Gérson, o Canhotinha de Ouro

Ex-meia do Botafogo, Flamengo, São Paulo e Flu
O "Canhotinha de Ouro" hoje trabalha como comentarista esportivo e mora em Niterói, no Rio de Janeiro.
 
Após ótima passagem pela Rádio Globo-AM, trocou de emissora e desembarcou na Rádio Bradesco Band Sports, ao lado do parceiro José Carlos Araújo.
 
Em janeiro de 2014, Gérson acertou com a rádio Transamérica para ser comentarista.

Gérson de Oliveira Nunes, o Gérson, que nasceu em Niterói (RJ), no dia 11 de janeiro de 1941, é casado e teve duas filhas (uma delas morreu em um trágico acidente de trânsito).

Ele foi peça essencial para a inesquecível conquista do Mundial do México de 70 pela Seleção Brasileira.

Inteligente, dono de passes e lançamentos precisos, Gérson foi um dos melhores meias da história do futebol brasileiro. O camisa 8 do time de Zagallo em 70 começou a carreira nas categorias de base do Flamengo, onde jogou entre 1960 e 1962, mas foi no Botafogo, jogando de 1962 e 1969, que ele fez mais sucesso. Pelo Glorioso, Gérson conquistou os cariocas de 1967 e 1968.

Depois do Botafogo, Gérson defendeu o São Paulo Futebol Clube. Já experiente, o meia, ao lado de Toninho Guerreiro, Roberto Dias e companhia, ajudou o São Paulo a sair da fila no Campeonato Paulista. De quebra, Gérson comemorou dois estaduais pelo Tricolor do Morumbi: 1970 e 1971.

Deixou o time paulista em 1972 para realizar um antigo sonho: jogar pelo Fluminense, o clube de coração. Pelo clube das Laranjeiras, Gérson levantou o Carioca de 1973 e encerrou a carreira em 1974. Para o seu lugar, o Flu contratou Rivelino, então do Corinthians.

Polêmicas

Gérson não ficou conhecido apenas pelos gols, lançamentos e boa visão nos gramados. Ele era considerado temperamental por alguns. Gérson teria quebrado acidentalmente, segundo ele, as pernas do ponta-direita Vaguinho, em 1971, e do juvenil flamenguista Mauro.

Mas o próprio Gérson admite que não afinou na dividida com o peruano De La Torre, em um amistoso entre Brasil e Peru, no Maracanã. Resultado: De La Torre deixou o campo com a perna fraturada.

Fora de campo, em 1976, Gérson participou de uma propaganda de cigarros. A frase publicitária dita pelo ex-meia não pegou bem na época: "Você também gosta de levar vantagem em tudo, certo?" Gérson foi injustamente criticado, tentou se explicar, mas não tinha mais jeito. Estava criada a "Lei de Gérson".
 
ABAIXO, VÍDEO DA PARTICIPAÇÃO DE GÉRSON NO 3º TEMPO DA BAND, EM 30 DE JUNHO DE 2019

 
Abaixo, leia a entrevista que o UOL Esportes publicou no dia 17 de janeiro de 2018

No dia 29 de janeiro de 2018, o portal UOL publicou uma matéria sobre o futebol na Band no início dos anos 90. Gérson era um dos comentaristas:

Futebol na segunda-feira foi aposta da Band nos anos 1990; veja como era

UOL Esporte

Jogo de futebol passando na TV aberta nas noites de segunda-feira? Sim, já aconteceu no Brasil. Consagrado na Inglaterra e nos Estados Unidos (neste caso, com o futebol americano), o “Monday Night Football” foi uma aposta da Band no começo dos anos 1990. E marcou época por vários motivos:

Todo dia uma atração

Em 1991, a Band estreou a Faixa Nobre do Esporte, que ia ao ar de segunda a sábado, às 20 horas, sempre com uma transmissão esportiva. Tinha Campeonato Espanhol, NBA, futebol americano, vôlei, basquete, sinuca… E o Campeonato Carioca nas noites de segunda-feira.

Outros tempos do Carioca

A decisão do Campeonato Carioca de 1991 aconteceu no fim do ano, junto com o encerramento do calendário do futebol brasileiro. Entre novembro e dezembro, a Taça Rio estava nos momentos decisivos. E toda segunda-feira à noite tinha jogo, geralmente entre um time grande e outro pequeno. Estas eram as partidas transmitidas pela Band nos primórdios do “Monday Night Football”.

