Três jovens pilotos, todos da Fórmula 2, vinculados à Academia Ferrari, estiveram em Fiorano na última quarta-feira (30) para um teste privado com o carro que o time usou na temporada de 2018, a SF71H.
Carro bom, diga-se, sobretudo quando comparado à carroça que a equipe de Maranello utiliza em 2020.
Pela ordem de entrada na pista italiana, o russo Robert Shwartzman, o britânico Callum Ilott e o alemão Mick Schumacher.
É claro que os tempos de suas voltas não foram divulgados, e isso pouco importa mesmo.
Neste suposto "vestibulinho", Mick Schumacher, filho de Michael Schumacher, não é apenas o favorito, é o único dos três com vaga praticamente assegurada à próxima temporada da Fórmula 1.
Deverá ser piloto da Alfa Romeo. Na pior das hipóteses, da Haas.
Duas "bombas" sobre rodas na atualidade, ambas intimamente vinculadas à Ferrari.
A Alfa Romeo, no fundo, é a Sauber.
O time suíço de Peter Sauber, que jamais rivalizou com as forças do primeiro pelotão, devia tanto dinheiro à Ferrari, uma soma tão obscena à sua fornecedora de motores, que a única solução foi ceder o nome à Ferrari, que a rebatizou de Alfa Romeo, marca que está debaixo do guarda-chuva ferrarista.
A saída encontrada pela Ferrari, no fundo, está se demonstrando um tiro no pé. A Alfa Romeo (que na verdade é a Sauber) está rastejando em 2020 e isso não fortalece a marca nem mesmo na Velha Bota.
A Haas também recebe motores da Ferrari, mas é um time mais independente, digamos.
Porém, ainda assim, pode acomodar um dos três jovens pilotos citados acima, caso a Ferrari meta o pé na porta.
Fato é que a Ferrari tem uma gratidão enorme por Michael Schumacher, hoje em estado de saúde absolutamente desconhecido, embora as suposições induzam a um cenário nada alentador.
Michael tirou a Ferrari de um jejum de títulos assombroso em 2000, que durava desde 1979.
Mick Schumacher, a exemplo dos outros dois, ainda testarão em finais de semana oficiais da F1, nas primeiras sessões de sexta-feira.
Mick andará com a Alfa Romeo (no lugar de Antonio Giovinazzi) e Illot com a Haas (no lugar de Romain Grosjean), ambos em Nurburgring, no TL1 do GP do Eifel. Shwartzman faz o mesmo no TL1 de Abu Dhabi, restando saber se por Alfa Romeo ou Haas.
Será um "vestibulinho" mais sério, claro, até porque não se sabe se neste "exame de fachada" de Fiorano, a Ferrari disponibilizou aos três as mesmas condições técnicas.
Entendam por isso pneus, quantidade de combustível, configurações aerodinâmicas e aquelas traquitanas eletrônicas.
Mas, independente de qualquer coisa, exceto por um improvável desempenho pífio de Mick Schumacher, ele caminha a passos largos para estar no grid da F1 em 2021.
Mick Schumacher, a grosso modo, já tem o "gabarito" da prova nas mãos, antes de fazê-la...
Este "vestibulinho" da Ferrari é aquilo que no popular dizemos ser apenas "para inglês ver".
Ou para que os italianos vejam...
Eles, que sonham em ver um Schumacher voltando a vencer pelo time rosso...
Boa sorte ao rapaz, porque carregar um sobrenome desse peso não será fácil...
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