Corrida sprint foi legal e deveria servir de exemplo para o mundo da bola. Foto: F1/Twitter

Corrida sprint foi legal e deveria servir de exemplo para o mundo da bola. Foto: F1/Twitter

Eu estava curioso para saber o que aconteceria na corrida sprint da Fórmula 1, que definiu o grid para o GP da Grã-Bretanha.

Errei feio em meu prognóstico inicial, pois achei que seria uma procissão, todo mundo com medo de todo mundo, um 0 a 0 de amargar, tipo alguns jogos de futebol em que ficamos cochilando, refestelados, babando no braço do sofá...

Não foi.

Desde a largada, Verstappen mostrou um apetite voraz, deixou Hamilton para tras e liderou as 17 voltas.

Alonso também foi espetacular, segurando, até o quanto pôde, os dois carros da McLaren, após largar em 11º e completar o primeiro giro em quinto.

Que pena que o espanhol não tenha um carro vencedor nas mãos.

Sem bola de cristal, suponho que a iniciativa, hoje restrita a três GPs nesta temporada (Grã-Bretanha, Itália e, talvez, São Paulo), será adotada em mais provas no ano que vem.

Vamos ver, a primeira impressão foi boa, mas não pode haver exageros.

No futebol, por exemplo, algumas inovações foram bem-vindas. 

O goleiro não poder usar as mãos nas atrasadas de bola foi das melhores.

Sou frontalmente contrário ao VAR, pelo menos nos moldes atuais.

Tecnologia, acho, somente para saber se a bola entou ou não, e o resto deveria ser decidido pelo árbitro e seus dois assistentes no campo. Só.

Há um certo tempo, antes mesmo da adoção das corridas sprint na Fórmla 1, eu comentava com amigos que acho os jogos de futebol muito longos, salvo exceções de praxe.

Por 90 minutos ficar diante de uma tevê, ou em um estádio, pode ser extremamente prazeroso ou um verdadeiro martírio.

Aqueles 0 a 0, com raríssimos chutes a gol, três zagueiros e três volantes em cada time, um centroavante perdido no meio dos beques...

Haja paciência...

Vejo equipes precisando da vitória mas entrando em campo com esse tipo de formação, apostando em "jogar por uma bola".

Se a tática não dá certo, aí, lá pelos 35 do segundo tempo, enchem o time de atacantes, que ficam mais perdidos que cachorro em dia de mudança, sem ninguém para lhes servir bolas de qualidade.

No final da partida, os treinadores desfilam o insuportável tatiquês, com "linhas altas", "volância", "quebrar linhas"...

Para dinamizar as coisas, acho que poderiam, em alguns torneios, serem adotadas partidas mais curtas, cada tempo com 30 minutos corridos.

Os times teriam de ser mais agudos, buscar o resultado com mais intensidade.

A exemplo da Fórmula 1, talvez o futebol devesse adotar "jogos sprint".

Naquela tendência do "menos é mais", certo?

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