Jogadores posam para a foto antes do jogo contra a Inglaterra. A partida foi realizada no dia 7 de junho de 1970. O Brasil venceu por 1 a 0, gol de Jairzinho. No alto, da esquerda para a direita: Carlos Alberto Torres; Brito; Piazza; Félix; Clodoaldo; Everaldo; Admildo Chirol. Em baixo, da esquerda para a direita: Jairzinho; Rivelino; Tostão; Pelé; Paulo Cézar Caju. Foto: UOL

Na semana em que Félix Miélli Venerando teria completado 87 anos, relembro com os amigos a mais bela história de sua gloriosa carreira:

"Pai, por que me chamam de "filha do frangueiro" lá no "culégio", pai?".

Curioso, mas nas pronúncias regionais do Brasil, o carioca fala "culégio", e não colégio.

Mas o importante foi a pergunta da garotinha Lígia, então com sete anos, filha caçula do saudoso goleiro Félix, ao telefone, conversando com o pai concentrado em Guanajuato em meio à Copa do México, em 1970.

Marlene, a esposa, ligou lá para o marido usando o telefone da vizinha de apartamento em Laranjeiras-RJ, e se falaram por um tempo.

Mas com a garotinha Lígia (hoje ela tem dois filhos e um neto) cutucando a mãe porque ela queria fazer ao pai a tal pergunta que tanto a incomodava e a intrigava todo dia ao voltar do "culégio".

Félix então ouviu a pergunta da filha, pensou um pouquinho, não se abalou e respondeu que, "quando mocinho, filha, eu trabalhei na padaria do Seo Furriel lá na Mooca e minha função era cuidar do forno, assar, embalar e entregar os frangos assados para os fregueses que sempre faziam grandes filas na calçada", disfarçou.

Aliviada, Lígia ouviu, mandou beijos para o pai, devolveu o telefone preto grandão para a mãe e a vida seguiu com a seleção brasileira cada vez melhor na Copa de 70.

Foram seis vitórias implacáveis e um dia antes da final, contra a Itália, ele pediu e recebeu do jornalista OldemárioTouguinhó (1934 - 2003) os números de telefone que lhe dariam acesso à Embratel no Rio e à consequente conexão com seu apartamento alugado e sem telefone, algo raro e caro à época.

Mas ele tinha o número da vizinha, Neusa.

E o que fez, pensou e arquitetou Félix, desde que ouviu a pergunta "cruel" da tão ingênua filhinha?

Escreveu os números na parte de dentro de sua sunga branca ou da "saqueira" que os jogadores usavam antigamente, ficando sempre aparente a faixa branca separando o calção da camisa.

No Botafogo de Garrincha isso sempre foi muito marcante e até virou lenda.

Aí a bola rolou com o Brasil metendo 4 a 1 na Itália.

Foi uma festa só!

Os amorosos mexicanos invadiram o Estádio Azteca e praticamente despiram nosso time de Carlos Alberto Torres até Rivellino.

Quase todo mundo "pelado", a gente vê sempre nas reprises da Copa de 70!

E aí, cadê o Félix?

Sim, na festa, naquela bagunça toda, o Félix... sumiu!

É que nos últimos minutos do jogo, já 4 a 1, lá do gol, ele tinha um olho na bola e outro na porta de acesso aos escritórios do estádio.

O juiz apitou, 4 a 1 na cabeça e ele se mandou do seu gol direto para aquela porta, ganhou o corredor e entrou gritando "teléfono", "teléfono", "teléfono"...

Prontamente o atenderam, ele "colou" os números da "saqueira" do seu uniforme, a Embratel atendeu no Rio, transferiu a ligação "presscollect call" para a vizinha da família Venerando e Dona Neusa foi chamar a esposa Marlene e a filha do goleiro herói, com ele ficando uns 50 segundos ouvindo os fogos do bairro das Laranjeiras, o que, claro, ocorria em todo o Brasil.

E quando a esposa falou "alô", Félix respondeu: "Meu bem, primeiro a Lígia, primeiro a Lígia".

E já com a menina ao telefone, Félix berrou como nunca na vida: "Filha, diga amanhã lá no colégio para seus amiguinhos e amiguinhas que seu pai não é frangueiro, mas que seu pai é campeãoooooooo do mundooooooooo...", gritou, chorando e repetindo várias vezes.

Repetiu, repetiu e repetiu como em milhares de vezes infelizes e cruéis, jornalistas ou não, tanto já repetiram: "O Brasil ganhou a Copa de 70 apesar do Félix"!

Isso doía nele mais que sua morte física doeu e dói em toda sua bela família Venerando.

Moral da história: Barbosa foi crucificado no Brasil por não ter ganho a Copa de 50 e Félix foi crucificado por ter ganho a Copa de 70.

País de ingratos!

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Achados & Perdidos: Sonho frustrado corintiano na decisão do Paulista de 1974. Palmeiras ganhou!

Há exatamente 50 anos, no Morumbi, o Corinthians acumulava mais uma frustração em sua luta para voltar a comemorar um título, quando o Palmeiras derrotava o Alvinegro de Parque São Jorge por 1 a 0 na decisão do Campeonato Paulista de 1974, com gol marcado pelo saudoso Ronaldo Drummond (1946-2020).

O Corinthians, comandado pelo treinador Sylvio Pirillo, havia sido o campeão do 1º turno, enquanto o Palmeiras levantou o simbólico título do 2º turno daquele disputado Campeonato Paulista.

Assim, foram marcadas duas partidas para a decisão, e a primeira delas, que aconteceu em 18 de dezembro de 1974, acabou empatada em 1 a 1. Aquele jogo começou efeverscente, com o ponta-direita Edu abrindo o placar para o time esmeraldino logo aos 54 segundos de bola rolando.

Mas o meia alvinegro Lance, pouco depois, aos 3 minutos da etapa inicial, deixou tudo igual, no jogo que fora disputado no Pacaembu.

Um público de 120.522 espectadores compareceu ao Morumbi naquele nublado 22 de dembro de 1974, um domingo, e viu Ronaldo Drummond fazer o único tento do jogo aos 24 minutos do segundo tempo.

O lance do gol começou da direita, quando o lateral Eurico levantou para a grande área. Leivinha ganhou a disputa de cabeça com o zagueiro Brito e a bola sobrou para Ronaldo arrematar de perna direita. Ademir Gonçalves (1946-2022) estava no lance mas não conseguiu impedir o chute do atacante alviverde. O goleiro argentino Buttice (1942-2018) ainda tocou a mão esquerda na bola, mas o chute foi forte, impedindo a defesa do saudoso arqueiro corintiano.

POLÊMICA NO LANCE...

