Rubens Francisco Minelli, Paulistano, nascido no dia 19 de dezembro de 1928, um dos mais vitoriosos técnicos da história do futebol brasileiro, morreu no dia 23 de novembro de 2023, aos 94 anos, após passar quase um mês internado para tratamento de uma infecção urinária.
Ele morava tanto em São Paulo quanto em sua chácara em Valinhos, no interior de São Paulo.
Seu último trabalho dentro do universo futebolístico foi em 2003, quando exerceu o cargo de superintendente de futebol do Avaí-SC.
Mesmo após abandonar o banco de reservas, Minelli seguia acompanhando o esporte que o deixará marcado na história. Através da televisão, ele estava sempre por dentro de tudo o que se referia ao futebol. Curiosamente, Rubens Minelli iniciou sua carreira como atleta profissional, atuando de ponta-esquerda no Ypiranga e Nacional (SP).
Rubens Minelli também foi jogador de futebol. Ele jogou como ponta-esquerda no Ypiranga, já extinto, e no Nacional. Mas foi como treinador que Minelli fez fama no futebol brasileiro.
Minelli foi técnico do América de Rio Preto, Palmeiras, Sport Recife, Internacional, São Paulo, Grêmio, Corinthians, Portuguesa, Guarani, Ponte Preta, Coritiba, Seleção da Arábia Saudita e trabalhou como dirigente no São Paulo, Atlético Paranaense, Paraná e Avaí. O principal momento da carreira do técnico Rubens Minelli foi no Sport Club Internacional. Ele foi contratado pelo Colorado em 1974, mas revela que por pouco não continuou vivendo em São José do Rio Preto, onde dirigia o América. "Não tinha a intenção de deixar São José do Rio Preto, mas um dia eu cheguei em casa e lá estava um carro com o Asmuz (José Asmuz, ex-diretor e ex-presidente do Inter) me esperando. Eu pedi alto e eles aceitaram pagar. Então, eu fui para o Internacional e fui muito feliz lá", recordava.
"O engraçado é que eu tinha visto o time do Internacional atuar uma semana antes. Eu gostei muito da equipe e ainda comentei que aquele time daria muito trabalho", emendava Rubens Minelli.
O técnico comandou o time colorado bicampeão brasileiro de 75 e 76. A equipe do Inter, uma das mais fortes do mundo na década de 70, tinha, entre outros jogadores, o goleiro Manga, os laterais Cláudio e Vacaria, os zagueiros Figueroa e Marinho Perez, os meio-campistas Batista, Falcão e Caçapava e os atacantes Valdomiro, Flávio, Dadá Maravilha e Lula.
Depois de brilhar no Inter, Rubens Minelli levou o time do São Paulo a conquista do Brasileiro de 77, o que fez do treinador um autêntico tricampeão nacional (75 e 76 pelo Inter e 77 pelo São Paulo).
Elogios de Muricy
Em entrevista à Rádio Bandeirantes, no dia 13 de agosto de 2006, o técnico Muricy Ramalho revelou sua admiração por Rubens Minelli, que o comandou nos tempos de São Paulo Futebol Clube. "Eu aprendi muito com o Minelli. Ele era um técnico inteligente. Não concordava muito com ele, na época, porque ele me tirou do time para colocar o Neca. Mas entendo que ele era um excelente técnico. Procuro tirar ele e o Poy como grandes exemplos de treinadores", conta Muricy Ramalho, que foi meia do São Paulo nos anos 70. Foto: Marcos Júnior/Portal TT
ABAIXO, ENTREVISTA DE RUBENS MINELLI A MARCOS JÚNIOR MICHELETTI, DO PORTAL TERCEIRO TEMPO, SOBRE OS 40 ANOS DO PRIMEIRO TÍTULO BRASILEIRO DO INTERNACIONAL. MATÉRIA VEICULADA NO SITE EM 14 DE DEZEMBRO DE 2015:
No dia 21 de fevereiro de 2021, Valdomiro (ex-jogador do Inter), Figueroa (ex-jogador do Inter) e Rubens Minelli (ex-jogador do Inter e ex-técnico de futebol) participaram do Domingo Esportivo Bandeirantes. Acompanhe a entrevista.
Minelli dirigiu diversas equipes do Brasil e ainda o Al Helal (Arábia Saudita) e posteriormente a seleção deste país. Legítimo tricampeão brasileiro ? 75 e 76 pelo Inter-RS e 77 pelo São Paulo ? o ex-técnico ainda venceu o Robertão de 69 pelo Palmeiras, quatro títulos gaúchos (74,75 e 76 pelo Inter e 85 pelo Grêmio), 3 Paranaenses (93,94 e 97 pelo Paraná), Pernambucano (66 pelo Sport), 2 Paulistas da Segunda Divisão (63 pelo América e 73 pela Francana), um título Saudita e da Copa do Golfo (80 pelo Al Helal). Minelli treinou ainda o Corinthians, Santos, Portuguesa de Desportos, Guarani, Ponte Preta, Rio Branco de Americana, Ferroviária de Araraquara, Associação Atlética Francana (de Franca-SP, nos anos 60), Atlético-MG e Coritiba.