O regozijo das férias...
Ledo engano, pelo menos no mundinho da Fórmula 1.
Depois da última etapa, em Melbourne, no começo do mês, uma longa pausa para os padrões atuais do inchadíssimo calendário.
Os carros voltam à pista apenas no próximo dia 30, com a prova em Baku.
E por mais que a FIA tente ser controladora da categoria, com o infame "teto de gastos", o trabalho rola solto nas sedes dos times.
Considero infâme o "teto de gastos" pois entendo que em uma categoria de topo como a Fórmula 1, onde a tecnologia de ponta impera, restringir os gastos das equipes é um contrassenso.
Partilho daquele ditado lusitano: "quem não tem competência que não se estabeleça".
Vejam a que ponto chegaram.
A campeoníssima Red Bull tem menos tempo de túnel de ar que as outras...
Os engenheiros trabalham melhor que os outros e, de presente, "ganham" uma restrição de tempo de trabalho...
Presente de grego, diga-se.
É mais ou menos o que a Stock Car inventou em 2020, com a adoção dos novos carros.
O tal "lastro do sucesso" que eu entendo muito mais como um "lastro do castigo".
Com duas marcas diferentes, Chevrolet e Toyota, isso até se justificaria em um primeiro momento, embora, de fato, os carros sejam praticamente iguais em termos estruturais.
Já estamos na quarta temporada com esse regulamento injusto, que pune com mais peso embarcado no carro aquele que tem mais pontos no campeonato...
O líder do certame, por exemplo, leva 30 quilos para a etapa seguinte.
Absurdo!
Já deu tempo de todos se equalizarem, não é mesmo?
E quem não conseguiu, azar!
Mérito de quem conseguiu, oras!
Até parece que a turma da Vila Olímpia é comunista...
Bom, esse assunto me incomoda e por isso acabei desviando do foco.
De volta à Fórmula 1.
Esse período sem corridas servirá, de certo, para quem se aproximou da Red Bull (Aston Martin), tentar melhorar um pouquinho e fazer Alonso voltar a ganhar um GP, o que não acontece desde 2013...
Para quem andou para trás (Ferrari), recuperar aquilo que perdeu no novo carro...
E, para não me estender muito, para a Mercedes, que começou tudo errado de novo, manter as garrafas térmicas de café cheias para que projetistas, engenheiros e mecânicos consigam fazer um carro novo até a sexta etapa, no GP da Emília-Romanha, em Ímola.
A turma da Red Bull, claro, não vai domir em sua fábrica, na pacata Milton Keynes.
Mesmo porquê latinhas de energéticos não faltam por lá.
A cafeína sempre está garantida...
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