Na origem do lance que resultou no gol palmeirense, o zagueiro alviverde Luís Pereira fez falta clara sobre Rivellino, não marcada pelo árbitro Dulcídio Wanderley Boschillia.

Rivellino, injustamente, acabou sendo responsabilizado por setores da imprensa e da própria torcida corintiana, que entendeu que o "Reizinho do Parque" tenha tido um desempenho abaixo de suas possibilidades naquela partida. No jargão popular, o que se dizia na época, é que Roberto Rivellino havia "pipocado".

A pressão foi tamanha que o presidente Vicente Matheus acabou negociando o camisa 10 com o Fluminense, onde ele também tornou-se ídolo.

O fim do jejum de títulos corintianos cessaria três anos depois, com a conquista do Campeonato Paulista de 1977, diante da Ponte Preta. Mas esta, é outra história...  

ABAIXO, COM A BRILHANTE NARRAÇÃO DE OSMAR SANTOS (PELA RÁDIO JOVEM PAN), O GOL DE RONALDO DRUMMOND NA DECISÃO DO CAMPEONATO PAULISTA, DISPUTADA EM 22 DE DEZEMBRO DE 1974 

FICHA TÉCNICA DA PARTIDA

DECISÃO DO CAMPEONATO PAULISTA DE 1974

Estádio Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi)
Data: 22 de dezembro de 1974 (domingo)
Árbitro: Dulcídio Wanderley Boschillia
Gol: Ronaldo Drummond Palmeiras), aos 24 minutos do segundo tempo
Público: 120.522 torcedores

PALMEIRAS: Leão; Jair Gonçalves, Luís Pereira, Alfredo, Zeca, Dudu, Ademir da Guia, Edu, Leivinha, Ronaldo e Nei. Técnico: Oswaldo Brandão

CORINTHIANS: Buttice; Zé Maria, Brito, Ademir, Wladimir, Tião Corinthians, Rivellino, Vaguinho, Lance, Zé Roberto (Ivan) e Adãozinho (Pita). Técnico: Sylvio Pirillo

 

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No aniversário de Abel Ferreira, veja lances e gols do hoje consagrado treinador

O treinador Abel Ferreira, desde 2020 comandando o Palmeiras, por onde já conquistou inúmeros títulos, entre eles duas Libertadores (2020 e 2021), dois Brasileiros (2022 e 2023) e três Paulistas (2022, 2023 e 2024), completa 46 anos neste domingo (22).

E, para celebrarmos a data festiva do português nascido em Penafiel em 22 de dezembro de 1978, buscamos um vídeo da época em que ele atuava como lateral-direito.

Abel Fernando Moreira Ferreira atuou profissionalmente entre 1997 e 2011, iniciando pelo clube de sua cidade natal, o Penafiel, passando depois por Vitória de Guimarães, Braga e Sporting, este seu último clube como atleta.

NO VÍDEO ABAIXO, DO CANAL CICERO THRUM (DO YOUTUBE), JOGADAS E GOLS MARCADOS POR ABEL FERREIRA 

 

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Saudade: Ídolo do Ceará, Dimas Filgueiras morria há um ano

Um dos grandes ídolos da história do Ceará, o ex-lateral Dimas Filgueiras morria há exatamente um ano. Ele estava com 79 anos.

Carioca nascido em 13 de maio de 1944, ele começou sua carreira no fortíssimo Botafogo da década de 1960, jogando ao lado de Garrincha, Nilton Santos, Didi e Zagallo, entre outros.

PARA O NORDESTE

Dimas transferiu-se para o futebol nordestino em 1971, para jogar no time do Fortaleza Esporte Clube. No ano seguinte, no entanto, acertou sua transferência para o maior rival do tricolor, o Ceará, clube no qual permaneceu como atleta até 1976, quando encerrou sua carreira profissional como atleta.

Mesmo deixando os gramados, Dimas seguiu trabalhando no Vozão, atuando nas mais diversas funções. Treinou interinamente o time principal em 1994, 1996, 2007 e 2010, até a sua efetivação.

Deixou o comando do clube no início de 2011, mas retornou ao cargo em outubro da mesma temporada, após passagens de Vágner Mancini e Estevam Soares pelo time nordestino.

Por conta de sua lealdade ao Ceará, Dimas ficou conhecido no clube como "Soldado Alvinegro".

 

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Achados & Perdidos: De forma invicta, Inter conquistava o tri do Brasileiro há 45 anos

Há exatos 45 anos, de forma invicta (feito nunca repetido na história do Brasileirão), o Sport Club Internacional conquistava seu terceiro título brasileiro, vencendo a partida final contra o Vasco da Gama por 2 a 1, jogo disputado na capital gaúcha, no Beira-Rio.

Depois de vencer o jogo de ida no Maracanã por 2 a 0, com dois gols de Chico Spina, que substituiu o titular Valdomiro que estava suspenso, na partida decisiva, em Porto Alegre, bastava um empate para a equipe comandada por Ênio Andrade (1928-1997) levantar o troféu.

Na etapa inicial, aos 40 minutos, Jair abriu o placar, após receber lançamento perfeito de Mário Sérgio (1950-2016). Jair apareceu sozinho diante de Leão, driblou o goleiro vascaíno e fez 1 a 0 para o Colorado.

Ainda na primeira etapa, Bira Burro, (1955-2020), que se revezava com Adilson Miranda (1950-1980) no comando do ataque do Inter, teve chance clara de fazer o segundo, mas se atrapalhou após fintar Leão e ficar sem ângulo. Ao cruzar para a área, da direita, Falcão tentou de letra mas não conseguiu ampliar.

Outra clara chance para o Inter foi com Valdomiro, no começo da etapa final, em cobrança de falta junto à linha da grande área. A bola tocou no pé da trave esquerda de Leão.

Falcão, aos 12 minutos do segundo tempo, fez o segundo tento do Inter. A jogada começou novamente com Mário Sérgio, que lançou o lateral-esquerdo Cláudio Mineiro. Este cruzou na área e a bola foi dividida entre Bira e Leão. No rebote, Falcão fuzilou para fazer 2 a 0.

O Vasco descontou no final, com Wilsinho, em falha de Benitez, aos 39 minutos. Assim, de forma invicta, feito nunca conseguido por nenhum outro time brasileiro, o Inter conquistou seu terceiro título nacional, após as conquistas consecutivas de 1975 (contra o Cruzeiro) e de 1976 (diante do Corinthians).

Para chegar à final, o Inter eliminou o Palmeiras na semifinal, com vitória por 3 a 2 no Morumbi e empate em 1 a 1 no Beira-Rio. O Vasco, por sua vez, se credenciou para a decisão ao passar pelo Coritiba. Em Curitiba, empate em 1 a 1. No Maracanã, 2 a 1 para o Vasco.

