Agora mais uma história de Vampeta, essa emocionante e talvez o único caso sério do irreverente baiano.
Enquanto jogou na Holanda, de 93 a 98, manteve relação de "casado" com Beertje, linda moça loira, 20 anos, olhos azuis e rosto rosado "como manga coquinho".
Na tão liberal Holanda, algo comum, Vampeta morou com a "esposa" quase quatro anos na casa dos pais e ao lado dos irmãos dela.
Ele era parte integrante da família e morava com Beertje na suíte principal.
Mas, um dia, sempre avoado e até inconsequente, Vampeta, em 24 horas, deixou a Holanda do PSV e voltou ao Brasil do Corinthians.
Simplesmente apanhou uma maleta e o passaporte no clube e se mandou.
Nem se despediu da "esposa", da família dela e muito menos apanhou os "trens" que tinha na casa do "sogro" holandês.
Por quase dois anos nunca mais falou com a amada abandonada.
Mas, em 1999, quando a seleção disputou um amistoso com a Holanda em Amsterdã, Vampeta foi até Eindhoven na casa que tanto o abrigou, de todo jeito, "para ver como ficaram as coisas por lá".
Tocou a campainha da "townhouse" e quem abriu a porta?
Sua "ex-esposa"!
E segurando seus gêmeos loiríssimos já de seu casamento-casamento mesmo com um holandês.
O encontro, à porta, durou uns três minutos.
Nenhuma palavra trocada, mas foi o tempo para a moça, seus pais e irmãos olharem Vampeta de cima a baixo.
E olharam com surpresa, curiosidade, saudade, estupefação, decepção, susto e até distante carinho pela presença ali daquele "desertor desalmado" que eles tanto admiravam e abrigaram.
"Foi como que eu fosse um morto-vivo desaparecido de guerra voltando para casa", contou.
Sem nenhuma cobrança, sequer no olhar, o holandeses deram as costas ao brasileiro após os três minutos, entraram e Vampeta ficou travado à porta por instantes.
Mas logo se recompôs, voltou ao hotel da seleção e, no caminho, sentiu ou ficou "desconfiado" que fizera coisa muito errada abandonando sem satisfação sua "família holandesa".
E chorou!
Chorou de vergonha com efeito retroativo falando para si mesmo: "Foi a maior bronca que recebi na vida sem ouvir uma só palavra"!
Não dá um filme isso?
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No "Domingo Esportivo", Estevan Ciccone comemora 20 anos de Bandeirantes
Neste domingo (29), Estevan Ciccone comemora 20 anos de Grupo Bandeirantes. E, para celebrar a data, o jornalista, que hoje mora nos Estados Unidos, participou do “Domingo Esportivo Bandeirantes”.
No bate-papo com o apresentador Milton Neves, Ciccone relembrou detalhes de sua passagem pela emissora paulista e aproveitou para dar informações sobre a guerra contra o novo coronavírus nos Estados Unidos.
No player abaixo, ouça a entrevista completa:
CLIQUE AQUI E CONHEÇA A HISTÓRIA DE ESTEVAN CICCONE NA SEÇÃO “QUE FIM LEVOU?”
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"Domingo Esportivo": o futebol de ontem e de hoje, com Mauro Cezar Pereira
Mauro Cezar Pereira, comentarista do Grupo Bandeirantes de Rádio, participou neste dia 29 do “Domingo Esportivo”, apresentado por Milton Neves.
Durante o bate-papo, Mauro e Milton relembraram grandes jogadores e radialistas do passado, principalmente os que fizeram carreira no Rio de Janeiro. Além disso, os jornalistas também comentaram sobre a paralisação do futebol por causa do novo coronavírus.
Confira a entrevista completa no player abaixo:
CLIQUE AQUI E CONHEÇA A HISTÓRIA DE MAURO CEZAR PEREIRA NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?"
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"Domingo Esportivo": ouça a emocionante participação do goleiro Manga
Manga, goleiro que marcou época no Botafogo, no Internacional e na seleção brasileira, emocionou os ouvintes da Rádio Bandeirantes no último domingo (29).
No “Domingo Esportivo Bandeirantes”, Manga relembrou com Milton Neves grandes momentos de sua carreira e falou também sobre a sua volta ao Brasil. Após muitos anos no Equador, o ex-atleta foi convidado pelo ator Stepan Nercessian para morar no “Retiro dos Artistas”, no Rio de Janeiro-RJ.
CLIQUE AQUI E CONHEÇA A CARREIRA DE MANGA NA SEÇÃO “QUE FIM LEVOU?”
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Achados & Perdidos: Luís Pereira marcava primeiro gol pelo Palmeiras 49 anos atrás
Foi no dia 28 de março de 1971 que o zagueiro Luís Pereira balançou as redes com a camisa do Palmeiras pela primeira vez. E foi justamente contra o Santos de Pelé e cia.
A partida, válida pelo Campeonato Paulista daquele ano, ocorreu no estádio do Pacaembu. O Verdão era dirigido por Rubens Minelli.
Luís Pereira chegou ao Palmeiras em 1968, vindo do São Bento de Sorocaba, e defendeu o Verdão por 12 temporadas.
O zagueiro contabiliza 576 jogos com a camisa do Verdão, sendo 289 vitórias, 195 empates e 92 derrotas. Dados do site oficial do Palmeiras.
Luizão Chevrolet, como também era conhecido, estreou pelo alviverde no dia 14 de julho de 1968, em goleada palestrina sobre o Independiente-ARG por 4 a 0.
O último jogo oficial foi em 1984, no dia 02 de dezembro, em derrota por um a zero para o Santo André, clube que ele também defendeu posteriormente.
CONFIRA A CARREIRA DE LUÍS PEREIRA NA SEÇÃO “QUE FIM LEVOU?”
Luís Pereira ainda vestiu a camisa do Palmeiras mais uma vez em 1990, em partida beneficente em favor da família do também zagueiro Vágner Bacharel, que havia morrido recentemente e tinha sido seu companheiro de zaga em 84.
Com a camisa do Verdão Luís Pereira balançou as redes adversárias em 36 oportunidades.
FICHA DO JOGO
PALMEIRAS 2 X 0 SANTOS
CAMPEONATO PAULISTA
DATA: 27/03/1971
LOCAL: Estádio do Pacaembu
RENDA: Cr$ 311.945,00
PÚBLICO PAGANTE: 55.886
NÃO PAGANTES: 3.950
PÚBLICO TOTAL: 59.836
ÁRBITRO: José Faville Neto
PALMEIRAS: Leão, Eurico, Baldochi, Luís Pereira e Dé; Dudu e Ademir da Guia; Fedato (Edu), Hector Silva, Leivinha (Odair) e Pio. Técnico: Rubens Minelli
Santos: Cejas, Moreira, Djalma Dias, Oberdan e Rildo; Clodoaldo e Lima; Rogério, Douglas (Ferretti), Pelé e Edu. Técnico: Antoninho
Confira, em vídeo publicado no canal Palmeiras, Uma História Gloriosa homenagem à carreira de Luís Pereira:
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Causos do Miltão: a marca do rebelde Muricy Ramalho
CLIQUE AQUI E CONHEÇA A HISTÓRIA DE MURICY RAMALHO NA SEÇÃO “QUE FIM LEVOU?”
Subindo para o time profissional do São Paulo em 1975, Muricy Ramalho viveu momento de inesquecível terror. O austero técnico José Poy exigia cabelo curto, obediência britânica nos horários e proibição total do cigarro.
“Se aparecer um Pelé com cigarro na boca, mando embora na hora”.
Pois ao fim do primeiro tempo de um treino no Morumbi, Muricy e outros garotos egressos dos juniores ficaram no vestiário à espera de Poy.
Foi quando o rebelde Muricy aproveitou para acender seu inseparável Lincoln sem filtro.
Depois de três tragadas, Poy surge no corredor, apressado. Muricy, em desespero, resolveu apagar o cigarro na... palma da mão!
Firme na autotortura, ouviu “atentamente” as instruções de Poy.
Ficou a marca, Muricy?
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Live debate: Jogadores brasileiros deveriam aceitar imediatamente a redução salarial?
A prática já vem sendo adotada em outros países. Na Europa, por exemplo, só no fim de semana, Juventus e Barcelona anunciaram redução salarial nos vencimentos dos atletas e comissões técnicas.
Aqui no Brasil somente o Atlético-MG confirmou diminuição de 25% nos salários de atletas e membros da comissão técnica durante o período em que o futebol estiver paralisado.
Mas, e aí: os jogadores que atuam no Brasil deveriam concordar com o corte de vencimentos?
A Live desta segunda-feira discutiu o assunto com Frank Fortes e a audiência do Terceiro Tempo.
Confira e deixe sua opinião!
Você pode acompanhar a Live do Terceiro Tempo em três plataformas diferentes. Assita e siga os canais oficiais para receber as notificações.
Assim, sempre que uma nova transmissão estiver no ar você recebe uma notificação para poder acompanhar.
*Neste período de paralisação do futebol e de home office, excepcionalmente, as lives estão disponíveis somente no Facebook.
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Na "pelada dos sonhos", quem você escolheria para seu time: Pelé ou Messi? Colunistas respondem
A regra da “pelada” para a formação dos times é clara. Dois jogadores de qualidade equivalente tiram par ou ímpar e, quem vence, tem a vantagem de escolher o “atleta” mais disputado da brincadeira.
Bom, mas agora vamos imaginar uma “pelada dos sonhos”, onde você venceu no par ou ímpar e pode escolher entre simplesmente... Pelé ou Messi!
E os dois vivendo seus melhores momentos!
E aí, qual craque você levaria para o seu time?
Abaixo, confira as respostas de nossos colunistas:
FRANK FORTES: PELÉ
Pelé é insuperável. Apenas o fato de Messi entrar nessa discussão e ser comparado com o Rei já deve ser motivo de envaidecimento por parte do craque argentino.
MARCOS JÚNIOR MICHELETTI: PELÉ
A genialidade de Pelé é incomparável. Muito mais completo que qualquer outro jogador. Messi está em empate técnico com Maradona, jamais com Pelé. Aliás, perto de Pelé, eles foram apenas dois ótimos canhotos. Como diz Milton Neves, outro Pelé, "de nunca mais em nunca mais".
