Greco/Ag Palmeiras/Divulgação
Não foi o pênalti desperdiçado por Dudu, que poderia ter dado uma vantagem ainda maior ao Palmeiras diante do Santos na final do Paulistão, que fez com que o torcedor palestrino deixasse o Allianz Parque completamente murcho no último domingo.
Foi a postura da equipe comandada por Oswaldo de Oliveira na etapa complementar do duelo, jogando em casa, com um homem a mais, com o adversário desfalcado de seu melhor jogador e completamente acuado que acabou colocando uma pulga do tamanho de um elefante atrás da orelha dos palmeirenses.
Afinal, se o Verdão não conseguiu liquidar a fatura em um momento tão favorável quanto esse, conseguirá levar o título atuando na Vila Belmiro, com o Peixe contando com o apoio maciço de seu torcedor e, possivelmente, com Robinho? A inoperância alviverde, além de deixar seu torcedor ressabiado, acabou enchendo de moral o Alvinegro para a partida do próximo domingo.
Lances polêmicos
Não acredito que um árbitro vá para um jogo de final de campeonato para favorecer qualquer time, arriscando "queimar" a sua carreira no futebol. Com sua inabilidade, Vinicius Furlan atrapalhou, mais do que um ou outro lado, o espetáculo.
Gol do Palmeiras - Entendo que Robinho, impedido, participou da jogada do tento anotado por Leandro. Ao deixar a bola passar por entre as suas pernas, o meia acabou confundindo a zaga santista. Em lances do tipo, um rápido instante em que o defensor demore para seguir na jogada por achar que o atleta que não tem condições de jogo irá tocar a bola faz muita diferença.
Pênalti em Rafael Marques - Honestamente, não vi infração na jogada. Rafael Marques armou o chute e deu um pulo completamente desproporcional ao sentir um toque mínimo em seu quadril.
Pênalti marcado em Leandro - A falta aconteceu MUITO antes da área. Mas o árbitro acertou ao expulsar Paulo Ricardo, que era o último homem, mas errou novamente ao não mandar voltar a cobrança desperdiçada por Dudu.
Foto: Ernesto Rodrigues/Folhapress/Reproduzida do portal UOL
Os companheiros que fazem a cobertura do Palmeiras e do Santos cravam: Valdivia e Robinho estão fora do jogo de ida da decisão do Paulista. O primeiro, por lesão no joelho - grande novidade, hein? -, enquanto o segundo se recupera de um edema na coxa esquerda.
Caso as informações se confirmem - os clubes desconversam sobre as ausências -, o Peixe sentirá muito mais a falta de Robinho do que o Verdão a de Valdivia.
Isso pelo fato de o Santos, entendo, ter conseguido realizar boa campanha no Paulistão graças ao rápido entrosamento do Rei das Pedaladas com Ricardo Oliveira, artilheiro do Paulistão com 10 gols.
As improvisações de Chiquinho ou de Marquinhos Gabriel na vaga de Robinho, opções que são consideradas pelo técnico Marcelo Fernandes, podem até dar certo, mas, honestamente, não inspiram muita confiança.
Em contrapartida, o Palmeiras chegou à final do Paulista sem depender quase nada de Valdivia. Tirando o duelo diante do Botafogo-SP pelas quartas de final, quando o chileno, de fato, desequilibrou, o Verdão fez ótimas apresentações no Estadual mesmo sem o meia, que passou boa parte destes primeiros meses de 2015 machucado.
Além disso, o meio-campo palmeirense conta com jogadores de muita qualidade, como Robinho, que deve atuar um pouco mais recuado, e o ótimo Cleiton Xavier, que provavelmente vai armar o time um pouco mais próximo aos atacantes.
Mas, sobre tudo isso, se faz necessário ressaltar um ponto: existe muita gente apostando que a lesão de Valdivia pode ser um blefe alviverde para confundir o adversário às vésperas da final.
Bom, o clube tem o direito de usar a estratégia que bem entender, é verdade. Mas também é verdade que eu tenho o direito de achar este tipo de manobra completamente constrangedora.
Foto: EFE/Reproduzida do portal UOL
Faltam palavras para definir a atuação de Sandro Meira Ricci no Majestoso válido pela última rodada da fase de grupos da Libertadores-2015. As precipitadas decisões do árbitro, obviamente, interferiram no resultado e também no ritmo do jogo.
Mas não são só os corintianos, que tiveram dois jogadores expulsos injustamente, que têm o direito de protestar contra Ricci. Os são-paulinos também deveriam se revoltar contra a arbitragem do mineiro, que hoje apita pela Federação Catarinense.
Afinal, o São Paulo, tão ridicularizado neste início de ano por não conseguir vencer seus rivais, teve diante do Corinthians a chance de ouro de ir à forra e triunfar com propriedade sobre a equipe que, pelo menos até uma semana atrás, era considerada a melhor do Brasil por grande parte da crônica esportiva.
Mas, aí, veio a sequência de trapalhadas de Ricci, que acabou dando ao corintiano, além de grandes frustrações, ótimas desculpas para a derrota de seu time, que aconteceria, acredito, de um jeito ou de outro.
Para completar, além do sorriso amarelo ao comentar a vitória de seu time sobre um de seus maiores rivais, o são-paulino terá também na próxima fase da Libertadores uma missão para lá de ingrata: enfrentar nada menos do que o bicampeão brasileiro Cruzeiro.
Mesmo com a boa vitória sobre o Timão, o Tricolor entra como zebra no duelo, e isso por conta da evolução do time de Marcelo Oliveira nos últimos jogos da Libertadores.
Já o Corinthians, claro, contra o Guaraní-PAR, mesmo sem poder relacionar Mendonza e Emerson Sheik, é o favorito. Mas, após essa acachapante derrota para o São Paulo, já pode ligar todos os sinais de alerta possíveis e imagináveis.
Foto: Rivaldo Gomes/Folhapress/Reproduzida do portal UOL
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