FICHA DO JOGO

CAMPEONATO BRASILEIRO (COPA BRASIL) - FINAL 

Internacional 2 x 1 Vasco

DATA: 23/12/1979

LOCAL: Beira-Rio, Porto Alegre (RS)

PÚBLICO: 54.659 pagantes

RENDA: Cr$ 4.534.850,00

ÁRBITRO: José Favilli Neto

GOLS: Jair (40 minutos do 1º tempo); Falcão (12 minutos do 2º tempo) e Wilsinho (39 minutos do 2º tempo).

Internacional: Benítez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão, Cláudio Mineiro; Batista, Falcão, Jair; Valdomiro (Chico Spina), Bira e Mário Sérgio. Técnico: Ênio Andrade. 

Vasco: Leão; Orlando, Ivan, Gaúcho, Paulo César; Zé Mario, Paulo Roberto (Xaxá), Paulinho (Zandonaide); Catinha, Roberto e Wilsinho. Técnico: Oto Glória.

ABAIXO, MELHORES MOMENTOS DA DECISÃO ENTRE INTER E VASCO NO BEIRA-RIO, EM 23 DE DEZEMBRO DE 1979. LOCUÇÃO DE LÉO BATISTA

 

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Homenagem: Bráulio, o "Garoto de Ouro", teve sua biografia lançada no Museu do Inter, no Beira-Rio

Bráulio, o "Garoto de Ouro", um dos grandes ídolos da história do Sport Club Internacional, recebeu uma justa homenagem no último sábado (21), quando foi lançada sua biografia, escrita por Leonardo Romero de Lima. O evento, que contou com sessão de autógrafos, com a presença de Bráulio e do autor, aconteceu no Museu do Inter, no Beira-Rio.

Bráulio Barbosa de Lima, hoje com 76 anos (natural de Porto Alegre, nascido em 4 de agosto de 1948), ficou emocionado ao rever ex-colegas de Inter que estiveram presentes ao lançamento de sua biografia "O Garoto de Ouro", casos de Dorinho e Tovar, entre outros, além de uma figura lendária da história do clube gaúcho, João Samyr Lopes Boa Nova (o Cabeça), primeiro gandula do Estádio Beira-Rio, que era peça importante no "esquema" do treinador Daltro Menezes, nas reposições e retenções de bola.

A sessão de autógrafos com Bráulio foi a última do Museu do Inter em 2024, que contou com uma agenda robusta, em 19 eventos ao londo dos últimos 12 meses.

Aliás, o trio Bráulio, Tovar e Dorinho (e também o gandula Cabeça) estiveram presentes na inauguração do Beira-Rio, em 06 de abril de 1969, dia em que o Colorado venceu o Benfica por 2 a 1, com Claudiomiro abrindo o placar para o Inter, Eusébio empatando para os portugueses e Gilson Porto fazendo o segundo tento, decretando a vitória da equipe gaúcha. Todos os autores dos gols, e também o treinador Daltro Menezes, já nos deixaram.

Hoje residindo em Porto Alegre, Bráulio iniciou sua trajetória pelo próprio Inter, em 1965, permanecendo no clube escarlate até 1973. Neste período ele conquistou o pentacampeonato gaúcho consecutivo (1969, 1970, 1971, 1972 e 1973).

Teve uma curta passagem pelo Coritiba em 1973, para depois tornar-se peça importante no América (RJ), onde, ao lado do saudoso atacante Luisinho Lemos e o zagueiro Alex Kamianecky, entre outros, conquistou a Taça Guanabara de 1974.

Ainda passou pelo Botafogo (RJ) em 1978, retornou ao Coritiba em 1979 e encerrou a carreira pelo Universidad de Chile, em 1981.

 

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O dia em que Milton Neves recebeu o Título de Cidadão Mauaense

Foi há pouco mais de 12 anos que Milton Neves recebeu o Título de Cidadão Mauaense, na Câmara Municipal local, outorga que partiu da iniciativa do então vereador Manoel Lopes, no dia 28 de setembro de 2012.

Na cerimônia, que contou com a presença da Orquestra de Violeiros de Mauá, além de Milton Neves, o também jornalista Sérgio Vieira também foi agraciado com o Título de Cidadão de Maúa, cidade que fica na Grande São Paulo.

"Mauá me emocionou naquele dia memorável em 2012. Fiquei com os olhos marejados com a homenagem da Orquestra de Violeiros local, que além de músicos tarimbados, contava com crianças maravilhosas. Só posso agradecer às autoridades mauaenses por tamanha honraria e aos munícipes que me receberam com tanto carinho. Viva Mauá", lembrou Milton Neves.

Clique aqui e veja a matéria especial com todos os Títulos de Cidadão outorgados a Milton Neves. 

 

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Saudade: Há 11 anos morria José Luis Menegatti, brilhante locutor e apresentador

Há exatos 11 anos, vítima de câncer no intestino, morria José Luis Menegatti, locutor muito conhecido do público paulistano, com passagens marcantes pela Rádio Joven Pan e TV Record. Ele estava com 59 anos.

Dono de uma voz marcante, Menegatti, que nasceu no município paulista de Osvaldo Cruz em 5 de dezembro de 1954, começou sua carreira em Marília, no interior de São Paulo, aos 15 anos de idade, em 1969.

Chegou à capital paulista em 1977, para iniciar sua trajetória pela Record, e em seguida trabalhou na Jovem Pan.

Na TV Record ele apresentou o icônico "Record em Notícias", substituindo Hélio Ansaldo (1924-1997), programa jornalístico exibido na hora do almoço que ficou cohecido como "Jornal da Tosse", em razão da idade avançada dos então debatedores.

 

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Saudade: Félix, goleiro do Brasil na Copa de 70, completaria 87 anos nesta terça-feira

O saudoso Félix, o goleiro que defendeu a meta da Seleção Brasileira na vitoriosa campanha na Copa do México, em 1970, completaria 87 anos nesta terça-feira (24). Ele nos deixou na manhã de 24 de agosto de 2012, vítima de enfisema pulmonar, aos 74 anos de idade.

Paulistano nascido em 24 de dezembro de 1937, Félix Miélli Venerando começou pelo Nacional-SP, como amador. Profissionalizou-se pelo Juventus, passou pela Portuguesa, voltou a vestir a camisa do Nacional por empréstimo, novamente atuou pela Lusa e depois Fluminense, onde permaneceu entre 1968 e 1978.

O "Papel", apelido que ganhou pelo físico franzino e os voos espetaculares que fazia nas defesas, sofreu com críticas Muitos julgavam que outros goleiros eram mais capacitados para estarem em seu lugar na Copa de 70.

