Italiano, de volta à F1, em momento-chave para a equipe francesa. Foto: Divulgação/Alpine

Italiano, de volta à F1, em momento-chave para a equipe francesa. Foto: Divulgação/Alpine

Todo o maquiavelismo de Flavio Briatore não seria consumado se ele não tivesse contado com a nefasta atitude de seu segundo piloto, um jovem assustado que levava uma sova miserável do seu companheiro de equipe.
 
Um piloto que ganhou a benesse de seguir sua carreira graças à delação premiada que fez.
 
Poderia ter continuado na Fórmula 1, só não conseguiu porque nenhuma equipe lhe ofertou um assento.
 
Acabou condenado pelo "Tribunal do paddock", no fundo, mais implacável que o da FIA.
 
Encontrou outros caminhos.
 
Não era mesmo um caso de "pena perpétua".
 
Isso deveria ser aplicado a governante que tira sarro de doentes com falta de ar e atrasa a compra de vacinas.
 
Voltando à vaca fria...
 
Não estou aqui para `absolver´ Briatore, longe disso.
 
Mas ele foi autorizado à retornar à F1.
 
E a Alpine, que andava se arrastando pelas pistas há tempos, trouxe o italiano para ser seu consultor executivo.
 
Pode ser um furo n´água, como acontece com profissionais que fizeram muito sucesso em um tempo e não conseguem repeti-lo depois.
 
Seja qual for a atividade.
 
Tipo o treinador de futebol que esteve na primeira prateleira por vários anos e não conseguiu se reciclar.
 
E tenta repetir as mesmas fórmulas de "projetos" vencedores...
 
Mas Briatore nunca foi "treinador" na Fórmula 1, ou seja, nunca foi o homem dos projetos, o cara da prancheta...
 
Esse, claro, pode ficar defasado.
 
Briatore sempre foi o "cérebro", o sujeito da organização, com faro aguçado para colocar as pessoas certas nos lugares certos, incluindo projetistas, pilotos e mecânicos.
 
Ele já está trabalhando nos bastidores da equipe francesa que, ao que tudo indica, talvez desista de produzir seus próprios motores na virada do regulamento, em 2026.
 
Mudar o nome de Renault para a Alpine, lá atrás, talvez já tenha sido premeditado.
 
Há grande chance de que o time se acerte com a Mercedes.
 
E ficaria estranho uma "Renault-Mercedes"...
 
Alpine-Mercedes, por outro lado, soa melhor.
 
E mais.
 
Com a gradativa melhora, já perceptível nos últimos GPs, a vaga de Esteban Ocon tem tudo para ser preenchida por alguém de peso, ainda que não seja um piloto do primeiríssimo escalão, no caso, Carlos Sainz.
 
Mas Sainz é suficientemente bom para este necessário imulpulso.
 
Briatore não vai (nem pode) repetir uma atitude como a de 2008, que resultou no "Singapuragate".
 
Eu não faço apostas, mas se fizesse, jogaria algumas fichas em uma futura, e não muito distante, melhora significativa da Alpine.
 
Briatore, no popular uma espécie de "Malvado Favorito", tem tudo para alavancar a equipe.

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