FÁBIO PIPERNO: PELÉ
LUCAS REIS: PELÉ
Messi é o maior jogador do planeta no século XXI, certamente figura entre os cinco maiores de todos os tempos (talvez entre os três maiores). Mas Pelé foi o jogador perfeito. Pelé “foi Messi e Cristiano Ronaldo juntos num jogador só”. Não tem como não escolher o Rei.
RICARDO CAPRIOTTI: PELÉ
Explicação desnecessária. O maior jogador de todos os tempos.
GUILHERME CIMATTI: PELÉ
Pelo meu pai: Pelé. Por meus avós: Pelé. Pelo futebol: Pelé. Não preciso ter visto para saber que ele é o melhor da história. Confio em quem viu, torceu e vibrou com o Edson. Se tanta gente que eu amo sorriu ao ver Pelé em campo, eu só replicou e retribuo com o mesmo sorriso. Sorriso com saudade deles.
MARCELO DO Ó: PELÉ
Além de ser o melhor de todos os tempos, foi moderno para a sua época. Jogava um futebol a frente dos seus demais.
WLADIMIR MIRANDA: PELÉ
Pelé, é evidente. Ao ganhar o par ou ímpar, pensaria em um jogador que pudesse partir do campo de defesa, driblar todos os adversários que surgissem no seu caminho, e, na frente do goleiro, concluísse de pé esquerdo ou de pé direito, com a mesma competência. Então, escolheria o Rei, pois ele seria capaz de fazer um lançamento, de marcar um gol, muitas vezes imprevisível, de cabeça, subindo muito mais alto do que o adversário. Dominaria uma bola no meio-de-campo, com a esquerda ou com a direita, faria uma jogada plástica, sempre no sentido vertical, em direção ao gol. Se o jogo estivesse difícil, ele não teria dificuldades de voltar para ajudar a defesa e, mais ainda, caso algum jogador rival pegasse pesado no jogo violento, Pelé não pensaria duas vezes para ir à forra, colocar o adversário em seu devido lugar. Em caso de extrema necessidade, ele poderia jogar no gol. Fez isso algumas vezes em sua carreira. Com brilhantismo. Pois Pelé fez tudo isso e muito mais no auge de sua carreira, de 1957 a 1966. É fato que, de 1967 a 1977, quando encerrou a carreira no Cosmos, Pelé já não era mais o mesmo. Por conta dos inúmeros compromissos comerciais, filmes, anúncios publicitários, novelas, empresas, o Rei já não tinha mais tempo para treinar. Treinar, muito, sempre foi o grande diferencial do Rei. Notem que na Copa do México, com 29 anos, na conquista do tricampeonato, quando Pelé desfilou a sua arte, com gols, lançamentos e passes geniais, ele já não estava no apogeu de sua carreira. Mesmo assim, foi elogiado, aclamado, endeusado. Messi é um grande jogador. Isso não se discute. Mas mas não faz o imprevisível, como Pelé. Sim, para mim Messi é previsível. Seus dribles sempre são com a bola colada ao pé esquerdo, partindo para cima dos adversários, com grande velocidade. Penso que Messi é marcado com muita elegância, educação, até mesmo medo, pelos adversários. Quantas vezes você, caro leitor, cara leitora, já viu o Messi sofrer uma entrada dura? Como vivemos na Era da imagem, das mídias sociais, o jogador que se atrever a dar uma pancada em Messi, vai ser muito criticado. Mais: Messi tem de fazer parte de um grande time, como o Barcelona, de Guardiola. Não funciona como protagonista. Tenho muitas dúvidas se Messi brilharia em um time mediano, que o obrigasse a ser a estrela principal da companhia. As críticas que recebe quando atua pela seleção argentina provam isto. Melhores do que Messi, foram Zico e Maradona, nesta ordem. E Pelé, que nem atacante era, sempre foi um meia ponta de lança, marcou 1.283 gols. Querem mais?
LUCIANO LUIZ: PELÉ
Não tem nem como comparar. Até porque eu entendo melhor o que o moreninho fala, isso facilita na hora de fazer o tradicional “um, dois”.
RENAN RIGGO: PELÉ
Não tenho dúvidas em afirmar que o argentino Lionel Messi é o maior jogador de futebol que eu vi atuar. No entanto, a História (sim, com H maiúsculo) existe para que não nos esqueçamos dos grandes feitos do passado e, portanto, não há como deixar de considerar Pelé como o maior futebolista de todos os tempos. O Rei fazia gols com a destra, com a canhota, era exímio cabeceador, dava assistências, driblava e fazia com que todos a sua volta jogassem melhor. Pentacampeão do mundo, três vezes com a “Amarelinha” e duas com o Santos, mais de mil gols anotados e peça chave de um dos maiores esquadrões de todos os tempos, certamente o meu escolhido para uma pelada hipotética seria Edson Arantes.
THIAGO TUFANO SILVA: PELÉ
Eu não vi Pelé, só vi Messi. Mas, quem viu Messi e Pelé, não tem dúvidas. Por isso, confio neles.
Quer comparar mais?
Veja gols da carreira do Rei Pelé:
E confira feitos da carreira de Messi:
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Olhos no retrovisor: Pane na Ferrari impediu primeira vitória de Leclerc na F1, há um ano
Parecia que o monegasco Charles Leclerc, já em seu segundo GP pela Ferrari, conseguiria subir ao alto do pódio, há exatamente um ano, na etapa realizada em Sakhir, o Bahrein, mas uma pane elétrica anulou o funcionamento de um dos seis cilindros do motor, impedindo o primeiro triunfo do piloto. A vitória "caiu no colo" de Lewis Hamilton, seguido por Valtteri Bottas, formando a dobradinha da Mercedes. Leclerc, beneficiado com a entrada de um safety-car a duas voltas do final, conseguiu garantir o terceiro posto.
A CORRIDA
Depois de fazer a primeira pole de sua carreira, Leclerc foi superado por Vettel na largada e em seguida caiu para terceiro, ultapassado por Bottas, que havia subido de quarto para terceiro. Mas, com um ritmo muito mais forte, logo emaprelhou em Bottas para subir ao segundo posto e em seguida, na volta 6, assumiu a ponta.
Hamilton também superou Bottas e depois da segunda parada para troca de pneus ganhou o segundo lugar de Vettel, que teve enorme prejuízo quando sua asa dianteira se soltou, aparentemente sem que tivesse tido nenhum toque, o que o obrigou a uma parada nos boxes para fazer o reparo.
Tudo caminhava para uma vitória de Leclerc, com Hamilton em segundo, quando ocorreu o problema no carro de Maranello, que perdeu cerca de 150 cavalos de potência, causada por uma falha no sistem de injeção em um dos cilindros, de origem elétrica.
Assim, restando cinco voltas, Bottas se aproximou e conseguiu superar Charles para garantir mais uma dobradinha da Mercedes, a exemplo do que aconteceu em Melbourne, na Austrália, mas de maneira inversa. Foi a 74ª vitória de Hamilton na Fórmula 1.
Leclerc teve ao menos um momento de sorte, quando o carro de segurança entrou na pista restando duas voltas, para a remoção dos dois carros da Renault, que tiveram problemas. Assim, ainda conseguiu terminar em terceiro lugar.
Max Verstappen, com a Red Bull, terminou em quarto e Sebastian Vettel conseguiu recuperar-se após a troca da asa e terminou em quinto lugar. Lando Norris fez uma bela prova com a McLaren para fechar a lista dos seis primeiros. O ponto de bonificação, pela volta mais rápida, foi para Leclerc, em 1min33s411.
PRIMEIRA VITÓRIA, EM GRANDE ESTILO
Se Charles Leclerc ficou frustrado no Bahrein, pela vitória ter escapado por pouco, seis meses depois ele conseguiu seu ganhar em grande estilo, em um dos mais icônicos circuitos do calendário, Spa-Francorchamps, na Bélgica, na prova disputada em 1º de setembro.
FINAL DO GP DO BAHREIN - SAKHIR (31 MARÇO DE 2019)
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César Sampaio, o "Monstro do Palestra Itália", comemora 52 anos de vida
Carlos César Sampaio Campos, o César Sampaio, completa 52 anos nesta terça-feira (31) e continua vivendo grande fase.
Depois de alguns anos trabalhando como comentarista esportivo no rádio e na TV, Sampaio voltou aos campos, não como jogador, nem como gestor, função que desempenhou muito tempo depois de pendurar as chuteiras.
Desde o fim do ano de 2019, o ex-volante é um dos auxiliares-técnicos da seleção brasileira. Inicialmente cumpriu a função de auxiliar pontual, cargo criado pela direção da CBF para valorizar ex-atletas e ter a experiência dos mesmos à disposição da nova geração de atletas.
Sampaio foi chamado para duas convocações nesta condição. Agradou tanto que acabou recebendo o convite para permanecer.
Meio que um retrato daquilo que foi a carreira de Sampaio: chega, faz o que dele se espera, encanta e fica.
Foi assim no Santos, onde iniciou em 86 e ficou até 1991, quando se transferiu para o Palmeiras.
No Alviverde foi um dos destaques da chamada “Era Parmalat” e entrou para história com grandes conquistas: dois Campeonatos Paulistas (93 e 94), dois Brasileiros (93 e 94), duas edições do Rio-São Paulo (93 e 2000) e uma Libertadores (99).
Na seleção brasileira foi um dos destaques da Copa do Mundo de 1998.
É um dos raros atletas a vestir as camisas dos quatro grandes de São Paulo, já também teve passagens, discretas, é verdade, por Corinthians (2001) e São Paulo (2004).
Sampaio ainda atuou no futebol japonês e na Espanha.
VEJA A PÁGINA DE CÉSAR SAMPAIO NA SEÇÃO “QUE FIM LEVOU?”
César Sampaio marcou tanto a história do Palmeiras que o saudoso jornalista Roberto Avallone o apelidou de “O Monstro do Palestra Itália”, em referência ao estilo de jogo e representatividade que o volante tinha para o torcedor.
Relembre o gol de César Sampaio na semifinal do Campeonato Brasileiro de 1993, contra o São Paulo, no Morumbi. O gol mais bonito da carreira do volante:
Confira 10 gols da carreira de César Sampaio selecionados pelo Canal Palmeiras Uma História Gloriosa:
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Achados & Perdidos: Flamengo fez proposta bilionária por Pelé, mas presidente do Santos recusou
Pelé poderia ter jogado no Flamengo.