Sobre isso, aliás, Milton Neves escreveu um texto, no exato dia da morte de Félix, que segue abaixo, na íntegra:

Morreu Félix, um de nossos heróis de 1970

por Milton Neves, escrito em 24 de agosto de 2012

Falei muito com o "Papel" nesses últimos anos.

Ele sempre me ligava e o entrevistei trocentas vezes no rádio e TV.

E um tema era recorrente.

"Hoje, ouvi pela milionésima vez que o Brasil ganhou a Copa de 70 `apesar do Félix´. Isso não para nunca", reclamava, com inteira razão.

Aliás, como já fiz tantas vezes, reitero aqui um pedido aos jornalistas esportivos, principalmente aos mais jovens que nem tinham nascido em 1970: cessem com essa injustiça!

E pergunto se existe uma só pessoa no mundo que possa garantir que, com qualquer outro goleiro, se o Brasil ganharia a Copa de 70 como ganhou com ele, Félix, na meta.

E essa é a única certeza que temos: com ele ganhamos e isso ficou para sempre!

Só que os ingratos brasileiros preferem idolatrar Gordon Banks, o goleiro derrotado de 70.

Se com Ado ou Leão, que era sensacional, a gente ganharia também, só saberemos se Deus consultar seus arquivos e possibilidades e der uma entrevista coletiva no Vaticano e anunciar para todo mundo.

Como isso é impossível peço aos jornalistas e ao povo que entendam que entre os ex-jogadores a mais bonita das lágrimas é a da saudade.

O boleiro de ontem só tem exatamente na saudade seu grande alento de vida.

Eu falo, mostro e escrevo muito sobre os ex-jogadores por uma única razão: gratidão.

Eles, todos, uns mais outros menos, me nortearam na vida.

Estava perdidinho da silva lá pelos anos 60 quando me apaixonei por eles, pelo rádio e pelo futebol.

Hoje, ao registrar suas histórias em todas as mídias, retribuo um pouquinho do que eles me deram: um norte, uma profissão.

E são todos emocionantes.

Recebi uma vez no saudoso "Golaço" da Rede Mulher (hoje Record News) os ex-zagueiros Ramos Delgado e Turcão, ex-Palmeiras e São Paulo.

Ao final, perguntei aos dois o que acharam do programa-homenagem, que ia sempre ao ar às sextas-feiras.

"Me senti em Nunez", respondeu "El Negro", Ramos Delgado, referindo-se aos seus áureos tempos de jovem zagueiro do River Plate.

Já Turcão, o Alberto Chuairi, se levantou, me abraçou e disse: "tenho 79 anos (em 2005), joguei 25 anos e foi a primeira vez que apareci na televisão". E chorou.

Querem algo mais gratificante do que isso?

E, agora, leiam com atenção a frase abaixo e depois republiquem, divulguem, retuitem, telefonem e também no boca a boca multipliquem aos milhares as mais lindas e sábias palavras que ouvi do saudoso Félix por várias vezes.

"Pelo menos quando eu morrer que parem de dizer que o Brasil ganhou a Copa de 70 ´apesar do Félix´. O Barbosa foi crucificado porque não ganhou a Copa de 50 e eu por ter ganho a Copa de 70. Duas grandes injustiças", sempre bradava.

E essa frase merece ser histórica e eternizada como a de Barbosa que dizia ser o único brasileiro a cumprir uma pena superior aos 30 anos, o tempo máximo de punição imposta a qualquer criminoso no Brasil.

Assim, que agora, lá no céu, nosso "Papel" possa viver em paz livre de sua "pena" de 42 anos de enorme injustiça.

CLIQUE AQUI E VEJA A PÁGINA DE FÉLIX NA SEÇÃO "QUE FIM LEVOU?"

 

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Achados & Perdidos: O dia em que Milton Neves foi pé quente, acompanhando vitória do Criciúma!

Se na temporada de 2024 o Criciúma não conseguiu se sustentar na elite do Campeonato Brasileiro, sendo rebaixado para a Série B, em 2012 aconteceu exatamente o contrário, com a equipe catarinense terminando a Série B em segundo lugar e conseguindo o acesso para o ano seguinte.
 
Aproveitamos para relembrar a ocasião em que Milton Neves esteve na importante cidade catarinense, pólo carvoeiro mais imprtante do País, quando acompanhou uma vitória do Tigre.
 
Em 5 de outubro de 2012, a convite da Anjo Tintas, o jornalista e publicitário Milton Neves escteve em Criciúma (SC), ocasião em que conheceu a fábrica catarinense e prestigiou o Criciúma Esporte Clube, acompanhando a vitória da equipe diante do Ceará por 2 a 1 no Estádio Heriberto Hülse.
 
"Foi um dia inesquecível! Em primeiro lugar, participando de uma palestra para funcionários e colaboradores da Anjo Tintas, empresa de nível internacional, com um portfólio robusto e de enorme qualidade. Depois, pelo carinho que recebi da maravilhosa torcida do Tigre, antes e depois do jogo contra o Ceará. Aliás, para quem diz que sóu pé frio, o Criciúma venceu o Vozão por 2 a 1", brincou  Milton Neves na ocasião.
 
 
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Saudade: Há três anos morria o preparador físico Hélio Maffia
 

Há exatamente três anos, de causas natuais, morria em Jundiaí, interior de São Paulo, o ex-preparador físico Hélio Maffia, um dos principais nomes do segmento. Ele estava com 89 anos.

Natual da mesma Jundiaí, onde nasceu em 21 de julho de 1932, Maffia trabalhou nos grandes clubes da capital paulista, Corinthians, Palmeiras e São Paulo, e também foi nome marcante na história do Guarani de Campinas.

Sua longa jornada como preparador físico no Corinthians o levou a trabalhar intirinamente como treinador em 19 oportunidades, segundo o Almanaque do Corinthians de Celso Unzelte, entre 1984 e 1985. Obteve sete vitórias, nove empates e perdeu apenas três vezes.

No dia 30 de outubro de 2018, Hélio Maffia falou com exclusividade ao Portal Terceiro Tempo. Maffia recebeu em sua casa, em Jundiaí-SP, o colaborador Edvaldo Tietz e contou históricas inéditas de sua marcante carreira. Confira abaixo: 

 

 

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Parabéns, Jairzinho! O "Furacão da Copa" completa 80 anos

Até hoje detentor de uma marca que não foi igualado, o de ter marcado gols em todas as partidas de uma Copa do Mundo (no caso, a de 1970), Jairzinho completa 80 anos nesta quarta-feira (25).

A jornada histórica no Mundial do México em 1970 lhe rendeu a alcunha de "Furacão da Copa", destacando-se em um time estrelado, liderado por Pelé (1940-2022).

