Foto: Lucas Uebel/Grêmio

Me pegou de surpresa a saída Renato Gaúcho do comando do Grêmio, confesso.

Mesmo após a vexatória eliminação do Imortal da pré-Libertadores, que aconteceu na noite da última quarta-feira.

Não sei, tenho a sensação de que um foi feito para o outro e pensava que essa passagem de Portaluppi pelo Tricolor bateria o recorde de Alex Ferguson no Manchester United (27 anos).

Mas, são coisas que acontecem e tanto o Grêmio quanto o treinador terão muito sucesso nas sequências de suas vidas.

Mas agora ficam as dúvidas:

Quem assumirá a equipe azul do Rio Grande do Sul?

E qual time contratará Renato, que é dos treinadores mais vitoriosos do continente nos últimos tempos.

Sobre a primeira pergunta, eu apostaria em Felipão.

Uma boa, não acham?

Sobre a segunda, vejo dois possíveis destinos para Portaluppi.

O menos óbvio é o Atlético-MG, já que a torcida vem pegando no pé de Cuca insistentemente e injustamente.

O mais óbvio, é claro, é que ele assuma o Corinthians.

Sim, Vagner Mancini, que não tem culpa pela atual fase alvinegra, tem agora uma sombra enorme rondando o Parque São Jorge.

Se o time não melhorar nos próximos jogos, não sei, não...

E, olha, Renato ganhou fama de “milagreiro” nesta sua última passagem pelo Grêmio, é verdade.

Mas creio que nem ele conseguiria dar jeito neste triste e desarrumado Corinthians.

Opine!

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Dando a partida no carro dos sonhos... Por @marcosjuniormicheletti

Gosto de carros desde a minha mais remota lembrança.

Tive muitos carrinhos pequenos de plástico com os quais passava horas brincando no sofá do sobradinho da Vila Guilherme, na Rua das Palmas.

Minha coleção tinha Fusca, Kombi, Opala, Corcel, Perua Rural (esta com o teto frisado), pelo menos um par de cada um deles.

Também carros maiores, de plástico, de metal, à corda, à pilha e até uma fábrica de automóveis, da Atma, que atendia pelo nome de "Automatma", onde os carrinhos, separados em três colunas, se formavam e desciam por uma rampa após deslizarem por uma esteira de borracha, esta impulsionada por um pequeno motor que funcionava com uma pilha média.

Automatma, fábrica de carrinhos da Atma. Foto: Reprodução

Quando meu irmão mais velho ganhou seu Autorama H-O da Estrela, que veio com dois Fuscas (um azul e um vermelho), passei a ter certeza que além de brincar de carrinho também gostava de corridas de carros...

Caixa do Autorama H-0 da Estrela. Foto: Reprodução/Brinquedos Raros

Meu maravilhoso pai incrementou a brincadeira trazendo dois carrinhos importados da Aurora, bem mais velozes, um Mustang conversível bege e um Buick Riviera turquesa. O Buick ficou comigo, mas sua carroceria mais longa não era a mais adequada para as curvas no oval da pista estreita, e eu cortava um dobrado para vencer o Mustang mais curtinho do meu irmão...

Um dia o meu Buick voou sobre o guard-rail branco de plástico e caiu de cima da mesa para nunca mais correr...

Desparafusei a carroceria do chassi, fucei nas engrenagens do motor, muito mais complexo que os Oxford dos Fuscas da Estrela, mas ele nunca mais despertou. Hibernou eternamente, uma tristeza.

Buick Riviera fabricado pela Aurora, igual ao meu... Foto: Reprodução

Fuscas foram os dois primeiros carros do meu pai, primeiro um verde escuro e depois um vermelho.

Do segundo deles tenho até um registro em película, um filme Super-8 no Saint Moritz, clube de campo de doces lembranças da minha infância e adolescência em Mairiporã. Meu pai me filmou após deixarmos a piscina, eu embrulhado numa toalha, batendo os dentes, tremendo de frio.

Depois dos Fuscas, quando as coisas melhoraram, o primeiro zero quilômetro que meu pai "tirou", via consórcio, foi um Corcel Vermelho Jambo (era vinho, mas com esse nome no documento), placas DT-8534, ano 1974, modelo LDO.

Em 1977 o segundo, outro Corcel, também LDO, de cor ainda mais pomposa no nome, "Areia Casablanca", placas JJ-6127, interior em duas cores, marrom e bege, uma lindeza. Ambos com o logo da concessionária Lemar na tampa do porta-malas.

Eu vivia atazanando o meu pai para que me deixasse dar partida nos seus carros, mas ele tinha medo, a marcha poderia estar engatada, eu mal alcançava na embreagem, então eu sempre fazia isso no colo dele, por segurança.