Em 1969, o então presidente do Santos, Athiê Jorge Cury, confirmou em entrevista à TV Tupi de São Paulo, durante o telejornal "Ultra Notícias", que recebeu uma oferta do Rubro-Negro, por telegrama, mas declinou da proposta de 2 bilhões de cruzeiros.
"Enquanto eu for presidente do Santos Futebol Clube, Pelé é inegociável. É patrimônio nacional e não será vendido por preço algum", atestou o então mandatário do clube da Vila Belmiro.
Aliás, falando em recusa, o jornalista Claudio Carsughi se lembra da tentativa de um clube italiano em contratar Pelé.
"A Inter de Milão, pouco antes, pedira ao Santos para fixar um preço do passe de Pelé para poder adquiri-lo, mas o presidente Athiê se recusou até mesmo a discutir o assunto...", diz Carsughi.
De qualquer forma, ainda que por uma única vez, em um jogo beneficente (em prol de vítimas de uma enchente em Minas Gerais), Pelé, já aposentado, vestiu a camisa do Flamengo ao lado de Zico no amistoso contra o Atlético-MG, disputado em 06 de abril de 1979, no Maracanã, com vitória da equipe carioca por 5 a 1. Pelé atuou no primeiro tempo, fez boas tabelas com o Galinho mas não marcou nenhum dos gols rubro-negros.
ABAIXO, ATHIÊ JORGE CURY, PRESIDENTE DO SANTOS, CONFIRMANDO QUE RECEBEU PROPOSTA DO FLAMENGO POR PELÉ, EM 1969, DURANTE ENTREVISTA PARA O PROGRAMA "ULTRA NOTÍCIAS" DA EXTINTA TV TUPI DE SÃO PAULO.
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"Cadê o Rojão, moleque? É gol do Coringão, pô!"
Por Thiago Tufano Silva
Em 1996, quando eu tinha de sete para oito anos, minha mãe passou a trabalhar fora, em período integral. Por isso, após as aulas, eu não ia para a minha casa, mas sim para o apartamento da minha avó Maria, que ficava bem perto do colégio.
Como muitos dos antigos prédios da Vila Carrão, a esmagadora maioria dos moradores do condomínio em que minha vó vivia era formada por pessoas da terceira idade. Por isso, claro, não havia preocupação em reservar espaços para as brincadeiras da garotada. E eu não faço ideia de quantas ensolaradas tardes de puro tédio passei olhando para o nada na área comum do edifício.
Mas a criança, sempre com a imaginação muito fértil, acaba improvisando e dando um jeito de criar passatempos. O problema é que quase tudo que eu inventava não era bem visto pelos conservadores moradores do prédio. Sendo assim, sempre que descia para brincar, tinha um ou outro funcionário me marcando, vendo o que eu poderia quebrar ou quem eu iria incomodar naquela vez.
Mas os funcionários não eram ranzinzas como grande parte dos moradores, e acabavam fazendo vista grossa para o que eu aprontava dentro do condomínio. Mas um deles, o seo Cristóvão, porteiro do período da tarde e com anos de prédio, ia além disso.
Mesmo tento os seus 65 anos, o fanático torcedor do Corinthians ia para o trabalho todo dia com sua bicicleta, uma Caloi básica com os freios bem comprometidos – às vezes era preciso frear com a sola do sapato ou tênis - e os pneus quase carecas. E de quantas tardes vazias aquela “magrela” me salvou... Era ele chegar, às 14h, para eu descer voando do apartamento da minha avó. “Seo Cristóvão, posso andar?”. “Vai lá, moleque!”. Eram “milhares” de voltas no circuito imaginário que criei no estacionamento. Ele nunca reclamou. Nem nas inúmeras vezes em que quebrei alguma peça ou furei um pneu de seu meio de transporte.
E seo Cristóvão também morria de tédio na portaria do condomínio. Ficar oito horas trancado na guarita de um prédio com pouco movimento deveria ser realmente um porre. A única companhia era um radinho bem surrado, geralmente ligado na Rádio Globo. Por isso, o bom porteiro vivia se envolvendo nas brincadeiras da molecada. Chegava a jogar sinuca com a gente – e era um craque -, com um olho na mesa e outro no portão.
Mas, e quando algum morador percebia e reclamava? Aí, seo Cristóvão, dono de um raro poder de persuasão, inventava cada história... Teve um dia que disse para a síndica que se viu obrigado a mostrar suas habilidades no bilhar para entreter as crianças, que estavam colocando a segurança do prédio em risco com as brincadeiras próximas ao portão. E sempre colava!
Certa vez, levou para o prédio umas bolas de tênis. Disse que tinha conseguido com o Guga no aeroporto de Guarulhos. Sim, às vezes ele inventava umas historinhas como essa. Eu, apesar de não acreditar, também não cortava o barato dele. Ora, quem não conta uma mentirinha de vez em quando?
E, quando percebi, lá estava o seo Cristóvão arrastando o banco de madeira da entrada do prédio para o meio da área comum. “Moleque, essa é a rede e, como não temos raquete, vai com a mão mesmo. Fica daquele lado que daqui eu consigo ver se aparece alguma `véia´ no portão”. A linha da “quadra” era imaginária. E, sempre que existia alguma dúvida, ele acabava cedendo o ponto para mim ou para algum outro garoto envolvido na brincadeira.
Mas a festa mesmo era no dia em que recebia o seu suado pagamento, que não era muito. “Moleque, veja bem, aqui tem R$ 4,00. Compre dois maços de Derby azul, uma Skol para mim e uma Coca para você”. Acredite, naquele tempo se comprava tudo isso com essa quantia. E sim, ele costumava beber uma cervejinha de vez em quando – bem de vez em quando – na guarita.
Bom, mas os dias em que seo Cristóvão testava realmente a paciência dos moradores era quando o Corinthians jogava. Principalmente aos domingos, às 16h. Ele ficava tão compenetrado nas partidas que vez ou outra não percebia a movimentação dos condôminos. Mas todo mundo acabava relevando. Era um funcionário muito querido.
E, como no apartamento da minha avó, onde apenas uma televisão era ligada na antena coletiva, o “Domingo Legal” era unanimidade, eu tinha que mais uma vez estorvar o veterano funcionário do prédio para acompanhar em seu surrado radinho as partidas do Timão.
E jamais me esquecerei do dia 23 de dezembro de 1998, quando o Corinthians venceu o seu segundo título brasileiro. Mais uma vez sem conseguir convencer a minha avó a assistir ao jogo na TV da sala, tive que descer até a guarita, onde o seo Cristóvão tinha arrumado até um daqueles pequenos aparelhos de TV de cinco polegadas, em que a imagem era em preto e branco e que também funcionava como rádio. Afinal, era uma data mais do que especial.
Mas a TV de pouco adiantou. Nervoso, seo Cristóvão não conseguiu assistir ao primeiro tempo. Ficou do lado de fora da guarita, emendando um cigarro no outro e andando para lá e para cá. Aí, no segundo tempo, Edilson abriu o placar. Para minha surpresa, seo Cristóvão não comemorou. “Sei lá, moleque, ainda tá perigoso isso aí”, comentou.
Mas, aos 36 minutos da etapa final, quando Dinei cruzou para Marcelinho que, de cabeça, marcou o segundo tento alvinegro, ele parecia estar no quintal de casa. Gritava, pulava, xingava, corria, chorava...
Foi quando, do jardim que ficava na entrada do prédio, ele olhou para mim e começou a gritar. “Moleque, cadê o rojão? Vamos, pega o rojão para mim. Está aí na guarita”. Por um momento, não acreditei que fosse sério. Mas, quando olhei para baixo de sua cadeira, não é que realmente tinha um foguete 12x3 a postos? Com a carcomida caixa de fósforos que sempre levava no bolso da camisa do uniforme, ele acendeu o foguete, que explodiu entre as janelas dos apartamentos do terceiro andar.
Mas o que mais me impressionou foi quando o jogo acabou. Seo Cristóvão ajoelhou naquele mesmo jardim, todo enlameado por conta da forte chuva que caiu naquela tarde em São Paulo - sujando de barro quase toda a calça do uniforme - e chorou copiosamente por mais ou menos uns 10 minutos. Tanto que eu tive que ficar responsável, nesse intervalo, por atender o interfone e abrir o portão do prédio para os moradores, que até achavam estranho, mas que depois se divertiam com a emoção da querida figura.
Depois de algum tempo – não consigo precisar -, seo Cristóvão teve uma parada cardíaca e precisou se afastar do trabalho. Fiquei um bom período sem encontrá-lo. A última vez que o vi foi na entrada do Compre Bem da Vila Carrão – que já nem existe mais -, em 21 de abril de 2006, curiosamente, o dia em que a minha avó Maria morreu.
Fui até lá para comprar pães e frios para o lanche de parte da família que tinha acabado de voltar do velório da dona Maria. Seo Cristóvão, que chegava ao mercado com a sua incansável Caloi, não sabia do acontecido. Quando me viu, logo perguntou sobre minha avó. Não consegui falar nada. Derramei no ombro dele todo o choro acumulado durante aquele dia tão cinza. Ele, que gostava muito da minha velha, também não segurou as lágrimas.
Desde então, não tive mais notícias dele. Mas, nos últimos títulos conquistados pelo Corinthians nesta década – e foram muitos -, quando a euforia passa, eu sempre me pergunto: por onde será que o seo Cristóvão está soltando fogos agora?
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Na "Pelada dos sonhos", quem você escolheria: Ademir da Guia ou Rivellino? Colunistas respondem
A regra da “pelada” para a formação dos times é clara. Dois jogadores de qualidade equivalente tiram par ou ímpar e, quem vence, tem a vantagem de escolher o “atleta” mais disputado da brincadeira.
Bom, mas agora vamos imaginar uma “pelada dos sonhos”, onde você venceu no par ou ímpar e pode escolher entre simplesmente... Ademir da Guia e Rivellino!
E os dois vivendo seus melhores momentos!
E aí, qual craque você levaria para o seu time?