Jair Ventura Filho, o Jaizinho, carioca de Duque de Caxias, começou sua brilhante carreira pelo Botafogo (RJ), onde atuou entre 1963 e 1974, transferindo-se depois para o futebol francês, para o Olympique de Marseille, mas permaneceu somente até 1975, onde teve uma breve incursão pelo Kaiser Chiefs (da África do Sul), para retornar ao futebol brasileiro em grande estilo, para integrar a forte equipe do Cruzeiro que conquistou o Campeonato Mineiro de 1975 e a Libertadores da América de 1976.

Jairzinho ainda atuou pela Portuguesa da Venezuela, Noroeste de Bauru, Fast Club (AM), Jorge Wilstermann (Bolívia), retornou ao Botafogo (RJ) e encerrou sua carreira pelo 9 de Octubre (Equador) em 1982.

Seu filho, Jair Ventura, também foi atleta profissional, também como atacante, mas ficou mais conhecido do grande público como treinador. Atualmente comanda o Goiás.

 

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No aniversário de Joel Santana, relembre comerciais bem humorados estrelados pelo treinador

Hoje, 25 de dezembro de 2024, um dos mais conhecidos treinadores brasileiros, Joel  Santana completa 76 anos de idade.

O carioca Joel Natalino Santana (Natalino em referência à data, claro), foi zagueiro-central, atuando profissionalmente entre 1969 e 1980, inicialmente pelo Vasco da Gama, depois por Olaria, novamente Vasco da Gama e América (RN), este seu último clube.

Depois, engrenou uma longeva carreira como treinador de futebol, com passagens pelos quatro grandes do Rio de Janeiro, sendo campeão estadual por todos eles, e mais o América, além de ter trabalhado em outros gigantes do futebol nacional, como Corinthians, Internacional, Cruzeiro e Bahia, entre outros.

No exterior, uma profícua trajetória no futebol árabe, pelo Al Wasl, Al Hilal e Al-Nasr, além de ter comandado a Seleção da África do Sul entre 2008 e 2009, sendo demitido antes da Copa do Mundo disputada lá mesmo.

Seu último trabalho foi em 2017, treinando a equipe do Black Gold Oil, dos Estados Unidos.

Fora do futebol, protagonizou bem humoradas peças publicitárias, para a Head & Shoulders e Pepsi. A dificuldade com o inglês, na época em que trabalhou na África do Sul, acabou sendo o mote para as campanhas que fez, sempre de maneira descontraída e carismática.

ABAIXO, JOEL SANTANA ESTRELANDO COMERCIAL DA HEAD 7 SHOULDERS

ABAIXO, JOEL SANTANA ESTRELANDO COMERCIAL DA PEPSI

 

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Achados & Perdidos: A polêmica participação de Eurico Miranda no Terceiro Tempo da Record

O ex-dirigente Eurico Miranda (1944-2019), que marcou época no Vasco da Gama, tema de recente e muito bem feita série do SporTV, teve um embate dos mais ferrenhos em novembro de 2003, no Terceiro Tempo, programa à época exibido pela Record TV, comandado por Milton Neves.

Na ocasião, o lateral Galego, do Marília, denunciou que dirigentes do Botafogo teriam procurado os atletas do time paulista para a combinar resultados no quadrangular final da Série B daquele ano.

Na mesma semana da denúncia, Galego foi um dos convidados do programa.

Só que o assunto debatido deu início a uma série de discussões envolvendo integrantes e convidados da atração. Primeiramente, Neto, então dirigente do Guarani, se estranhou com Oscar Roberto Godoi.

Depois, o hoje apresentador do "Donos da Bola" e "Apito Final", da Band,l discutiu com Eurico Miranda.

E, por fim, o cartola vascaíno se desentendeu com o apresentador Milton Neves.

CONFIRA NO VÍDEO ABAIXO

 

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Saudade: Há três anos morria Dorval, ponta-direita da melhor linha de ataque do Santos

Dorval, que formou a infernal linha de ataque santista entre as décadas de 1950 e 1960 ao lado de Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, morria há exatamente três anos. Ele estava internado na Santa Casa de Santos, com problemas pulmonares. O ex-ponta-direita estava com 86 anos.

Gaúcho de Porto Alegre, nascido em 26 de fevereiro de 1935, Dorval Rodrigues iniciou sua carreira profissional lá mesmo na capital gaúcha, pelo modesto Força e Luz, em 1955, para um ano depois chegar à Vila Belmiro.

Pelo Santos, Dorval enfileirou uma coleção de faixas de campeão. Foram seis títulos paulistas, quatro do Rio-São Paulo, cinco do Brasileiro (antigo Roberto Gomes Pedrosa), duas Libertadores, dois Mundiais de Clubes e um Troféu Teresa Herrera. 

Ainda como jogador do Santos, chegou a ser emprestado duas vezes, para o Bangu, Juventus. Athetico Paranaense e Racing (Argentina), deixando o clube praiano de forma definitiva em 1967.

Depois, ainda atuou pelo Palmeiras, mais uma vez pelo Athletico Paranaense, Carabobo (Venezuela) e encerrou sua carreira em 1972, pelo extinto Saad, de São Caetano do Sul.

 

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Achados & Perdidos: Caçapava, ídolo do Inter, completaria 70 anos nesta quinta-feira

Bicampeão brasileiro pelo Sport Club Internacional (1975 e 1975), o ex-volante Caçapava completaria 70 anos nesta quinta-feira (26). Ele morreu de infarto aos 61 anos, em 27 de junho de 2016. Ele residia na cidade maranhense de Timon, onde trabalhava como professor de futebol para crianças carentes.

Luis Carlos Mello Lopes, o Caçapava, natural de Caçapava do Sul (RS), daí seu apelido, começou sua carreira pelo Inter em 1972, onde além dos dois títulos brasileiros citados, também levantou as taças do Campeonato Gaúcho em 1974, 1975, 1976 e 1978.

Foi negociado com o Corinthians em 1979, em uma troca que envolveu o lateral Cláudio Mineiro, que foi para o Beira-Rio. Assim, não participou da campanha invicta do Colorado no Brasileiro de 1979, que culminou com o tricampeonato nacional.

Caçapava, de fato, foi a terceira opção na "lista de sonhos" de Vicente Matheus (1908-1997), que tinha como objetivo, de muito tempo, a contratação de Paulo Roberto Falcão. A outra tentativa foi Batista, que esteve próximo do Parque São Jorge, mas acabou mesmo transferindo-se para o Grêmio, em uma das mais trepidantes negociações do futebol brasileiro.

Pelo Alvinegro, Caçapava conquistou o título do Campeonato Paulista de 1979, ao lado de Sócrates e Palhinha, entre outros, ajudando a dar confiabilidade ao sistema defensivo, como um volante muito bom na marcação. 