Nessa época meu pai fazia parte do Lions Clube da Vila Guilherme, chegou até a presidente, e tinha alguns amigos que eu associava pelos seus carros...

O Becker, que era industrial, tinha uma Mercedes esporte branca, duas portas. Lembro bem de uma noite em que ele nos visitou e estacionou aquela belezura em frente ao nosso sobrado. Eu fiquei quase todo o tempo diante da calçada, como um cachorro em frente ao forno de frangos da padaria...

O Fernando Borges, que era professor, casado com a Dona Lydia, casal que depois batizou meu irmão mais novo, tinha um Galaxie preto, que era o carro dos sonhos do meu pai...

Mas a receita do pequeno escritório de publicidade forense do meu pai não permitia voos assim tão altos.

O Durval Pires, que trabalhava na "Toga", fábrica de embalagens que ficava no começo da Via Dutra, era dono de um Opala dourado quatro portas que eu adorava, simplesmente porque ele tinha um alarme que disparava quando a marcha ré era engatada, um apito para alertar incautos que perambulassem por sua traseira...

Mas a família que eu mais gostava, também do "Lions", era a dos Pousada.

O patriarca, Flavio Pousada, era dono de uma fábrica de vassouras de piaçava e outros objetos de limpeza chamada "Tamoio".

O filho dele, também Flavio, era conhecido como "Pousadinha", e trabalhava com o pai na "Tamoio".

O Seu Pousada e o Pousadinha...

Em comum, entre eles, os Dodges.

O pai tinha um quatro portas azul e o filho um duas portas verde, novinhos.

Isso deve ter sido lá por 1972, 73 no máximo.

Pesquisando na paleta de cores da Chrysler não tenho nenhuma dúvida de que o Dart do Seu Pousada era um Sedan Azul Abaeté Metálico e o do Pousadinha era um Dart Coupe Verde Fronteira.

Eu adorava ir com os meus pais na casa dos Pousada para ficar olhando aqueles Dodges, que era o meu carro favorito, talvez porque fosse o que mais me remetesse ao meu finado Buick Riviera de autorama, pelo tamanho e beleza.

Tentei, de todas as formas, em um sábado, convencer meu pai a me levar com ele e o Pousadinha a uma viagem até Porto Ferreira, bate e volta, que eles fizeram para buscar um monte de canecas em cerâmica para a festa do chope do Lions.

No final da tarde, eu ali na garagem do sobradinho, vi o Dart chegando, sem o para-brisa...

Uma pedra quebrou o vidro do carro e eles pararam no acostamento e retiraram os estilhaços para que pudessem enxergar...

Felizmente não se machucaram e conseguiram voltar para São Paulo, apesar da atribulação.

O Pousadinha entrou em casa para tomar uma água, um café, talvez comer um pedaço de bolo de chocolate com cobertura que minha mãe sempre deixava pronto no tabuleiro de aluminio para eventuais visitas.

Na hora de ir embora, o Pousadinha percebeu que eu não parava de olhar para o seu carro, absolutamente fora dos meus padrões, acostumado com o Fusca do meu pai, que ainda não tinha chegado ao primeiro Corcel...

Fez o convite...

"Quer entrar no carro, Marquinhos?", disse o Pousadinha.

Acho que só balancei a cabeça, minha resposta era um óbvio sim, e já fui abrindo a porta.

A alavanca de câmbio na coluna de direção, aquele banco inteiriço em que cabiam uns oito ou dez magrelos "Marquinhos" lado a lado...

Ele deu a volta e entrou pela outra porta para, digamos, "completar o serviço".

Colocou a chave no contato, certificou-se que a marcha não estava engatada e deu o sinal verde:

"Vira a chave, Marquinhos, liga o Dodge!"...

Talvez pouca gente acredite que tenho a memória sensorial até hoje na ponta dos dedos, do peso em virar a chave naquele miolo, e também no pé direito, ao me esticar todo para alcançar o acelerador e ampliar o prazer auditivo...

Sem estar no colo do meu pai, foi o primeiro carro em que dei a partida sozinho, algo que nunca repeti, mas que jamais esquecerei.

Embevecido de emoção, talvez não tenha agradecido por um dos melhores presentes que ganhei...

Hoje, passados tantos anos, é mais do que chegada a hora de me redimir...

Obrigado, Pousadinha!

Fotos tiradas no mesmo dia, no portão do sobrado da Rua das Palmas, na Vila Guilherme. À esquerda, eu meu pai e meu rmão mais novo. À direita, eu, minha mãe e meu irmão mais novo. Na garagem, o primeiro Corcel do meu pai. Em frente ao sobrado, um dia, o Pousadinha estacionou seu Dodge Dart coupe Verde Fronteira...