Abaixo, confira as respostas de nossos colunistas:
FRANK FORTES: ADEMIR DA GUIA
A comparação mais difícil da semana. Afinal de contas, O Divino e o Reizinho eram, basicamente, opostos dentro de campo. Ademir da Guia cerebral e discreto. Rivelino inquieto e pulsante. Ademir conhecia como poucos os “atalhos do campo”, desfilava no gramado, conduzindo a bola com estilo único, cabeça erguida e sempre em frente. Não precisava muito para encontrar espaço na defesa adversária e deixar os companheiros em condição de definir a jogada. Milton Neves diz sempre que ele “jogava demais, mas esqueceu de avisar”. Seu jeito tímido e de fala mansa sempre foi confundido com falta de personalidade. Talvez por isso não tenha tido uma história com a camisa da seleção brasileira. Fez apenas um jogo em Copa do Mundo, em 1974. Rivellino era impiedoso pela esquerda. Quando a bola chegava era certeza que partiria para cima do adversário. Além do drible, tinha velocidade, leitura de jogo e um dos chutes mais potentes da história do futebol brasileiro. Era um líder dentro de campo, inclusive no time campeão do mundo em 70. Com tantas feras ao lado era preciso ter muita personalidade para se destacar. Suas conquistas principais foram com a seleção brasileira, ao contrário de Ademir que, se não brilhou com a amarelinha, é o jogador mais importante, em títulos e jogos, da história do Palmeiras. Muito equilíbrio nessa difícil escolha. Mas puxo para o meu time o Divino Ademir. Claro, faço recomendação enfática ao time para que não cometa NENHUMA falta em nosso campo de defesa porque será certeza de sofrimento nos pés do Patada Atômica.
MARCOS JÚNIOR MICHELETTI: RIVELLINO
A explosão do Rivellino ajudou a potencializar o seu talento. O estilo clássico do Ademir era admirável, mas futebol precisa de mais engajamento, mais vibração, e Rivellino tinha isso de sobra. Paulo Roberto Falcão era clássico como Ademir da Guia, mas tinha explosão, apenas para exemplificar. Aliás, Falcão foi muito mais jogador que Ademir da Guia, assim como Zico foi melhor que Rivellino.
FÁBIO PIPERNO: ADEMIR DA GUIA
LUCAS REIS: RIVELLINO
Minha escolha seria Rivellino. Respeito toda a história do Divino e tenho certeza que faria a diferença no meu time da pelada. Mas gostaria de ver de perto os elásticos de Rivellino, o homem que encantou Diego Maradona.
RICARDO CAPRIOTTI: RIVELLINO
Apesar da genialidade destes craques, a carreira de Riva na seleção brasileira com o tricampeonato de 1970 dá vantagem ao ídolo da Fiel. Além de ter sido uma das inspirações de Diego Maradona.
GUILHERME CIMATTI: ADEMIR DA GUIA
Dois gênios. Qualquer um deles melhoraria o patamar dos melhores times do mundo. Para não ficar em cima do muro: fico com Ademir. Pela cadência, elegância e simplicidade. Estilo raro. Poucos foram parecidos com o eterno camisa dez alviverde. Para tranquilizar meu time na pelada: Ademir.
MARCELO DO Ó: ADEMIR DA GUIA
Para mim um jogador mais cerebral em relação a Rivellino, com uma versatilidade maior em leitura de jogo e movimentação.
WLADIMIR MIRANDA: RIVELLINO
Ademir da Guia foi um jogador de pura arte. Dominava a bola com uma elegância rara. Era um falso lento. Não corria, fazia a bola correr. Mas pagou caro por ser introspectivo demais. Não se impunha. E esta característica o prejudicou muito na Seleção Brasileira. Em 1974, tinha condições plenas para ser o titular. Mas murchou durante os treinamentos e fracassou em meio à bagunça em que se transformou a seleção, comandada pelo técnico Vicente Feola, mas com muitas interferências de João Havelange, presidente da CBD, atual CBF, à época, e também do Regime Militar vigente. Rivellino era mais decisivo do que Ademir da Guia. Impetuoso, muitas vezes rebelde, dentro e fora de campo. Seria o meu escolhido porque, com ele, eu teria um jogador para fazer lançamentos, abrir a defesa adversária com seus dribles (seus elásticos, dribles em que o adversário ia para um lado e ele saia para o outro), faziam a alegria dos torcedores e desmontavam defesas. Além disto, foi um mestre nas cobranças de faltas. Fez dezenas de gols de falta, no Corinthians, no Fluminense e na Seleção Brasileira. Seu talento fez com que ele brilhasse no Corinthians, embora, em sua época, o time do Parque São Jorge tenha amargado um jejum de títulos que fazia a alegria dos rivais. Ademir da Guia atuava em um clube, o Palmeiras que se notabilizou, nas décadas de 1960 e 1970, por formar grandes times. Ademir sempre fez parte de grandes equipes palmeirenses. No Corinthians, Rivellino tinha de jogar por ele e o resto.
LUCIANO LUIZ: RIVELLINO
Como sou um atacante nota nove e meio eu prefiro o Rivelino. Com certeza vai me deixar na cara do gol toda hora e se eu ainda cavar umas faltas sei que ele resolve para nosso time.
RENAN RIGGO: ADEMIR DA GUIA
Estamos falando de dois dos maiores camisas 10 da história do futebol nacional. Ídolos de gerações atuando cada um de um lado da maior rivalidade do estado de São Paulo. O Divino (apelido que não é nem um pouco exagerado) foi sem dúvidas o maior 10 da história do Palmeiras. Pentacampeão brasileiro e paulista pelo Alviverde, o carioca tem seu lugar garantido na mais alta prateleira dos ídolos palestrinos. O Reizinho do Parque, por sua vez, foi o maior camisa 10 da história do Corinthians e viveu na pele a seca corintiana que acabaria somente em 1977, apesar das não tão lembradas conquistas do Rio-São Paulo de 1966 e do Torneio do Povo de 1971. Dito isto, neste Dérbi de meio-campistas clássicos, a minha escolha seria por Ademir da Guia.
THIAGO TUFANO SILVA: RIVELLINO
Tecnicamente, muito parelhos. Escolho o Rivellino pela atitude em campo. Sempre preferi jogadores com “sangue nos olhos”. Ademir, um dos grandes nomes da história do nosso futebol, passava longe de ter essa característica.
PURA MAGIA
Confira abaixo vídeos com lances de Rivellino e Ademir da Guia. Para começar, os dois juntos, relembrando a rivalidade entre ambos e os clubes que defenderam e contando histórias em entrevista à TV Estadão:
Veja lances e opiniões sobre o futebol de Ademir no documentário Ademir da Guia - The Divine, produzido pelo canal NJX:
Confira o vídeo Rivellino, o Reizinho do Parque, com lances do camisa 10, postados no canal Barbosa Fútbol Videos:
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Reforço de peso: Ricardo Capriotti agora integra o time de colunistas do Terceiro Tempo
Estou muito feliz e honrado em voltar a escrever uma coluna sobre esportes em um grande Portal, como este Terceiro Tempo. Para mim é uma honra estar ao lado de amigos e companheiros tão importantes do jornalismo brasileiro.
É diferente iniciar uma nova jornada em um período caótico como este que a humanidade está atravessando, mas é daí também que iremos tirar forças para seguir em frente e retornarmos mais fortes após o fim da pandemia do novo coronavírus. Com o esporte parado em todo o mundo, gostaria de abordar com vocês algo que tem me tocado nos últimos dias, uma questão filosófica, mas que pode - e deve - ser levada ao mundo esportivo. Ultimamente tenho pensado em como iremos sair - como humanidade - deste processo caótico de quarentena quase global. Os questionamentos vão desde uma nova relação política entre as principais potências mundiais, passando por uma nova forma de nos relacionarmos como seres humanos.
Já que estamos tratando a COVID-19 como uma guerra, um inimigo em potencial, não é demais lembrar que a humanidade e muitas nações evoluíram após as duas Grandes Guerras. Sendo assim, iremos evoluir quando derrotarmos o inimigo. Mas e o esporte, como irá se sair após o combate? Algumas mudanças já são percebidas com o confronto em andamento. Olimpíada adiada, mundiais cancelados, Ligas e Campeonatos suspensos. Do ponto de vista econômico, a redução dos salários das estrelas esportivas é sinal de que o vírus está mexendo no bolso dos protagonistas. E certamente teremos mais desdobramentos.
Essas são mudanças de calendário, financeiras, estratégicas. Mas também gostaria que essa catástrofe servisse para sensibilizar torcedores a deixarem definitivamente para trás o ódio, a intolerância de todos os tipos e que se lembrassem que a solidariedade, o companheirismo e o respeito estão sendo fundamentais nesse período. Afinal, não é só futebol. É muito mais, vai além e estamos aprendendo isso diariamente com a dor da perda. Perda da liberdade de ir e vir, perda de pessoas queridas, perda de postos de trabalho e de dinheiro. Sendo assim, vamos torcer por um esporte revitalizado e mais forte do que antes da parada. E por humanos mais humanos e tolerantes. É isso. Uma boa semana a todos.
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Muitos tabagistas no futebol. Mesmo assim, o talento driblou a fumaça
Cigarro e futebol nunca foi uma boa combinação, não é mesmo?
Aliás, cigarro e qualquer atividade que se faça, não apenas no esporte, onde isso acaba se potencializando.
Os malefícios são tantos, e tão exaustivamente mostrados nos últimos tempos, que seria até repetitivo falar sobre eles.
E hoje, período em que enfrentamos a terrível pandemia do novo coronavírus, que está vitimando milhares de pessoas em todo o mundo, é mais um momento para que se faça uma reflexão e o cigarro seja realmente deixado de lado, pois um pulmão saudável ajuda muito para quem desafortunadamente contrair o vírus.
Abandonar o vício não é tarefa fácil. Muitas vezes é preciso um grave problema de saúde para que o tabagista consiga superá-lo.
Milton Neves costuma reproduzir uma frase reiteradas vezes, falando sobre o tabagismo:
"Cigarro é um cilindro de papel cheio de fumo com uma brasa numa ponta e um trouxa na outra", diz Milton.
