Nesta semana buscamos em nosso quase infindável acervo da seção "Que Fim Levou?" imagens de "Antes & Depois" do time do Sport Club Internacional que conquistou o título do Campeonato Brasileiro de 1979 de forma invicta, feito até nunca conseguido por nenhuma outra agremiação.
Foi o terceiro (e último) título do Inter no Campeonato Brasileiro, após o bi consecutivo (1975/1976).
Depois de conquistar o Gauchão em 1978, o Inter seguiu embalado sob o comando de Ênio Andrade (1930-1997) para chegar à final do Brasileiro e derrotar o Vasco da Gama nos dois jogos, primeiro no Maracanã por 2 a 0, com dois gols de Chico Spina, que substituiu o titular Valdomiro que estava suspenso e, na volta, no Beira-Rio, por 2 a 1, tentos de Falcão e Jair, com Wilsinho descontando para os cruzmaltinos.
Paulo Roberto Falcão, hoje comentarista de futebol, era o líder daquele time de 1979, mas já havia garantido seu nome na história colorada como titular nas conquistas dos títulos nacionais de 1975 e 1976. Embora tenha se notabilizado com a camisa 5, tanto no Inter como na Roma, o catarinense de Abelardo Luz tinha todos os predicados de um meia, com habilidade ímpar, formando com o ótimo marcador Batista e o habilidoso e ofensivo Jair, um meio-campo praticamente perfeito.
Valdomiro é outro, que a exemplo de Falcão, já tinha em seus guardados as faixas de campeão do Brasileirão em 75 e 76, mas sua história no Colorado havia começado profissionalmente antes. O veloz e goleador camisa 7 estava em campo na inauguração do Beira-Rio em 6 de abril de 1969. Valdomiro Vaz Franco, catarinense como Falcão, mas de Criciúma, onde reside, está com 79 anos e detém o recorde de atuações pelo Inter, com 803 jogos. Além disso, é o quarto maior artilheiro da história do clube gaúcho, com 190 gols, muitos deles em cobranças de falta, atrás somente de Carlitos (326), Bodinho (233) e Claudiomiro (204), este último o que fez o gol número 1 da história do Beira-Rio.
O paraguaio Benitez foi o goleiro titular do Colorado na vitoriosa campanha de 1979. Hoje com 73 anos, residindo em Porto Alegre, ele teve presença marcante em diversos jogos do ano do tri do Inter, evitando derrotas que impediriam a equipe de conseguir o feito histórico de campeã invicta. Ainda trabalhou por vários anos como preparador de goleiros do Inter, e sua ligação tão forte com a capital gaúcha sensibilizou a Câmara Municipal da cidade, que lhe conferiu o Título de Cidadão de Porto Alegre em 18 de outubro de 1922.
Jair, que ganhou a alcunha de "Príncipe", era um meia diferenciado. Armava, driblava, era veloz e também finalizava muito bem. Foi o artilheiro do Inter na campanha de 1979, com dez gols, três atrás de César (América-RJ), que liderou o ranking de goleadores da temporada.
Outro nome que deve ser reverenciado pelos colorados é o de Mário Sérgio Ponte de Paiva. O camisa 11 que morreu tragicamente no acidente aéreo da Chapecoense em 29 de novembro de 2016 (ele era comentarista de futebol do Fox Sports), não se limitava à faixa extrema da esquerda de campo. Funcionava como um quarto homem de meio-campo, e com seus dribles e passes desconcertantes, foi um dos protagonistas do time escarlate.
RESERVAS DE LUXO
O plantel do Internacional era muito forte. Além dos 11 que normalmente figuravam como titulares, dois tiveram importância vital na conquista do título de 1979: Chico Spina e Adilson Miranda.
Chico Spina (que está com 70 anos), versátil, jogava tanto na ponta-direita quanto na esquerda, e deu conta (e muito bem) do recado no primeiro jogo da final diante do Vasco no Maracanã, marcando os dois gols na vitória por 2 a 0. Como já mencionado, ele atuou por conta da suspensão (por cartão amarelo) de Valdomiro.
O saudoso Adilson Miranda, que morreu precocemente em 1980, aos 30 anos, em um acidente automobilístico ao lado de sua noiva, a catarinense Rosangela Zanella, havia tido boas passagens por Corinthians e Coritiba e, quando chegou ao Inter, em 1978, foi o titular da campanha do título do Gauchão daquele ano. Era muito mais habilidoso do que Bira-Burro, mas Ênio Andrade preferia um centroavante mais "rompedor" do que um jogador mais técnico, pois tinha este tipo de sobra no meio-campo. Ainda assim, contribuiu com três gols na campanha colorada de 1979. Bira, que jogou mais vezes, marcou sete gols.
Trazendo estes atletas em imagens de momentos distintos, procuramos manter viva a memória do esporte.
VEJA, NO VÍDEO ABAIXO, COM SELEÇÃO DE MARCOS MICHELETTI E EDIÇÃO DE KENNEDY ANDRÉS, DO PORTAL TERCEIRO TEMPO
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