Um dos maiores vencedores da história do futebol mundial e um dos nomes mais respeitados no esporte, Mário Jorge Lobo Zagallo, o Zagallo, hoje mora no Rio de Janeiro (RJ), aposentado.
Em 5 de novembro de 2012, uma dura perda para o "Velho Lobo": Alcina Zagallo, com quem era casado desde 1955, morreu no Rio de Janeiro, vítima de insuficiência respiratória.
Nascido no dia 9 de agosto de 1931, em Maceió (AL), Zagallo foi criado no Rio de Janeiro e começou a carreira jogando na ponta-esquerda do América, em 1950.
Considerado moderno para o seu tempo, já que era um ponta que ajudava bastante o meio-de-campo, Zagallo começou a fazer sucesso com a camisa do Flamengo, clube que defendeu entre os anos 1951 e 1958.
Depois do Fla, o dublê de ponta e meio-campista foi defender o Botafogo, que tinha ainda outras feras como Garrincha, Didi, Nílton Santos e companhia.
Mesmo tendo grande concorrência, entre eles Pepe, do Santos, e Canhoteiro, do São Paulo, Zagallo venceu a briga pela ponta-esquerda também na seleção brasileira. Ele foi o titular nas vitoriosas campanhas dos mundiais de 1958 e 1962.
Outros títulos conquistados por Zagallo como jogador foram os cariocas de 1953, 54 e 55, os três pelo Flamengo, e de 1961 e 1962, ambos pelo Botafogo.
Como treinador, Zagallo também seguiu vencendo. Comandou a inesquecível seleção brasileira de 70, vitoriosa na Copa do Mundo do México. Ainda dirigiu o time canarinho na Copa de 74, quando o time brasileiro foi eliminado pela Holanda, de Cruijff, na semifinal.
Ultrapassado para alguns, pé-quente e competente para outros, Zagallo retornou a trabalhar pela seleção brasileira na década de 90. Ao lado de Parreira, o técnico, Zagallo, como coordenador, levantou mais um caneco: campeão da Copa de 94, nos Estados Unidos.
O orgulho de Zagallo sempre foi ter participado dos quatro mundiais vencidos pelo Brasil e por pouco ele não foi não pentacampeão. Como técnico, mais uma vez, ele dirigiu o time vice-campeão na Copa do Mundo da França, em 98.
Idolatrado por grandes técnicos
Além de Parreira, seu companheiro nos mundiais de 1970, 1994 e 2002, Zagallo serve como inspiração para outro treinador de ponta do futebol brasileiro: Vanderlei Luxemburgo. "O Zagallo foi disparado o melhor treinador que eu vi. Em seguida, vem o Ênio Andrade", comenta Luxemburgo.
Em 09 de abril de 2011, foi anunciado como embaixador das categorias de base do Botafogo-RJ.
Como jogador rubro-negro, Zagallo disputou 205 jogos (128 vitórias, 38 empates e 39 derrotas) e marcou 29 gols. Já como técnico do Fla, o Velho Lobo tem 236 partidas (116 vitórias, 59 empates e 61 derrotas), segundo números do "Almanaque do Flamengo", de Roberto Assaf e Clóvis Martins.
Pela Seleção Brasileira:
Com a camisa amarelinha, que tanto ama, Zagallo disputou 34 partidas oficiais como jogador. Foram 28 vitórias, quatro empates, apenas duas derrotas e cinco gols marcados.
Já como técnico da seleção principal, os números são os seguintes: 135 jogos (99 vitórias, 26 empates e 10 derrotas). Como comandante da seleção olímpica foram 19 partidas (14 vitórias, três empates e duas derrotas). E como coordenador técnico Zagallo esteve presente em 72 jogos (39 vitórias, 25 empates e oito derrotas). Os números de Zagallo pela seleção estão no livro "Seleção Brasileira - 90 anos", de Roberto Assaf e Antonio Carlos Napoleão.
Títulos: Copa do Mundo (1958, 1962); Taça Bernardo OHiggins (1959, 1961); Taça do Atlântico (1960); Copa Roca (1963); Taça Oswaldo Cruz (1958, 1961, 1962).
Copa do Mundo (1970); Copa Roca (1971); Taça Independência (1972); Copa Stanley Rous/Umbro (1995); Pré-Olímpico (1996); Copa América (1997); Copa das Confederações da FIFA (1997).