A foto acima, que abre a matéria, mostra os saudosos corintianos Oreco (1932-1985) e Valmir (1933-2014), lateral e zagueiro, respectivamente, na concentração alvinegra na década de 1950. Oreco tem o seu cigarro sendo acesso (com um palito de fósforo) por Valmir. A imagem, aliás, é do arquivo da família de Valmir.
MAGRÃO
Sócrates (1954-2011), por exemplo, no auge de sua carreira, em 1982, deixou o tabagismo de lado durante a Copa da Espanha e só não levantou a taça naquele Mundial porque um certo Paolo Rossi, da querida Itália, país que hoje sofre com tantas perdas humanas, apareceu no caminho do time brasileiro...
De qualquer forma, o esforço que Sócrates fez naquela Copa, mostrou com tintas ainda mais carregadas todo o talento de que dispunha.
CASÃO
Companheiro de Sócrates no Corinthians, atuante no movimento das "Diretas Já" e da Democracia Corintiana, Casagrande não escondia o cigarro, nem mesmo quando posava para fotos. O ex-jogador, hoje comentarista na Globo, enfrentou problemas sérios com drogas, mas felizmente se recuperou.
O "CANHOTINHA DE OURO"
Assim como Sócrates e Casagrande, Gérson, o "Canhotinha de Ouro", foi outro craque que jogou pela seleção brasileira e abusou do cigarro, e até foi garoto-propaganda da marca de cigarros Vila Rica, em um bordão que acabou pegando muito mal, o "Eu gosto de levar vantagem em tudo, certo?".
ATÉ O DIVINO?
Uma foto de nossos arquivos, da seção "Que Fim Levou?", mostra um momento pouco conhecido, de Ademir da Guia com um cigarro na mão. Ele aparece junto ao repórter Nelson Elias (1931-2013) e de Toninho Guerreiro (1942-1990), também fumando.
CAMISA 5 DO PEIXE
O genial Zito também parecia fumar "socialmente". Pelo menos é o que denota sua imagem em um jantar garboso nos anos 60, com a delegação do Santos Futebol Clube.
O PRIMEIRO LULA FAMOSO
Falando em Santos Futebol Clube, vale o também vale registrar Luíz Alonso Peres, o Lula, treinador que marcou época à frente do time da Vila Belmiro por 12 anos, entre 1954 e 1966. No banco de reservas, embora o time santista não provocasse grandes sustos, ele relaxava tragando seu cigarro...
O "FOLHA SECA"
Um dos mais habilidosos meias brasileiros, Didi (1929-2001) também fumava seu cigarro, hábito que mostrou-se mais frequente em seus tempos de treinador. Aliás, como treinador, Didi ocupou este cargo na Copa de 70, à frente da seleção peruana.
PERSONAGEM DE FILME
O polêmico Heleno de Freitas (1920-1959), que tornou-se personagem de filme em 2012, estrelado por Rodrigo Santoro, teve muitos problemas ao longo de sua carreira. O talentoso atacante do Botafogo-RJ fazia muito sucesso junto ao público feminino e, na época, o cigarro era um elemento de charme.
ESTRANGEIROS
O brilhante meia holandês Johan Cruyff (1947-2016), principal astro do chamado "Carrossel Holandês" na Copa de 1974, vencida pela Alemanha, com o time laranja sendo vice-campeão, fumou muito ao longo de sua vida, o que acabou lhe custando um sofrido câncer de pulmão, que o levou aos 68 anos.
O argentino Diego Armando Maradona, que assim como Casagrande enfrentou muitos problemas com drogas, costumeiramente mostrou seu gosto pelos charutos. Amigo do ex-presidente cubano Fidel Castro (1926-2016), Maradona apareceu muitas vezes fumando seu charuto cubano até mesmo à beira de campo.
DISCRETOS
Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos, que foram companheiros de clube no Real Madrid e conquistaram a Copa de 2002, não eram habitualmente vistos fumando. Mas, os chamados paparazzi não perdoavam, e algumas vezes eles foram flagrados. Aliás, naquela seleção de 2002, o goleiro Marcos também era outro do time dos fumantes.
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O 1º de abril, Lauda e o doce Colegial
Às vezes dava certo, outras não, mas era divertido inventar uma história mirabolante no 1º de abril.
Voltando no tempo, lembro que no 1º de abril eram as contratações improváveis de jogadores de futebol os pratos prediletos na época do Colegial.
Aqui, se me permitem, faço uma observação: Colegial era um nome bem mais imponente que o atual Ensino Médio. Sabem aquela escala, "fraco, médio e forte"?
Pois bem, chamar um período tão importante na vida de um adolescente de "médio" é uma tremenda sacanagem.
Aprendi coisas fundamentais para minha existência nesse período intenso, de efervescência hormonal e política (contra a maldita ditadura militar).
Também conheci bons amigos, assim como a paixão mais arrebatadora da minha vida, que surgiu diante das minhas retinas quando eu era um estudante do 2º Colegial, em uma manhã iluminada de 1983; uma menina magrela com cabelos desgrenhados que vestia uma jardineira branca e que sentou-se duas fileiras do meu lado direito, junto à parede. Linda, plena.
E foi lá, no meu inesquecível Colegial, um ano antes dessa visão maravilhosa, que contei para a minha sala inteira do 1º ano que Niki Lauda (1949-2019) havia desistido de retornar à Fórmula 1 pela McLaren para assinar com a equipe de Emerson Fittipaldi, então chefe do time, que na ocasião contava apenas com Chico Serra como piloto. Era 1º de abril.
Muitos colegas também gostavam de automobilismo, e como o "Dia da Mentira" não havia sido lembrado por ninguém, consegui convencer os incautos.
Disse que havia acabado de ouvir a história na Jovem Pan (a rádio que eu ouvia) pelo TKR da Caravan bege do meu pai, que me levava de segunda a sexta para as bandas da Vila Mazzei, à porta da querida Escola Estadual Gonçalves Dias.
"Gente, acabei de ouvir o Claudio Carsughi* dizendo que o Lauda vai correr na Fittipaldi", decretei com seriedade.
Segurei a história até onde pude, — época sem internet era uma maravilha —, ninguém tinha como sacar um celular do bolso para checar a informação. E assim foi, até uma colega lembrar que era 1º de abril...
Pena que naquele dia eu não tinha uma foto igual a que ilustra esta crônica, com Lauda dentro do carro... Ninguém duvidaria...
* Peço desculpas ao Claudio Carsughi, hoje amigo, pela história que inventei no longínquo ano. Foi por uma causa divertida, certo, Mestre?
OBSERVAÇÃO: A foto acima é autêntica. Niki Lauda sentou-se no cockpit do Copersucar F5 em 1977, durante um teste de pneus da F1 em Zandvoort, na Holanda. Porém, o austríaco apenas posou para a imagem, nunca andou no carro da equipe brasileira de F1.
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Na "pelada dos sonhos", quem você escolheria: Raí ou Sócrates? Colunistas respondem
A regra da “pelada” para a formação dos times é clara. Dois jogadores de qualidade equivalente tiram par ou ímpar e, quem vence, tem a vantagem de escolher o “atleta” mais disputado da brincadeira.
Bom, mas agora vamos imaginar uma “pelada dos sonhos”, onde você venceu no par ou ímpar e pode escolher entre simplesmente... Raí e Sócrates!
E os dois vivendo seus melhores momentos!
E aí, qual craque você levaria para o seu time?
Abaixo, confira as respostas de nossos colunistas:
FRANK FORTES: SÓCRATES
Sócrates tem relevância imensurável para o futebol brasileiro. Craque, mas craque mesmo. Elegante, discreto, imprevisível, o rei dos toques mágicos de calcanhar. O Doutor jogava com a mesma sutileza com a camisa do Corinthians, do Flamengo, Santos, Botafogo de Ribeirão, Fiorentina ou da seleção brasileira. Era um gênio e foi um grande prazer vê-lo atuar.
O irmão é Raí teve uma carreira mais consolidada e mais próxima do que é o futebol hoje em dia. É ídolo do Tricolor e consolidou carreira na Europa. Mas, como Raí, temos outros. Socrátes foi único. Voto no Magrão.
MARCOS JÚNIOR MICHELETTI: SÓCRATES
Tirando a comparação Pelé x Messi, porque Pelé é incomparável, como opinei, esta é a diferença mais abissal entre todas. Sócrates era um artista verdadeiro, criativo. Eu vi praticamente todos os seus jogos pelo Corinthians (no estádio) e pela seleção brasileira. Sócrates, foi um Vincent Van Gogh da bola, um Salvador Dalí. Raí está para o desenhista de telas Romero Britto.
FÁBIO PIPERNO: SÓCRATES
LUCAS REIS: SÓCRATES
Embora Raí tenha sido mais atleta que Sócrates, na pelada escolheria o Doutor. Foi mais artista, mais genial, tinha um “algo a mais” que o irmão.
RICARDO CAPRIOTTI: SÓCRATES
Poderia usar o argumento do duelo anterior entre Ademir e Rivelino e dizer que Raí teve uma carreira internacional de mais sucesso. Mas tecnicamente, para mim, Sócrates foi mais jogador e do ponto de vista técnico Ademir e Riva se equivalem. Por isso fico com o Doutor.
GUILHERME CIMATTI: SÓCRATES
Sócrates. Era diferenciado dentro e fora do campo. Dentro dele, era elegante, tinha a passada larga e toques diferentes. O calcanhar foi a marca registrada. Fora de campo também era distinto. Pensava, analisava e construía assim como fazia com a bola. Faz muita falta - principalmente em períodos de crise e incerteza como o atual. O Magrão continuaria fazendo seus gols ao palpitar a situação do país. Perdeu a Copa de 82? Azar da Copa.
MARCELO DO Ó: SÓCRATES
Um gênio da raça que conseguia adaptar seu jogo elegante até aos piores tipos de gramado, que sabia abdicar da sua presença para que outros brilhassem, além da sua capacidade intelectual que estaria acima da média até os dias de hoje.