Depois, ainda defendeu o Palmeiras, Vila Nova, Ceará, Novo Hamburgo e Fortaleza, este seu último clube, em 1987.

Teve uma curta carreira como treinador profissional, em dois clubes piauienses: o River (1990) e o Flamengo (1997).

 

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Saudade: Fran Augusti, brilhante jornalista, morria há sete anos

Fran Augusti, um dos grandes nomes do jornalismo brasileiro, nos deixava há exatamente sete anos. Ele estava com 72 anos de idade.

Editor de esportes do jornal " O Estado de São Paulo" nos anos 80 e 90, Fran Augusti conseguiu diversos prêmios, trabalhando ao lado de Miguel Jorge, que o convidou para uma nova empreitada, quando trabalhou na Autolatina, empresa criada a partir da fusão entre Volkswagen e Ford.

"Estive com o Fran Augusti na cobertura das Macabíadas de Israel em 1985, e ali conheci uma figura exemplar. O Fran Augusti vai deixar muitas saudades", disse Milton Neves, na ocasião do óbito do jornalista. 

 

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Achados & Perdidos: Veja muitos gols de Enéas, que nos deixava há 36 anos

O saudoso Enéas de Camargo (1954-1988), um dos maiores ídolos da Portuguesa de Desportos, nos deixava há exatos 36 anos.

Ele sofreu um grave acidente automobilístico com seu Monza no dia 22 de agosto de 1988, na Avenida Cruzeiro do Sul, Zona Norte da capital paulista, e morreu quatro meses depois, no dia 27 de dezembro, após ficar em coma, em decorrência de uma broncopneumonia, aos 34 anos de idade.

Seus amigos, jogadores de futebol, promoveram um jogo beneficente para ajudar nas despesas hospitalares, muito elevadas, durante o tempo em que ele esteve internado em São Paulo.

Se tivesse sobrevivido, Enéas não voltaria a jogar futebol em razão de uma lesão cervical, constatada em exames. No ano de sua morte ele defendia a equipe da Central Brasileira de Cotia.

Depois de sua brilhante passagem pela Portuguesa, defendeu as equipes italianas do Bologna (1980-1981) e Udinese (1981). De volta ao Brasil, jogou pelo Palmeiras, XV de Piracicaba, Juventude, Atlético Goianiense, Desportiva (ES), Operário de Ponta Grossa e Central Brasileira de Cotia, este o último clube que defendeu, em 1988.

Uma grave contusão no joelho, sofrida quando jogou na Itália, o impediu de reeditar no Palmeiras os bons momentos que viveu no Canindé. Ainda assim marcou 28 gols pelo Alviverde. Na Portuguesa os números de Enéas são impressionantes, sobretudo considerando-se que Enéas era um meia-direita: foram 179 gols em 376 jogos disputados.

Atuou em três jogos pela seleção brasileira, tendo marcado um gol (contra o Paraguai, no empate em 1 a 1, disputado em 07 de abril de 1976. Ainda jogou por quatro vezes pela seleção olímpica e também marcou um gol, na vitória por 1 a 0 contra o Peru, em 11 de dezembro de 1971. 

OUTRO CRAQUE DA LUSA, TAMBÉM VÍTIMA DE ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO

Coincidentemente, outro grande craque da Lusa também perdeu a vida em razão de um acidente automobilístico, Dener, que morreu aos 23 anos, em 19 de abril de 1994.

ABAIXO, VÍDEO COM DIVERSOS GOLS DE ENÉAS

 

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Saudade: Há quatro anos morria Carbone, um dos grandes volantes do futebol brasileiro

Um dos mais clássicos volantes do futebol brasileiro, com passagem marcante pelo Sport Club Internacional, Carbone morria há exatamente quatro anos, em decorrência de um tumor hepático. Ele estava com 74 anos, internado em um hospital de Campinas, interior paulista.

José Luiz Carbone, paulistano nascido em 22 de março de 1946, começou sua carreira profissional pelo São Paulo em 1964, após ter sido amador do Juventus e do próprio Tricolor Paulista.

Depois de passar por Ponte Preta, Metropol (SC) e voltar ao São Paulo, viveu seu melhor momento a partir de 1963 até 1973, quando defendeu as cores do Inter, onde conquistou o pentacampeonato gaúcho, entre 1969 e 1973, este justamente seu último ano no clube de Porto Alegre.

Ainda defendeu o Botafogo (RJ), Grêmio e Nacional (SP), este  seu último clube, em 1982.

PASSAGEM PELA SELEÇÃO BRASILEIRA

Carbone atuou em seis jogos pela seleção brasileira, entre 1973 e 1974, mas não disputou o Mundial da Alemanha. 

TREINADOR

Depois, engrenou uma profícua carreira como treinador de futebol, com destaque para sua passagem pelo Fluminense, onde conquistou o Carioca de 1983, o Brasileiro de 1984 e a Copa Kirin em 1987.

Fora do Brasil, Carbone também foi um vitorioso, com títulos nos Emirados Árabes Unidos, pelo Sharjah FC entre 1993 e 1995, pelo Sporting Cristal (Peru) em 1996 e ainda comandou o Remo na conquista do Campeonato Paraense de 1999.

 

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Coleção de carros de Bernie Ecclestone, que está à venda, reúne diversos modelos da Brabham

O britânico Bernie Ecclestone, dirigente mais importante da história da Fórmula 1, que está com 94 anos e não mais no comando da categoria, revelou recentemente que venderá sua robusta coleção de carros, incluindo todos os modelos de sua ex-equipe na F1, a Brabham.

Durante o período em que comandou a Brabham, fundada pelo ex-piloto Jack Brabham, Bernie levou o time a dois títulos de pilotos, ambos com Nelson Piquet, em 1981, com o motor Ford, e em 1983, com o propulsor da BMW, no primeiro título de um motor turbo na F1.

Em um enorme galpão, estão os 69 carros da coleção de Bernie, e além dos modelos da Brabham, há carros campeões da Ferrari (de Michael Schumacher, Niki Lauda e Mike Hawthorn), entre outros.

Especula-se que Bernie, hoje casado com a jornalista brasileira Fabiana Flosi Ecclestone, que é a vice presidente da FIA para a América do Sul, consiga amealhar algo em torno de 600 milhões de euros com a venda dos carros, o equivalente, em câmbio atual, a R$ 3,894 bilhões.

NO VÍDEO ABAIXO, GRAVADO NESTE ANO, BERNIE ECCLESTONE DETALHA OS MODELOS DA BRABHAM A TOM HARTLEY JR., ESPECIALISTA EM CARROS DE ALTO DESEMPENHO E QUE ESTÁ NESTA EMPREITADA PARA VIABILIZAR AS NEGOCIAÇÕES 

 

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Achados & Perdidos: A goleada do Santos contra a Seleção da Polônia em 1960

O Santos disputou nada menos que 18 jogos na Europa entre 20 de maio e 2 de julho de 1960, sendo um deles na Polônia diante da Seleção Polonesa no Estádio Staski, na cidade polonesa de Kalowicz.

