O piloto brasileiro ao lado do chefe da Sauber/Audi, Mattia Binotto. Foto: Stake F1 Team KICK Sauber

O piloto brasileiro ao lado do chefe da Sauber/Audi, Mattia Binotto. Foto: Stake F1 Team KICK Sauber

Dia 30 de março de 1972, Interlagos, São Paulo, Brasil.

No autódromo paulistano, neste dia, uma prova que serviu de teste para que a FIA se convencesse que nesta pista, então com 7.960 metros, os carros da Fórmula 1 poderiam disputar um GP válido pelo campeonato, o que de fato aconteceu em 1973.

Voltando a 1972...

Neste GP que serviu de teste, além dos irmãos Fittipaldi, Emerson e Wilsinho, por Lotus e Brabham, e José Carlos Pace (March), outro piloto brasileiro se atreveu a tentar correr, e conseguiu.

Um dos maiores nomes do automobilismo nacional, Luiz Pereira Bueno, o Luizinho, com uma trajetória admirável por carros de turismo e Fórmula Ford, alugou um March-Cosworth e enfrentou o desafio que se impôs.

Esqueçam essa história de Superlicença ou pontos em categorias de base pela Europa para se credenciar a ser um piloto de Fórmula 1.

O caminho era bem mais tranquilo.

Na corrida, que não valeu pontos pelo campeonato, vencida pelo argentino Carlos Reutemann, Luizinho terminou em um honroso sexto lugar entre os 12 carros que alinharam no grid. Como era uma prova experimental, diversas equipes que havia disputado o GP da Argentina, uma semana antes, não vieram para o Brasil.

Mais.

No ano seguinte, agora o primeiro GP do Brasil de Fórmula 1, em 1973, lá estava Luiz Pereira Bueno novamente, desta vez conseguiu um carro do saudoso John Surtees, ex-piloto que na época tinha sua própria equipe na F1.

O brasileiro concluiu em 12º lugar (20 largaram), e Emerson Fittipaldi foi o vencedor.

O preâmbulo teve como objetivo pontuar a diferença abissal entre a Fórmula 1 quase pueril dos anos 1970 para esta, em que ser piloto de Fórmula 1 é mais difícil do que ser astronauta.

Desde 2017 sem um representante brasileiro na Fórmula 1, Gabriel Bortoleto fura este jejum a partir de 2025, quando ocupará um dos assentos da Sauber/Audi.

Sem mais delongas...

O piloto paulista, natural de Osasco, impressionou o paddock da Fórmula 1 por razões óbvias.

Em 2023 foi campeão (com sobras) da Fórmula 3.

Saltou para a Fórmula 2 em 2024 já como integrante da Academia da McLaren, e começou a temporada cravando a pole em Sakhir.

Venceu na Áustria e começou sua escalada para brigar pelo título.

A "cereja do bolo" aconteceu em Monza.

Após errar na classificação, largou em último nas duas corridas, a Sprint e a principal.

Terminou a Sprint em oitavo e venceu a principal, sob os olhares de toda gente graúda da Fórmula 1, que estava no circuito para o GP da Itália.

Com o experiente Nico Hülkenberg já assegurado para 2025, restava à Audi, ou Sauber, ou Sauber/Audi, como queiram, escolher um companheiro para o alemão (que jamais subiu a um pódio da F1, apesar de mais de 200 largadas na categoria).

Não faria muito sentido manter o já maturado Valtteri Bottas, que de promissor na Williams a coadjuvante na Mercedes, tornou-se um arremedo de piloto, um meme que perambula pelos autódromos e em cachoeiras geladas da Finlândia.

Bortoleto nem precisa ser campeão da Fórmula 2, mas este ano já convincente pela categoria, vale mais que um título conquistado depois de martelar por três temporadas.

Foi o que aconteceu, por exemplo, com outro brasileiro, Felipe Drugovich, e o francês Theo Pourchaire, este justamente piloto reserva da Sauber...

Ambos foram campeões da Fórmula 2 em suas terceiras temporadas...

As cúpulas das equipes da Fórmula 1 não desprezam esse tipo de situação.

Uma coisa é você brilhar, ainda que não seja o campeão, em seu ano de estreia.

Outra, é levantar o caneco na terceira temporada, competindo com uma maioria de novatos e em circuitos já conhecidos como a palma da mão.

Resumindo, Bortoleto impressionou muito mais que Drugovich e Pourchaire.

Por isso chegou à Fórmula 1.

A receita é `simples´.

Para chegar ao topo do automobilismo é preciso impressionar nas categorias de base desde a estreia.

Isso, Bortoleto fez. 

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