WLADIMIR MIRANDA: SÓCRATES
Raí foi vitorioso no São Paulo de Telê Santana e no PSG. Fracassou na Seleção Brasileira. E olha que Carlos Alberto Parreira, técnico da Seleção Brasileira em 1994, fez tudo para que ele mostrasse futebol pra ser titular da seleção que conquistou o tetracampeonato. Mas não conseguiu. Teve de promover a entrada de Mazinho. Interessante a personalidade do Raí. Embora não demonstrasse, ele era um jogador que tinha dificuldades para se impor. Foi assim no São Paulo, quando chegou. Seu futebol só evoluiu quando Telê lhe deu confiança. Jogador que reunia técnica e força, mas que dependia muito da condição física. Tinha de estar em ótima forma para que seu futebol fluísse. Era um atleta antes de mais nada.
LUCIANO LUIZ: EMPATE
Sinceramente, eu deixaria meu adversário escolher primeiro.
RENAN RIGGO: SÓCRATES
Quanto talento vindo de uma família só, meus amigos! O mais velho, ídolo da Fiel. O mais novo, ídolo dos tricolores. Em termos de títulos, Raí conquistou glórias maiores com o São Paulo, como as duas Libertadores (1992 e 1993) e a Copa Intercontinental de 1992, além de um Brasileirão em 1991. O Doutor, que jogava em outros tempos, quando o que importava de fato era a hegemonia estadual sobre os arquirrivais, faturou três Campeonatos Paulistas com o Corinthians, em 1979, 1982 e 1983, além de ter encabeçado o maior movimento político-social já visto no futebol tupiniquim: a Democracia Corintiana, que militava, principalmente, pela volta da eleição popular no país e pelo fim da Ditadura Militar. Pelo o que fez dentro e fora das quatro linhas, jogaria no meu time o Doutor Sócrates, certamente.
THIAGO TUFANO SILVA: SÓCRATES
Dois jogadores e pessoas admiráveis. Um duelo bem parelho, que eu decidi apenas quando me perguntei: sentiria mais prazer vendo qual deles em campo hoje em dia? E a resposta, claro, é que sentiria mais prazer vendo Sócrates jogando nos dias atuais.
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Morre João Marcos, goleiro do Palmeiras e do Grêmio na década de 1980
Ex-goleiro do Palmeiras e do Grêmio nos anos 1980, João Marcos morreu às 6h desta quinta-feira (2), aos 66 anos. Ele estava internado no Hospital da Unesp de Botucatu-SP, onde acabou sofrendo complicações no esôfago.
João Marcos era exemplo de superação para muitos dependentes químicos. O ex-goleiro foi internado no ano 2010 no Recanto Fonte Luz, em Mogi das Cruzes-SP, para iniciar tratamento contra o alcoolismo. Deixou a clínica pouco tempo depois e passou a ajudar com palestras pessoas que buscavam superar este mesmo problema.
João Marcos começou a carreira no Guarani. Jogou também no São Bento de Sorocaba-SP e no Noroeste de Bauru-SP, antes de se transferir para o Palmeiras, em 1980. Permaneceu no alviverde até 85 e encerrou a carreira no Grêmio de Porto Alegre, em 1986.
João Marcos viveu grande fase em 1984, que o levou à seleção brasileira. Disputou apenas um jogo, no dia 21 de junho, quando o Brasil venceu o Uruguai por 1 a 0.
O ex-goleiro deixou Ivete, sua esposa, e três filhos.
Leia também:
A CARREIRA DE JOÃO MARCOS NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?"
A única partida do goleiro João Marcos na Seleção Brasileira foi em 21 de junho de 1984, em Curitiba-PR, no estádio Couto Pereira, sob o comando de Edu Coimbra, o time verde e amarelo venceu o Uruguai por 1 a 0, gol de Arturzinho. Em pé: Edson Abóbrão, João Marcos, Oscar, Mozer, Jandir e Wladimir. Agachados: o massagista Nocaute Jack, Tita, Delei, Reinaldo, Arturzinho e Marquinho Carioca. Foto Arquivo pessoal João Marcos.
Em 06 de fevereiro de 1983, no antigo estádio Palestra Itália em São Paulo, o time do Palmeiras que goleou o Mixto-MT por 4 a 0, pelo então Campeonato Brasileiro vigente - Em pé: Carlão, Nenê Santana (foi zagueiro e técnico da Ponte Preta-SP), Cléo Hickman, Rocha (já falecido), Perivaldo e João Marcos. Agachados: Carlos Alberto Borges (o Raio), Luis Pereira, Jorginho, Carlos Alberto Seixas e Carlos Henrique. O treinador Rubéns Minelli não está na foto. Foto Arquivo pessoal de João Marcos
Treino do Guarani em 1972, no Brinco de Ouro da Princesa. Em pé, o primeiro da esquerda para a direita é o goleiro João Marcos. O oitavo é Joãozinho, que também atuou pelo Santos. Em seguida está Washington. Na sequência, com as mãos na cintura, Darcy. O primeiro agachado (de camisa regata) é Mauro Campos, o Mauro Cabeção. Em seguida, à frente, está Ednaldo (com os braços sobre os joelhos). Foto enviada por Roberto Diogo
João Marcos: exemplo de superação
Em pé, da esquerda para a direita: Figueira, João Marcos, Tobias, Mococa, Araújo e Mauricinho. Agachados: Lela, Carlos Roberto Palito, Jairzinho, Eduardo e Wallace. Foto enviada por Alexandre Varrone
Com Reinaldo Henrique Moreira, o benfeitor que ajudou João Marcos a se internar. Foto enviada pelo próprio Reinaldo Henrique Moreira
Foto enviada por Reinaldo Henrique Moreira
Em 28 de setembro de 2012
Em pé (da esquerda para a direita): Márcio Alcântara, Nenê, Vagner Bacharel, Batista, Perivaldo e João Marcos. Agachados: Barbosa, Jorginho, Carlos Alberto Seixas, Carlos Alberto Borges e Carlos Henrique. Quem enviou essa foto foi Ricardo Valentini Mola, que aparece como mascote na foto. Ele é a terceira criança da esquerda para a direita
Em pé (da esquerda para a direita): Rocha, Nenê, Vágner Bacharel, Carlão e João Marcos. Agachados: Batista, Luís Pereira, Jorginho, Carlos Alberto Borges, Enéas e Carlos Henrique. Quem enviou esta foto foi Ricardo Valentini, que aparece como mascote na foto. Ele é a terceira criança da direita para a esquerda
Em pé, da esquerda para a direita: João Marcos, Borges, Araújo, Jorge Fernandes, Ednaldo e Beto. Agachados: Bugre, Carlos Roberto Palito, Jairzinho, Amadeu e Baroninho
Trio de goleiros do Guarani no início da década de 1970. Aqui, Bessa, primeiro à esquerda, está ao lado de João Marcos e Sidney Polly, ex-Flamengo e Corinthians
Em pé, da esquerda para a direita, estão Benazzi, Vitor Hugo, Jaime Boni, Marquinhos, Darinta e o goleiro João Marcos; agachados, também da esquerda para a direita, estão Osni, Paulinho, Sena, Celio e Baroninho. A foto foi tirada no dia 25 de fevereiro de 1981, quando o Verdão bateu o Guarani por 2 a 0 pela Taça de Prata e conquistou o direito de disputar, no mesmo ano, a Taça de Ouro. O jogo foi disputado no Parque Antártica e acompanhado por mais de 33 mil pagantes. O atacante Sena marcou os dois gols do encontro
Academia de goleiros. Da esquerda para a direita: Ivan Izzo, Marcos, Sérgio, Velloso, João Marcos e Chicão. Foto: Reprodução/Facebook
Equipe do São Bento entrando no gramado do Pacaembu em 1978, para enfrentar a Portuguesa de Desportos. A partida terminou 0 a 0. À frente está Gatãozinho, seguido pelo goleiro João Marcos e Tutu. Foto: arquivo pessoal de Gatãozinho
João Marcos e Walter Zum-Zum
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João Marcos, campeão da vida!
Por Frank Fortes
A morte do goleiro João Marcos, ocorrida na manhã desta quinta-feira (02), em Botacatu, onde vivia, nos deixa uma reflexão importante sobre nossa missão por aqui.
João Marcos passou pelo funil do sonho de ser jogador de futebol e defender um grande clube. Com todas as dificuldades que o dia a dia lhe impôs, a partir do interior de São Paulo, chegou ao Palmeiras, o time consagrado por formar grandes goleiros.
Bom jogador que era foi além: atuou também no Grêmio e chegou à seleção brasileira. Fez um jogo como titular. Apenas uma partida, mas isso nem é tão relevante. Pois nesse funil dos sonhos, João Marcos chegou onde somente os raros conseguem chegar.
Motivo de extremo orgulho e realização profissional para qualquer atleta.
Imagino aqui que, depois de vivenciar o ápice, ter que parar (e João Marcos parou em 86, dois anos depois do auge de sua carreira), correr o risco de cair no esquecimento, de não ser mais badalado, solicitado... é preciso ser mais do que atleta nesse momento.
No ostracismo que, às vezes, toma conta de ex-jogadores aposentados, João Marcos começou a perder para o álcool. Quando percebeu já estava sendo goleado.
No jogo da vida de um ser humano, João Marcos estava quase caindo para a segunda divisão.
E foi aí que ele decidiu virar o jogo. A primeira e principal arma utilizada para iniciar a reação foi a humildade.
O ano era 2009. No Domingo Esportivo Bandeirantes, o apresentador Milton Neves inicia entrevista com o ex-goleiro do Palmeiras.
Logo no começo da conversa, munido de força descomunal, bem maior que a determinação que sempre teve em campo para encarar os atacantes adversários, João Marcos abre o coração: “Eu tenho problema com a bebida. Sou um alcoólatra e preciso de ajuda”.
O relato que se seguiu foi comovente e ao mesmo tempo estarrecedor. O ex-goleiro falou sobre o quanto estava sofrendo na vida por causa das presepadas do alcoolismo.
Dinheiro, emprego, família, amigos, bens... João Marcos colocou tudo a perder. E percebeu que só lhe faltava entregar a própria vida para o vício.
Começava ali a grande virada. Com o auxílio do empresário Reinaldo Henrique Moreira, inicialmente um benfeitor, depois um amigo, João Marcos foi internado em uma clínica de desintoxicação e equilibrou o jogo.
Aos poucos foi superando as adversidades.
Foi jogador, daqueles frios, para executar milimetricamente cada função determinante para atacar o problema e se defender como nos tempos de Palmeiras, Grêmio e seleção. Não levou mais nenhum gol da bebida.