Com Pelé (1940-2022) como principal atração, um grande público, 85 mil espectadores, assistiu a goleada santista por 5 a 2, partida disputada em 25 de maio daquele ano.

O Peixe, aliás, abriu frente de cinco gols (Sormani, dois de Coutinho e dois de Pelé). Faber e Liberda marcaram os tentos da seleção polonesa no amistoso.

O Santos, então dirigido pelo técnico Lula, atuou com Laércio, Mauro e Zé Carlos; Formiga, Calvet e Zito (Urubatão); Sormani, Mengálvio (Ney), Coutinho, Pelé e Pepe (Tim).

ABAIXO, IMAGENS DO SANTOS NO CONFRONTO DIANTE DA POLÔNIA EM 25 DE MAIO DE 1960

 

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Saudade: Preparador físico da Seleção Brasileira na Copa de 70, Admildo Chirol morria há 26 anos

Há exatos 26 anos, vítima de um infarto, morria Admildo Chirol, preparador físico da Seleção Brasileira na vitoriosa campanha da Copa do Mundo de 1970, disputada no México. Ele estava com 64 anos e preparava-se para integrar a comissão técnica da Portuguesa de Desportos, a convite do amigo Zagallo, que havia assumido o comando técnico do time do Canindé.

Carioca nascido em 1º de julho de 1934, Admildo de Abreu Chirol conviveu com críticas durante seu trabalho, que mesmo à época (1970), era considerado superado pelos especialistas, tanto que ganhou o apelido de "Rei do Polichinelo", exercício simples que ele havia aprendido nos tempos de Exército, onde se formou em Educação Física.

De qualquer forma, dois jovens profissionais de Educação Física turbinaram o trabalho do grupo de jogadores naquele Mundial: Carlos Alberto Parreira e Cláudio Coutinho (1939-1981), que coincidentemente tornaram-se treinadores da Seleção Brasileira. Parreira, em 1994, quando o Brasil conquistou o tetracampeonato, e Coutinho em 1978, ocasião em que o Brasil terminou a Copa em terceiro lugar.

Admildo Chirol também foi treinador de futebol, do Vasco, Fluminense e Botafogo (RJ).
 
Aliás, era ele o treinador do Vasco no dia 25 de novembro de 1971, um dia marcante para o clube e também para o maior ídolo da história do Cruzmaltino, quando o saudoso Roberto Dinamite (1954-2023) marcou seu primeiro gol como profissional na vitória por 2 a 0 sobre o Internacional (RS), no Maracanã.
 
 
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Achados & Perdidos: Com golaço de cabeça, Corinthians venceu o Cruzeiro em seu último jogo pelo Brasileiro de 71
 

Foi com uma boa vitória diante do Cruzeiro que o Corinthians encerrou sua participação no Campeonato Brasileiro de 1971, na partida disputada no Pacaembu em 8 de dezembro daquele ano.

Mesmo vencedndo por 2 a 0, o Alvinegro não conseguiu avançar ao triangular decisivo da competição, quando finalmente o certame reunindo equipes de todo o Brasil ganhou o nome oficial de Campeonato Brasileiro.

Falando em triangular, o Atlético Mineiro se deu melhor nesta fase decisiva e sagrou-se campeão, com o São Paulo sendo vice e o Botafogo (RJ) terminando em terceiro. O Corinthians, por conta da pontuação geral, finalizou a competição em quarto lugar.

GOLAÇO DE SUINGUE

O Alvinegro de Parque São Jorge abriu o placar com um golaço do saudoso Suingue (1946-2013), um verdadeiro "chute de cabeça", da marca de pênalti. O ponta-esquerda Aladim cobrou escanteio à meia altura e Suingue se abaixou um pouco para golpear de cabeça, com muita força, no ângulo esquerdo do goleiro Hélio.

O Corinthians, comandado pelo treinador Francisco Sarno, desceu para o vestiário Com a vantagem mínima e voltou bem postado para superar o Cruzeiro, time que contava com inúmeras estrelas, como Tostão, Palhinha e Piazza. A equipe mineira era treinada por Orlando Fantoni.

E, assim, aos 28 minutos da etapa final, o centroavante Mirandinha recebeu de Suingue, autor do tento inicial, e arrematou com força, de pé direito. A posição de Mirandinha parecia irregular, mas o árbitro Agomar Martins validou o gol.

Se a Raposa contou com seus principais jogadores naquela partida, o Alvinegro não teve a presença de seu craque maior, Rivellino, que estava contundido. O saudoso Nélson Lopes (1952-1987) jogou em seu lugar.

O Corinthians conquistaria seu primeiro Brasileirão somente em 1990, ocasião em que derrotou o São Paulo no jogo decisivo, gol de Tupãzinho.

VEJA ABAIXO OS GOLS DA VITÓRIA DO CORINTHIANS SOBRE O CRUZEIRO POR 2 A 0 PELO CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1971, COM NARRAÇÃO DO SAUDOSO LUIZ NORIEGA (TV CULTURA-SP)

FICHA TÉCNICA DA PARTIDA

Competição: Campeonato Brasileiro
Local: Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho - Pacaembu - São Paulo, SP
Data: 08 de dezembro de 1971 (quarta-feira)
Horário: 21h30 
Árbitro: Agomar Martins
Gols: Suingue (27 minutos do 1º tempo) e Mirandinha (18 minutos do 2º tempo)
Renda: Cr$ 29.260,00 (Cruzeiros)

ESCALAÇÕES

CORINTHIANS: Ado; Miranda, Baldochi, Luís Carlos, Pedrinho, Tião e Nélson Lopes, Mirandinha, Suingue, Caíto (Lindóia) e Aladim (Marco Antônio).Técnico: Francisco Sarno.

CRUZEIRO: Hélio; Pedro Paulo, Fontana, Neiriberto, Vanderlei, Piazza, Zé Carlos, Palhinha (Toninho Almeida), Tostão, João Ribeiro e Lima. Técnico: Orlando Fantoni.

 

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Saudade: Há dois anos o mundo perdia Pelé, o melhor jogador de futebol de todos os tempos

Há exatamente dois anos, após uma árdua luta, se consumava a notícia que o futebol mundial mais temia, a morte de Pelé, aos 82 anos de idade.

Pelé estava internado desde o dia 29 de novembro de 2022 no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, para dar prosseguimento ao tratamento de câncer no cólon, doença diagnosticada em setembro de 2021.

