A Conmebol, organizadora da Copa América, continua com seu pensamento tacanho de que qualquer evento de futebol por ela administrado vale “os olhos da cara”. Na competição disputada no Brasil, por exemplo, mesmo com seleções de baixíssimo nível técnico, sem contar os convidados desinteressantes, os ingressos estão absurdamente caros. A resposta do torcedor está nos estádios vazios.
Os valores são variáveis (de acordo com a fase da competição e a importância do jogo), mas vão de R$ 60 em área popular das arenas de Corinthians e Grêmio na primeira fase à R$ 890 para quem quiser acompanhar a decisão do torneio no melhor lugar do Maracanã. Confira os preços na tabela abaixo.
Um acinte se levarmos em consideração apenas a situação socioeconômica do Brasil, país sede. Se estendermos essa análise para a América do Sul a ofensa é ainda maior, uma vez que, além das entradas, nossos vizinhos precisam, invariavelmente, arcar com despesas de transporte e hospedagem.
Onde foi parar o conceito de esporte mais popular do continente? Acontece que torcedor não se engana mais. Se quer cobrar além da conta, a Conmebol que ofereça um produto melhor. Nem mesmo a seleção brasileira conseguiu lotar o Morumbi. E olha que o valor da renda apresentada (acima dos 22 milhões de reais) foi a maior já registrada na história do futebol nacional.
Imagino aqui que, se quiser estádios lotados e torcedores engajado, a Conmebol deveria reduzir o preço dos ingressos e reconhecer que errou na mão. Ou isso ou continua se enganando, achando que o combalido futebol sul-americano vale tudo isso. Porque o torcedor ela já não engana mais.
Ivan Izzo tem 53 anos e, atualmente, é treinador de futebol. Foi atleta, goleiro do Palmeiras e outros clubes pelo Brasil e auxiliar-técnico.
Era essa a função que ele desempenhava na Comissão Técnica do Santos em 2010. Ao lado do treinador Dorival Júnior, Izzo conquistou o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. E seguia com o trabalho no Campeonato Brasileiro.
Tudo ia bem até o dia 15 de setembro, quando o Peixe venceu o Atlético Goianiense por 4 a 2, na Vila Belmiro, mas Neymar se rebelou ao não ser autorizado pelo treinador a bater uma penalidade em favor do Santos.
Naquela noite, pela primeira vez, o jogador atacou a hierarquia do futebol: além da insubordinação com o comandante, discutiu com companheiros em campo e a confusão se estendeu ao vestiário do clube.
"Eu vou tomar muito cuidado. Acho que seria injusto e oportunista da minha parte (falar alguma coisa agora) dentro desse momento pessoal, para não gerar mais nenhum tipo de desconforto", adianta Ivan, antes de falar sobre o episódio, durante o programa Na Geral, da KISS FM.
"Ficou para trás. Ele seguiu a carreira dele e eu segui a minha. Naquele momento nós participamos do crescimento dele. Ele, em seis meses, se transformou no maior jogador brasileiro. Eu me recordo que, às vezes, em dias de treinamento, descia um helicóptero no CT do Santos e ele tinha ido participar de algum evento publicitário. Então, a vida dele naquele período se transformou.", lembra.
Ivan não quis falar abertamente sobre os desdobramentos da indisciplina. A discussão entre Dorival e Neymar chegou ao vestiário e o tom subiu. Ivan saiu em defesa do treinador e acabou sendo vítima da ira de Neymar que atirou um copo de isotônico contra o profissional. Ivan entende que o evento faz parte do futebol, não guarda rancor e até elogia o atacante.
"(Ele era) muito profissional, extremamente dedicado, em termos de relação com o grupo, uma relação extremamente positiva. O fato que aconteceu naquele dia até nos causou surpresa porque não era feitio dele. O que aconteceu no vestiário, ficou no vestiário", esquiva-se.
Depois do jogo até o técnico do Atlético Goianiense se indignou com a atitude intempestiva de Neymar. Foi nessa noite que Renê Simões alertou: "estamos criando um monstro".
Neymar foi afastado da partida seguinte do Santos, contra o Guarani. O técnico Dorival Junior pretendia estender a punição por mais alguns dias, mas o presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, o LAOR, queria o craque em campo no meio de semana, no clássico contra o Corinthians.
Moral da história: Dorival e Ivan foram dispensados na noite da terça-feira, dia 21 de setembro, 24 horas antes da partida contra o rival. Ou seja, naquele braço de ferro, Neymar levou a melhor.
Marcelo Martelloti, que até então treinava o sub-20, assumiu o time no dia do jogo. Em campo, Neymar não foi capaz de impedir a derrota do Peixe. Apesar de atuar 90 minutos + acréscimos e anotar um dos dois gols da equipe, o Timão saiu de campo vencedor por 3 a 2.
Ouça abaixo a entrevista do ex-auxiliar-técnico Ivan Izzo, concedida ao programa Na Geral, da KISS FM de São Paulo, no dia 04 de junho de 2019:
O técnico Dorival Júnior está no Paraguai, mas não para acertar com o Cerro Porteño. O treinador foi considerado para comandar o time guarani, mas a direção do clube decidiu pela contratação do argentino Miguel Angél Russo, que será anunciado nos próximos dias.