Foi treinador, estrategista, incentivador e observador, para mudar a maneira de enfrentar o adversário mais perigoso da vida, para não deixar o atleta fraquejar quando parecia que os esforços não seriam suficientes.
João Marcos virou o jogo sim e, alguns anos depois, já goleava o alcoolismo, que nunca mais passou perto de sua área e continuou sendo atacado pelo ex-goleiro em palestras, conversas, entrevistas e no livro em que relatou todas as dificuldades vividas.
No dia 02 de abril João Marcos foi novamente vencido, mas não foi pelo álcool, porque viveu seus últimos 15 anos longe do que lhe degradou parte da vida.
João Marcos se foi, mas foi abraçado e rodeado pelos familiares, amigos, fãs e pelos garotos que lhe tinham como mestre em projeto social na cidade de Botucatu, onde nasceu.
Foi embora o João Marcos, como um grande vencedor. Foi-se o João, campeão da vida!
VEJA A PÁGINA DE JOÃO MARCOS NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?"
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De esperança brasileira na Copa a moeda de troca no mercado europeu: a queda de Philippe Coutinho
Quando foi anunciado como reforço do Barcelona em 8 de janeiro de 2018, assinando contrato até 2023, Philippe Coutinho agitou o mercado de transferências e gerou grande expectativas naqueles que admiram sua futebol. Ao trocar um Liverpool em franca ascensão por um Barça que dava claros sinais de queda, o brasileiro, para muitos, dava um passo certo rumo à prateleira de principais jogadores do mundo. Mas a história não foi bem assim.
Coutinho chegou à Copa do Mundo da Rússia, em 2018, como grande esperança da seleção brasileira já que Neymar vinha se recuperando de lesão no quinto metatarso e no tornozelo. Era sob o meia revelado no Vasco que estava a responsabilidade de fazer algo diferente dentro do time de Tite. Quase dois anos depois, o camisa 11 da seleção foi de esperança brasileira na Copa a moeda de troca no mercado europeu.
Após mau momento com a camisa barcelonista, Coutinho foi emprestado ao Bayern de Munique. No clube bávaro, recebeu a camisa 10, antes utilizada por Robben, e ganhou novas oportunidades. Com a camisa do Bayern, Philippe disputou 32 jogos, marcou 9 gols, deu 8 assistências e pouco se destacou. Os alemães, que desembolsaram cerca de 8,5 milhões de euros pelo empréstimo do brasileiro, porém, já comunicaram que não exercerão a cláusula que lhes dá a preferência para comprar em definitivo o meia-atacante.
Isso significa que Coutinho se reapresentará no Barça no inicio da próxima temporada europeia. Mas o brasileiro não deve receber novas oportunidades no clube catalão. Ao lado de Messi e cia, o disputou 76 jogos, marcou 21 gols e deu 11 assistências. Insuficiente para ocupar o lugar deixado por Neymar e para agradar a crítica espanhola. Por isso, Philippe Coutinho figura como principal moeda de troca barcelonista na próxima janela de transferências.
O Barça tenta se desfazer de Coutinho para reforçar a equipe na próxima temporada. Por incrível que pareça, o meia que custou cerca de 160 milhões de euros aos cofres culés, que chegou para ocupar o lugar de Neymar e que tinha status de estrela no Liverpool, virou uma moeda de troca.
Coutinho figura numa suposta lista de jogadores que o Barcelona colocará no mercado. Com o jogador em baixa, o objetivo dos espanhóis é ao menos recuperar o investimento feito na época da contratação, situação complicada no mercado, ainda a paralisação provocada pelo novo coronavírus que deve afetar a arrecadação de todos os clubes no mundo. Quem se mostrou interessado no brasileiro foi o Chelsea. Rumores de interesse do Tottenham e do Manchester United e até um possível retorno ao Liverpool também circularam pelo noticiário inglês. A Inter de Milão também já mostrou certo interesse - e aí o negócio interessaria muito ao Barça que sonha em contratar o atacante Lautaro Martínez, da equipe italiana.
Embora esteja longe de estar em alta, Philippe Coutinho segue com grande mercado no futebol europeu. Mas com que status o jogador – que menos de dois anos era visto como grande estrela do futebol mundial – chegaria a um novo clube?
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Dener completaria 49 anos. Relembre golaços do craque da Lusa
Dener Augusto de Souza completaria 49 anos nesta quinta-feira (2).
Sua morte trágica aos 23 anos em um acidente automobilístico em 19 de abril de 1994, pôs fim a uma carreira que tinha ingredientes dignos das grandes estrelas do futebol.
Revelado pela Portuguesa, onde conquistou a Copa São Paulo de 1991, no belo time treinado por Écio Pasca, Dener rapidamente passou à equipe profissional do Canindé, onde chamou atenção de diversos clubes.
Foi emprestado ao Grêmio (1993) e ao Vasco (1994) e estava alinhavando sua transferência para o futebol alemão, o Sttutgart, após sua passagem por São Januário.
Os detalhes de sua carreira e do acidente que o vitimou, você pode conferir clicando aqui, e acessando sua página na seção "Que Fim Levou?" do Portal Terceiro Tempo.
Sua presença na Copa de 1994 era dada como certa, inclusive pelo técnico da seleção, Carlos Alberto Parreira.
Para esta data, em homenagem a Dener, um vídeo com vários gols do craque revelado no Canindé.
ABAIXO, VÍDEO COM VÁRIOS GOLS DE DENER EXIBIDOS NO "GOL, O GRANDE MOMENTO" DA BAND, COM APRESENTAÇÃO DE ALEXANDRE SANTOS
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Morre Serginho, ex-ponta do Palmeiras e da Portuguesa Santista
Em Santos, Serginho chegou a trabalhar na coordenação de cursos universitários e era um bem sucedido empresário do ramo hospitalar.
Com a camisa do Palmeiras, Serginho fez 99 partidas (58 vitórias, 17 empates e 24 derrotas) e marcou 13 gols, segundo números do "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.
Em 1968, na Portuguesa Santista, fazendo infernal dupla de ataque com o centroavante Sérgio, Serginho quase derrubou sua futura equipe para a Segunda Divisão Paulista. O então time também de Brida e Américo Murolo ganhou do Palmeiras por 4 a 2 e o Verdão só não foi rebaixado porque fez "marmelada" com o Guarani num esquisito empate por 1 a 1 (gols de Suingue e Cardoso).
O Guarani, para que o Palmeiras não corresse risco algum, escalou três juvenis não inscritos na Federação Paulista de Futebol. Com Lindóia, Flamarion e Dante em campo com a camisa do Bugre, o Palmeiras ganhou os pontos e se safou da Segunda Divisão.
O corpo de Serginho será velado nesta quinta-feira (2), às 15 horas, no Cemitério Memorial, em Santos. O enterro acontecerá no mesmo local, às 17h.
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Causos do Miltão: "Pelé até que não é ruim, mas o Joaquinzinho está numa fase!"
Todas as quintas-feiras, nos canais do UOL e UOL Esporte, ambos no YouTube, Milton Neves recupera causos curiosos do futebol.
O tema, hoje, envolve uma disputa entre dirigentes do Santos FC e do Fluminense.
Mas, afinal, Joaquinzinho teve um momento melhor que o do Pelé?
Conheça também o canal de Milton Neves no YouTube clicando AQUI.
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Achados & Perdidos: Primeiro jogo do Corinthians pela Libertadores, há 43 anos, terminou empatado
Há exatamente 43 anos, diante do Internacional, o Corinthians fazia sua estreia na Taça Libertadores da América, torneio que à época tinha uma relevância bem menor do que tem hoje, sobretudo para o Alvinegro, que entrava em seu 23º ano sem títulos e buscava, antes de mais nada, ganhar o Campeonato Paulista.
Apenas três clubes brasileiros se classificaram para disputa do certame em 1977, o Internacional e o Corinthians, campeão e vice do Brasileirão do ano anterior, respectivamente, e o Cruzeiro, que havia conquistado a Libertadores em 1976.
EMPATE NO MORUMBI
E a estreia corintiana na Libertadores aconteceu justamente diante do Inter, seu adversário na final do Brasileirão, em partida realizada no Morumbi em 03 de abril de 1977, um domingo à tarde.
Zé Maria foi o autor do primeiro gol da partida, primeiro da história corintiana na Libertadores, aos 15 minutos do primeiro tempo. O lateral-direito, jogando com a camisa 4, tabelou com Palhinha e entrou na grande área como um atacante, surpreendendo a defesa colorada, driblando o goleiro Manga.
Na etapa final, aos 11 minutos, o saudoso lateral-esquerdo Vacaria (1949-2016) acertou um chute espetacular no ângulo esquerdo da meta do também falecido Jairo (1946-2019), que fazia sua estreia pelo Timão, vindo do Coritiba. A negociação envolveu o meia-atacante Adilson Miranda (1950-1980), que deixou o Alvinegro e foi para o Coxa.
CAMPANHA RUIM DO TIMÃO...
A primeira participação corintiana na Libertadores foi ruim. Depois do bom empate diante do campeão brasileiro, três derrotas fora de casa, para duas equipes equatorianas, o Nacional e Deportivo Cuenca, ambas por 2 a 1 e para o Inter, esta por 1 a 0.
Depois, nas duas partidas restantes, no Pacaembu, vitórias corintianas: 3 a 0 contra o Nacional (gols de Cláudio Mineiro, Palhinha e contra de Perez) e 4 a 0 sobre o Deportivo Cuenca, gols de Vaguinho, Palhinha, Romeu e Givanildo.
O Corinthians terminou a primeira fase em terceiro lugar, atrás do Inter e do Nacional.
O Boca Juniors foi o campeão da Libertadores de 1977, na disputa final diante do Cruzeiro.
REDENÇÃO NO CAMPEONATO PAULISTA...
Se a Libertadores de 1977 teve um gosto amargo para o Corinthians, finalmente o grito de campeão pôde ser extravasado da garganta da torcida, com o título conquistado diante da Ponte Preta, em 13 de outubro.