Jogo raiz

No dia 2 de dezembro de 1991, cerca de 3 mil torcedores saíram de casa na segunda-feira à noite para ir ao estádio Caio Martins, em Niterói, assistir ao jogo entre Flamengo e Campo Grande. O público pode ter sido pequeno, mas foi suficiente para encher as arquibancadas e animar a transmissão da Band, que teve narração de Jota Júnior, comentários de Gérson e reportagem de Octavio Muniz (foto). Apesar do estádio acanhado, a qualidade do gramado foi bastante elogiada pelos comentaristas. O Flamengo venceu por 1 a 0, com gol de Zinho.

Participações ilustres

Mesmo sem internet, a Band tinha uma transmissão interativa, com menções às cartas dos telespectadores e até participações ao vivo de torcedores famosos por telefone. Na partida entre Flamengo e Campo Grande, o sambista rubro-negro João Nogueira foi o convidado especial e deu uma palavrinha com o narrador Jota Júnior durante o primeiro tempo do jogo: “Mesmo sem muitas estrelas, o Carlinhos conseguiu montar um time competitivo com a garotada, e está jogando um futebol bonito”.

Narrações clássicas

Além de Jota Júnior, o time de narradores da Band também tinha nomes como Marco Antônio e Januário de Oliveira (foto). Este último era uma atração à parte nos jogos de segunda à noite. Seus bordões são lembrados até hoje por quem teve a oportunidade de assistir àquelas partidas: “Super Ézio”, “tá lá um corpo estendido no chão”, “tá aí o que você queria”.

Comentários descontraídos

Gérson, o Canhotinha de Ouro, trabalha até hoje como comentarista de rádio e ficou famoso pelo seu jeito simples e descontraído de analisar as jogadas com seu olhar de boleiro. Nas transmissões de segunda-feira na Band, ele era o titular. Ao comentar a forma física de um arbitro mais gordinho que apitou o jogo do Flamengo, ele disparou uma das suas: “É por tonelada a peça. Se ele vier acompanhando a jogada e a bola voltar, ele não vai conseguir chegar. Está muito, muito avantajado”.

A bandinha de fundo

Aqueles jogos de segunda-feira tinham uma atmosfera diferente, até porque geralmente aconteciam em estádios menores, de bairro. Era o futebol pé no chão, da geral, do torcedor no radinho. E não há som que defina melhor tudo isso do que aquelas bandinhas da torcida que tocavam marchinhas o jogo inteiro. Em estádios pequenos, dava para ouvir muito mais, até na transmissão. Confira a seguir no jogo completo entre Flamengo e Campo Grande que passou no saudoso “Monday Night Football” da Band.

No dia 30 de junho de 2019, Gérson participou do Domingo Esportivo Bandeirantes. Confira a íntegra da entrevista:

ABAIXO, NO CANAL 100, MELHORES MOMENTOS DE AMÉRICA 1 X 1 BOTAFOGO PELA TAÇA GUANABARA DE 1968. EDU MARCOU PARA O AMÉRICA E GÉRSON EMPATOU PARA O BOTAFOGO

ABAIXO, GÉRSON NO COMERCIAL DO CHICLETE TATOO, EM 1984

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Pelo Flamengo:

De acordo com o  "Almanaque do Flamengo", de Roberto Assaf e Clóvis Martins, Gérson disputou 147 partidas (86 vitórias, 23 empates e 38 derrotas) e marcou 83 gols.

Pelo São Paulo:

Pelo Tricolor do Morumbi, Gérson fez 75 jogos entre os anos de 1969 e 1971. Segundo o "Almanaque do São Paulo", de Alexandre da Costa, foram 40 vitórias, 15 empates, 20 derrotas e 11 gols marcados pelo Tricolor do Morumbi.

Pela Seleção Brasileira:

E com a camisa canarinho principal, Gérson atuou em 85 jogos (61V, 13E, 10D) e anotou 19 gols. Pela seleção olímpica, foram 11 partidas e nove gols marcados. Além do título de 70, ele foi campeão da Taça Bernardo O´Higgins (1961), Copa Roca (1963 e 1971), Copa Rio Branco (1968) e Taça Sesquicentenário de Independência do Brasil (1972). A última apresentação de Gérson pela seleção foi na vitória de 1 a 0 sobre Portugal, no dia 9 de julho de 1972. Os dados constam do livro "Seleção Brasileira - 90 Anos", de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.

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