Dorival está na Conmebol. Foi convidado pela entidade que comanda o futebol sul-americano para ser analista dos jogos entre seleções na disputa da Copa América. Assim como outros treinadores do continente.
Sobre as tratativas com o Cerro, que não avançaram, a própria direção do clube paraguaio telefonou ao agente Luiz Carlos Santos Jr, da Sport Agent, empresa que abriu a negociação entre as partes, para agradecer pelas conversar e informar que “as portas ficaram abertas”.
Já o argentino Russo vem de trabalho inconsistente no Alianza Lima, do Peru. Por lá disputou 15 partidas e venceu apenas três. Perdeu oito vezes e deixou o clube na fase de grupos da Libertadores, após revés para o Internacional.
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Sempre defendi (ou tentei defender) Neymar como jogador de futebol, tipo o “craque perseguido” ou o “jogador injustiçado”. Mas Neymar não se ajuda e, muito menos ajuda quem tenta sair em sua defesa. Às vezes até sabendo que ele nem mereceria tamanho entusiasmo.
Desde o primeiro ato polêmico e que gerou desdobramento, ainda no Santos, ao se desentender com o técnico Dorival Jr por causa de uma cobrança de pênalti, o atacante coleciona condutas desabonadoras.
Foi exatamente neste jogo de 2010, contra o Atlético Goianiense, que o técnico Renê Simões comentou a atitude do então candidato a estrela: “estamos criando um monstro”. Parece que o tempo deu certa razão ao experiente trabalhador.
Não que Neymar seja um monstro, sem coração, irracional... ou criminoso. Mas, lá se vão nove anos (desde aquela noite de 2010) e uma série de polêmicas e de condutas questionáveis dentro e fora do campo.
Chicão, Sandro Meira Ricci, final do Mundial contra o Barcelona em 2011, transferência para a Espanha, Justiça Espanhola, Cavani, Copa América de 2015, brigas e provocações desnecessárias com adversários, vaias da própria torcida do PSG, o cai-cai da Copa da Rússia e as mais recentes:
Soco em torcedor na decisão da Copa da França, a discussão com o lateral alemão e companheiro de equipe Draxler e, por fim, a acusação do último fim de semana. Óbvio que muita coisa ficou pelo caminho, não foi citada aqui.
Tudo isso poderia ser evitado? Se não tudo, boa parte disso. Afinal de contas, Neymar tem uma empresa responsável por sua gestão de imagem. O único problema é que essa empresa pertence ao pai do jogador. Neymar da Silva Santos é um homem que se contenta em ser o pai do Neymar e gozar de suas benesses. Pelo filho talvez pudesse fazer mais. Pela imagem do filho, com certeza, poderia fazer muito mais.
A condução da gestão de imagem aparentemente se baseia em apenas um aspecto: buscar parcerias que projetem a carreira do atleta e que pussam mantê-lo como uma estrela também fora das quatro linhas.
Se esqueceram da gestão do ser humano. E deveria ser essa a premissa deste trabalho. Afinal de contas, é o jovem Neymar, o homem Neymar (esqueçam essa história de menino Ney pelo amor de Deus) e seus atos que, mais do atrair, vão manter os parceiros profissionais.
Voltamos a 2010. Será que naquele momento um dos seus gestores lhe chamou a atenção para a postura dentro de campo? De como o respeito à hierarquia é importante no futebol? Será que alguém em algum momento da vida lembrou Neymar do quanto o futebol é importante para a vida de tantas crianças e como os ídolos do esporte influenciam em suas formações?
O instituto tocado pelo jogador e sua família potencializa ainda mais a necessidade de ser responsável dentro e fora de campo para ser referência para as crianças lá assistidas.
Sabe quando a gestão de carreira vai funcionar? Quando os mais de 30 parceiros do atleta (listagem consta no site da empresa NR Sports) repensarem a condição. Seria este o parceiro ideal para marcas que pretendem passar ao mundo exemplos de responsabilidade, cidadania e bem-estar?
Em busca de um substituto para a vaga de Fernando Jubero, o Cerro Porteño pode acertar com o técnico Dorival Júnior, desempregado desde a saída do Flamengo, no fim do ano passado.
Ainda não há negociação em andamento, mas o nome do treinador brasileiro é analisado pela cúpula de futebol do clube guarani. O nome do argentino Pedro Troglio, que estava no Gimnasia La Plata, foi descartado pela dirertoria.
O "rival" na disputa pelo posto é o argentino Ramon Diaz, nome de preferência do diretor de futebol do Cerro. Roberto Nanni trabalha com o nome do compatriota como principal candidato à vaga.
Para aumentar as especulações sobre a possibilidade, Diaz anunciou na noite desta segunda (27) sua saída do Pyramds FC, do Egito, onde dirigiu o time em 12 oportunidades nos últimos meses.
Entretanto, um grupo de conselheiros e alguns dirigentes próximos ao presidente Raúl Zapag defendem o nome de Dorival Júnior para conduzir o time na disputa das oitavas de final da Libertadores e no restante da temporada.
O Cerro Porteño será adversário do San Lorenzo, da Argentina. Se avançar, o clube paraguaio pega o vencedor do confronto entre Cruzeiro x River Plate.
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