ABAIXO, CORINTHIANS X INTER EM 03 DE ABRIL DE 1977, NO MORUMBI, COM A ENTRADA DAS EQUIPES EM CAMPO, MILTON NEVES APRESENTANDO JOGADOR POR JOGADOR DURANTE O HINO E OS DOIS GOLS DA PARTIDA
FICHA TÉCNICA DA PARTIDA
CORINTHIANS 1 X 1 INTERNACIONAL
Gols: Zé Mária (15 minutos do primeiro tempo) e Vacaria (11 minutos do segundo tempo).
Estádio: Morumbi
Público: 88.974
Renda: Cr$ 5.492.270,00
Árbitro: Ramón Barreto (Uruguai)
Corinthians: Jairo, Zé Maria, Moisés, Zé Eduardo e Wladimir. Givanildo (Russo), Basílio (Lance) e Palhinha. Vaguinho, Geraldão e Edu. Técnico: Oswaldo Brandão.
Internacional: Manga, Cláudio Duarte, Marião, Hermínio e Vacaria. Caçapava, Batista e Falcão. Valdomiro, Dario e Pedrinho Gaúcho. Técnico: Carlos Castilho.
Fonte da ficha técnica: Almanaque do Timão, de Celso Unzelte
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Ademir da Guia, "melhor que Cruyff", como diz Milton Neves, completa 78 anos
Ademir da Guia, o Divino, completa 78 anos hoje, 3 de abril de 2020.
Recordista de atuações com a camisa do Palmeiras, com 901 jogos, é o terceiro maior artilheiro da história alviverde, com 153 gols, atrás apenas de Heitor (284) e César Maluco (180).
Os números de Ademir da Guia ainda são mais expressivos quando levamos em consideração o fato de que era um meia-esquerda, enquanto Heitor e César eram autênticos centroavantes.
Filho de outro gênio do futebol, o zagueiro Domingos da Guia (19120-2000), o carioca Ademir da Guia começou no Bangu, onde atuou entre 1961 e 1962, e desembarcou no Palestra Itália em 1962, onde manteve-se até o final de sua carreira, em 1977.
Para muitos, Ademir foi o maior nome da história do Palmeiras, superando inclusive o goleiro Marcos, ídolo maior das gerações palestrinas mais recentes.
Milton Neves costuma dizer que o jeito calado do "Divino" dificultou voos mais altos no futebol.
"Ele foi melhor que Cruyff (1947-2016), mas esqueceu de avisar", pondera Milton.
Falando em Cruyff, Ademir da Guia poderia ter enfrentado o holandês na derrota brasileira na Copa de 74 por 2 a 0, resultado que levou a "Laranja Mecânica" à final contra a Alemanha, que acabou campeã.
O Brasil disputou o terceiro lugar, e Ademir da Guia finalmente teve sua chance naquele Mundial, começando a partida contra a Polônia na disputa pelo terceiro lugar. Lato fez o único gol do jogo na vitória polonesa. Ademir acabou sendo substituído por Mirandinha.
A genialidade de Ademir da Guia rendeu até um poema, escrito por um dos principais nomes da literatura brasileira, João Cabral de Melo Neto, que segue abaixo:
Ademir da Guia
Ademir impõe com seu jogo
o ritmo do chumbo (e o peso),
da lesma, da câmara lenta,
do homem dentro do pesadelo.
Ritmo líquido se infiltrando
no adversário, grosso, de dentro,
impondo-lhe o que ele deseja,
mandando nele, apodrecendo-o
Ritmo morno, de andar na areia,
de água doente de alagados,
entorpecendo e então atando
o mais irrequieto adversário.
ABAIXO, UM VÍDEO PRODUZIDO POR JÔNATAS FREITAS QUE ILUSTRA DE FORMA CLARA OS VERSOS EXPRESSADOS POR JOÃO CABRAL DE MELO NETO
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Olhos no retrovisor: Há 15 anos, no GP do Bahrein, a 100ª vitória do motor Renault na F1
Foi com o espanhol Fernando Alonso, em 03 de abril de 2005, que um motor Renault venceu pela 100ª vez na Fórmula 1, no GP do Bahrein, disputado no circuito de Sakhir.
O espanhol, que naquele ano conseguiria o primeiro de seus dois títulos na F1 (o segundo foi no ano seguinte), pilotava justamente para a Renault, após um final de semana absolutamente positivo, pois também conquistou a pole. No pódio, ao seu lado, o italiano Jarno Trulli (Toyota) e o finlandês Kimi Raikkönen (McLaren-Mercedes).
Aliás, naquela ocasião, apenas os carros da Renault competiam com seus próprios motores (o outro piloto da equipe era o italiano Giancarlo Fisichella), muito diferente do que aconteceu em muitas outras temporadas da categoria, com várias equipes sendo impulsionadas pelos propulsores franceses.
A PRIMEIRA VITÓRIA FOI COM UM PILOTO FRANCÊS
A Renault estreou na Fórmula 1 em 1976, iniciando a era turbo na categoria, com apenas um carro, pilotado pelo francês Jean-Pierre Jabouille, mas somente na temporada de 1979 é que o time francês conseguiu o primeiro triunfo, justamente com Jabouille, fazendo uma festa totalmente francesa, no GP da França, em Dijon-Prenois.
Jabouille largou na pole e seu companheiro de equipe, o também francês René Arnoux, fez a melhor volta da prova. No pódio, Jabouille em primeiro, Gilles Villeneuve (Ferrari) em segundo e René Arnoux (Renault) em terceiro, isso após terem travado uma disputa eletrizante, tocando rodas e dividindo curvas por várias voltas.
Vale lembrar, que a Renault, na ocasião, além da dupla de pilotos franceses, tinha também combustíveis/lubrificantes e pneus de fabricantes da França, a Elf e a Michelin, respectivamente.
Ao todo, nesta primeira fase da equipe Renault, foram 15 vitórias, a última delas com Alain Prost, no GP da Áustria de 1983, em Österreichring. Depois, com o retorno da Renault como equipe própria, foram mais 20 vitórias (17 de Alonso, duas de Fisichella e uma de Trulli).
SENNA, PRIMEIRA VITÓRIA NA F1 FOI COM MOTOR RENAULT
Depois de estrear na F1 em 1984, pela Toleman-Hart, Ayrton Senna assinou com a Lotus para a temporada seguinte, e foi justamente em 1985 que o brasileiro conseguiu sua primeira vitória na categoria, empurrado pelo motor turbo da Renault no GP de Portugal, no traçado do Estoril. Senna ainda conseguiu outras três vitórias com a Lotus-Renault: no GP da Bélgica de 1985 e nos GPs da Espanha e dos Estados Unidos de 1986.
Coincidentemente, as três últimas corridas que Senna disputou na F1, em Interlagos, Aida e Imola, foram com motor Renault, na Williams.
WILLIAMS E RED BULL, AS MAIORES VENCEDORAS COM MOTOR RENAULT
A Williams, com 64 vitórias, e a Red Bull, com 50, foram as equipes que mais venceram contando com motores fabricados pela Renault.
Pelo time de Frank Williams, a primeira vitória aconteceu no GP do Canadá de 1989, disputado em Montreal (com o belga Thierry Boutsen), e a última com o venezuelano Pastor Maldonado, no GP da Espanha (Barcelona) em 2012, por sinal, a única de Maldonado na F1.
Na parceria da Renault com a Red Bull, a primeira das 50 vitórias foi com Sebastian Vettel no GP da China de 2009, em Xangai, uma dobradinha, inclusive da Red Bull-Renault, pois o australiano Mark Webber terminou em segundo lugar. A última vitória do time austríaco com o motor francês aconteceu no GP da Bélgica de 2014, em Spa-Francorchamps, com Daniel Ricciardo. Esta, aliás, foi a última de um motor Renault na F1 até agora, que na ocasião chegou ao 168º triunfo na categoria.
4º LUGAR NO RANKING
O motor Renault venceu 168 GPs na F1 e ocupa o quarto lugar no ranking da F1. O motor Ferrari está em primeiro com 239 vitórias, seguido pelos motores da Mercedes (188) e da Ford-Cosworth (176).
ATUALMENTE...
A temporada da Fórmula 1 de 2020 que está cercada de incertezas por conta da pandemia do novo coronavírus, e não teve nem sua etapa de abertura realizada, na Austrália, é composta de 20 equipes, duas delas com motor Renault: a própria Renault e a McLaren.
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Olhos no retrovisor: Nelsinho Piquet, há cinco anos, vencia pela primeira vez na Fórmula E
Partindo da segunda fila, em terceiro, Nelsinho assumiu a liderança logo na largada e não a perdeu mais, superando o pole Daniel Abt e Nicolas Prost, que largou em segundo.
Para completar a coincidência (em 1980 Emerson Fittipaldi foi o terceiro colocado), na prova da Fórmula E disputada em 04 de abril de 2015 a terceira colocação ficou com outro brasileiro, Lucas di Grassi. Entre eles, o francês Jean-Eric Vergne, em segundo.
Além de Nelsinho e Lucas, outro brasileiro participou da etapa norte-americana, a quinta do campeonato: Bruno Senna, que recebeu a bandeira quadriculada em quinto lugar.
NELSINHO CAMPEÃO
A temporada de 2014-2015 foi a primeira da Fórmula E, e Nelsinho Piquet terminou o campeonato como campeão, tendo conseguido mais uma vitória, em Moscou, somando ao final do ano 144 pontos, um a mais que o vice-campeão, o suíço Sébastien Buemi. Di Grassi foi o terceiro do certame e Bruno Senna fechou a temporada inaugural da categoria em décimo lugar.
ATUALMENTE NA STOCK CAR
Nelsinho Piquet desligou-se da Fórmula E em 28 de março de 2019, após seis etapas na temporada, encerrando o vínculo em comum acordo com sua equipe a Jaguar Racing.
Fora da Fórmula E, Nelsinho aguarda o início da temporada da Stock Car, ainda sem data definida para começar por conta da pandemia do novo coronavírus, para começar sua terceira temporada completa pela Stock Car, pela Full Time Sports,
CLASSIFICAÇÃO FINAL DA ETAPA DE LONG BEACH DA FORMULA E - 04/04/2015
Nelsinho comemora sua primeira vitória na Formula E. Brasileiro usou capacete igual ao de seu pai, que venceu pela primeira vez na F1 também em Long Beach. Foto: Formula E/Divulgação
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Saudade: Há sete anos morria Fábio Koff, marcante presidente do Grêmio
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