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INSTAGRAM: @marcosjuniormicheletti

 

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Live do Terceiro Tempo: O Fla provou que é o melhor time do Brasil?

A Live do Terceiro Tempo desta segunda-feira (12) discutiu, além dos jogos pelos Estaduais, a grande final da Supercopa do Brasil, vencida nos pênaltis pelo Flamengo no Estádio Mané Garrincha. 

E os nossos colunistas responderam durante o debate a seguinte pergunta: o Flamengo provou que é o melhor time do Brasil com esse titulo? Confira as opiniões de Lucas Reis e de Thiago Tufano Silva no player abaixo.

A Live do Terceiro Tempo é transmitida na pagina do portal no Facebook (clique aqui e curta).

 

 

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Paulo Zagallo, filho do "Velho Lobo", participa da Live de Marcos Falopa nesta terça

Paulo Zagallo, filho mais velho de Mário Jorge Lobo Zagallo, é o convidado desta desta terça-feira (13) na live comandada por Marcos Falopa, coordenador técnico, profissional que acumula um currículo invejável como treinador de diversos clubes e seleções, incluindo trabalhos de instrutor pela Fifa.

No futebol, Paulo Zagallo teve experiências como diretor, como coordenador, como auxiliar e como técnico de equipes de base e de equipes profissionais. 

Participe!

A live estará no Instagram de Marcos Falopa a partir das 16h (clique aqui para acessar).

 

 

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Campeã mundial de basquete, Ruth de Souza morre de covid aos 52 anos

Campeã mundial de basquetebol com a seleção brasileira em 1994, a ex-pivô Ruth de Souza morreu nesta terça-feira (13), aos 52 anos, em Três Lagoas-MS, vítima de complicações da covid-19. Ruth estava internada com a doença causada pelo novocoronavírus desde o fim do mês passado. 

Rutão, como ficou conhecida no mundo do basquete, disputou os Jogos Pan-Americanos de Havana (1991), a Olimpíada de Barcelona (1992) e foi campeã mundial com a seleção brasileira em 1994. Nos últimos anos de sua vida, voltou para Três Lagoas-MS, sua cidade natal, onde treinava uma equipe local.

"O SEU SORRISO É ETERNO! É com dor e profundo pesar que a CBB informa o falecimento da campeã mundial e do Pan, Ruth! O nosso sorriso mais bonito. A nossa guerreira. Ruth combateu o bom combate e nos deixou nesta terça, aos 52 anos", escreveu a Confederação Brasileira de Basquete em seu perfil no Twitter.

 

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Morre José Aloizio Cardoso Bastos, presidente da Federação de Automobilismo de São Paulo

Morreu na noite desta terça-feira (13), em São Paulo, José Aloizio Cardozo Bastos, presidente da FASP (Federação de Automobiismo de São Paulo). Ele estava com 88 anos e sofria de câncer na bexiga, causa de seu óbito.

Mineiro do município de Estrela Dalva, onde nasceu em 21 de fevereiro de 1933, Bastos havia contraído o novo coronavírus em janeiro deste ano, mas teve boa recuperação. Contudo, o problema de saúde anterior acabou vitimando o dirigente.

Seu corpo será sepultado no Cemitério do Morumby, na zona sul da capital paulista, em cerimônia restrita a familiares nesta quarta-feira (14). Ele deixa a espsa, Marina Zulma Bartolozzi Bastos, três filhos e quatro netos.

Cardozo Bastos havia sido reeleito para a presidência da FASP em 17 de janeiro deste ano, após uma longa trajetória no automobilismo brasileiro, com mais de 50 anos no esporte a motor, antes mesmo da criação da CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo).

Como presidente da FASP, era o responsável pelo Campeonato Paulista de Automobilismo, as Mil Milhas Brasil, o Campeonato Paulista de Rali Off-Road, campeonatos de Kart e Arrancadas realizados em São Paulo.


     

 

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Live do Terceiro Tempo: Você aceitaria Renato Gaúcho em seu time?

A Live do Terceiro Tempo desta sexta-feira (16) debateu a derrota do Flamengo para o Vasco, a perda da Recopa pelo Palmeiras e a demissão de Renato Gaúcho do comando técnico do Grêmio. 

E a pergunta respondida nesta edição pelos amigos internautas e pelos colunistas Lucas Reis e Thiago Tufano Silva foi a seguinte: você aceitaria Renato Gaúcho em seu time? Confira as respostas no player abaixo.

A Live do Terceiro Tempo é transmitida pela página do portal no Facebook (clique aqui e curta). 

 

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