Toninho Guerreiro foi um dos maiores artilheiros do país e agora tem sua história eternizada por Odir Cunha

Toninho Guerreiro foi um dos maiores artilheiros do país e agora tem sua história eternizada por Odir Cunha

Aguardei até esta quinta-feira, dia em que escrevo a coluna no site Terceiro Tempo, para anunciar o início da campanha de financiamento coletivo, pela Kickante, do livro “Glória e Drama de um Guerreiro, a biografia de Toninho”. O livro, de 300 páginas, terá tiragem limitada e será lançado em maio, um mês antes da Copa, mas já é possível garantir seus exemplares desde já e até com o seu nome impresso na obra.

Com a proximidade da Copa já se começa a falar dos craques memoráveis que brilharam nos Mundiais. Decidi, porém, pesquisar e escrever sobre Toninho Guerreiro, cortado da Copa de 70 com a desculpa de uma sinusite. Creio que lembrar seu talento incomum para marcar gols e seus feitos impressionantes é uma forma de perpetuar sua história em livro e também de lembrar alguns dos grandes nomes do futebol que jamais tiveram a honra de disputar uma Copa.

Trata-se de um enredo de muitas alegrias (e algumas decepções) que interessa, particularmente, a santistas e são paulinos. Mas todo apreciador do bom futebol deve se interessar pela carreira de um dos maiores goleadores brasileiros, capaz de marcar mais gols que Pelé em uma temporada e o único a ser campeão paulista cinco vezes consecutivas.

Toninho é daqueles poucos que fazem jus ao termo “artilheiro nato”. Nascido em Bauru em 10 de agosto de 1942, cresceu em uma família de pai e irmãos bons de bola, começou a jogar no Paulista, time amador de sua cidade, e aos 17 anos já assinava o primeiro contrato profissional, com o Noroeste. Dois anos depois estava no Santos.

Como era impossível tirar a posição de Pagão e Coutinho, dois centroavantes geniais, Toninho começou entrando na ponta-direita. Só se firmou como titular em 1964 e a partir daí participou decisivamente de inúmeras conquistas do Santos, chegando às vésperas da Copa de 70 como o melhor de sua posição no Brasil.

– Eu estava treinando na Seleção, olhei para o banco de reservas e não acreditei. Lá estava Toninho, o melhor centroavante do Brasil, mas eu tinha sido escalado no seu lugar – escreveria Tostão anos depois.

Com a queda do técnico João Saldanha, Zagallo promoveu Roberto, do seu Botafogo, e convocou Dario, o preferido do presidente Garrastazu Médici. A sinusite foi o jeito encontrado para desconvocar Toninho, que jamais superou o trauma de ser cotado a poucos dias da Copa.

Homem simples, generoso, Toninho comprou casas para todos os seus irmãos, emprestou uma fortuna para um jogador famoso que nunca o pagou e viveu os últimos anos trabalhando na oficina mecânica de um amigo na Lapa, em São Paulo. Então, o ídolo vivia sujo de graxa, mas se dizia feliz. Sua única mágoa era não ter jogado a Copa de 70.

Toninho Guerreiro morreu de derrame cerebral aos 47 anos e meio (coincidentemente a mesma idade em que meu pai, o seu Moacyr, se foi), mas deixou um vida cheia de lições e uma trajetória no futebol que não pode ser esquecida. Se você quiser garantir o seu exemplar da biografia deste notável artilheiro, dê uma olhada no link da campanha: https://www.kickante.com.br/pre-venda-coletiva/pre-venda-gloria-e-drama-de-um-gurrreiro

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