Em fevereiro de 2022 ele foi internado para dar continuidade à quimioterapia. Em 29 de novembro, ele voltou à unidade, para uma reavaliação do tratamento e vinha passando por cuidados paliativos, recebendo medidas de conforto para aliviar dores e falta de ar. Em seu atestado de óbito foi declarada falência multiplas dos órgãos.

Nascido em 23 de outubro de 1940, mineiro de Três Corações, foi eleito por diversas entidades como o "Atleta do Século XX", superando nomes históricos das mais diversas modalidades.

Em 21 anos de carreira como jogador de futebol, o Rei do Futebol fez história com as camisas do Santos e da seleção brasileira, e defendeu ainda o New York Cosmos, dos Estados Unidos.

No Peixe, onde chegou em 22 de julho de 1956, o eterno camisa 10 conquistou 45 títulos oficiais, entre eles dois Mundiais, duas Libertadores, dez títulos Paulista (1958, 1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1973)e sete títulos Brasileiros (cinco Taças Brasil e um Roberto Gomes Pedrosa). Além de ter marcado 1.091 gols em 1.116 jogos.

Já pela seleção, Pelé foi campeão do mundo em três oportunidades, 1958, 1962 e 1970. Além dos títulos, o Maior Jogador de Todos os Tempos anotou 12 gols na história dos mundiais.

OS GRANDES FEITOS DA CARREIRA DO REI

Revelado pelo Bauro Atlético Clube, Pelé chegou à Vila Belmiro em 1958, levado pelo seu então treinador Waldemar de Brito. Antes, Dona Celeste, sua mãe, havia se oposto à ideia do garoto jogar pelo Bangu, pois não queria que ele morasse em uma "cidade grande", segundo dizia.

Sua ascensão pelo Santos Futebol Clube foi meteórica, e ainda em 1958 participou de sua primeira Copa do Mundo com apenas 17 anos. Na competição, foi essencial para que a Seleção Brasileira conquistasse seu primeiro título do torneio, marcando gol na final inclusive.

Quatro anos mais tarde, Pelé participou da Copa do Mundo de 1962. Apesar de se machucar na segunda partida do torneio, fez parte do elenco que conquistou o bicampeonato mundial. No mesmo ano, Pelé ajudou o Santos a conquistar a Libertadores e o Mundial de Clubes de 1962.

Na temporada seguinte, o Santos de Pelé repetiu o feito e conquistou o bicampeonato da Libertadores e do Mundial de Clubes em 1963.

Em 1969, Pelé alcançou a marca histórica de 1000 gols com apenas 13 anos de carreira profissional. O milésimo saiu de pênalti, em uma partida contra o Vasco no estádio do Maracanã. O Rei bateu no canto esquerdo do goleiro Andrada, que ainda resvalou na bola antes dela balançar as redes. Com o gol, a partida ficou paralisada por 20 minutos para celebrar o grande feito.

No total, o Rei do Futebol marcou 1282 gols (1091 pelo Santos, 95 pela seleção brasileira e mais 64 pelo Cosmos).

Em 1970, Pelé fez história novamente ao conquistar o tricampeonato mundial com a Seleção Brasileira, tornando-se único atleta a ganhar três vezes a Copa do Mundo como jogador. Na edição, o Rei foi eleito o melhor jogador e fez o primeiro gol da vitória na final sobre a Itália por 4 a 1.

No ano de 1977, Pelé se aposentou dos gramados com uma partida amistosa entre Santos e Cosmos, na qual o Rei jogou um tempo em cada equipe. O jogo terminou com vitória da equipe norte-americana por 2 a 1, e Pelé marcou um dos gols do Cosmos.

CASAMENTOS E FILHOS

Pelé se casou por três vezes. Primeiro, trocou alianças com Rosemeri, com quem teve três filhso: Kelly Cristina (1967), Jennifer (1978) e Edinho (1970), único dos filhos que tornou-se jogador de futebol profissional, como goleiro.

Seu segundo matrimônio foi com Assíria, e desta união resultou o casal de gêmeos Joshua e Celeste, nascidos em 1996. Desde 2010 ele estava casado com Marcia Aoki, sua companheira até o final da vida.

OUTRAS FILHAS

Edson Arantes do Nascimento teve duas filhas em relacionamentos extraconjugais. Sandra Regina Machado (1964-2006), com a empregada doméstica Anisia Machado (na ocasião ele namorava com Rosemeri) e Flávia Kurtz (1970), com a jornalista Lenita Kurtz. 

Tanto Sandra quanto Flávia obtiveram o reconhecimento da paternidade através da Justiça. 

CERIMONIAL FÚNEBRE

O corpo de Pelé foi transladado do Hospital Albert Einstein com destino a Santos em 2 de janeiro de 2023, onde foi velado no gramado da Vila Belmiro, estádio do Santos Futebol Clube, cerimônia aberta ao público que compareceu em grande número

Na sequência, o cortejo transitou pelas ruas de Santos, passando pelo Canal 6, em frente à casa de sua mãe, dona Celeste, então com 100 anos. 

O corpo foi sepultado na Memorial Metrópole Ecumênica, reservado apenas aos familiares, em um local especial, um jazigo dourado que fora construído quatro anos antes, a pedido do próprio Pelé.

 

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Saudade: Há um ano morria Gil de Ferran, bicampeão da Indy e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis

Há exatamente um ano, vítima de um ataque cardíaco, morria o ex-piloto Gil de Ferran, bicampeão da IndyCar de forma consecutiva, em 2000 e 2001, e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis na edição de 2003, todos triunfos conquistads pela Penske. Gil de Ferran, que era francês de nascimento, estava com 56 anos.

Ele estava guiando um carro ao lado de seu filho, em um circuito particular em Opa-locka, na Flórida quando se sentiu mal e parou o veículo na entrada dos boxes. Ele chegou a ser reanimado e levado com vida a um hospital mas não resistiu. Ainda não há detalhes acerca das cerimônias fúnebres. Era casado com Angela, com quem teve dois filhos: Anna e Luke.

Ele morava em Ford Lauderdale, na Flórida, e trabalhava como diretor esportivo da McLaren desde 4 de julho de 2018.

Gil de Ferran chegou ao Brasil aos quatro anos de idade, adotando a nacionalidade brasileira. Era filho do Flho do engenheiro Luc de Ferran, que trabalhou por quase quatro décadas na Ford do Brasil, tendo sido o responsável pela criação de diversos modelos da montadora norte-americana no País, como o Corcel II, Del Rey, Pampa, Escort, Fiesta, Ford Ka, Courrier e o consagrado motor Rocan, adotado em diversos modelos.

Gil de Ferran competiu entre 1995 e 2003 pela Indy, tendo vencido 12 provas e conquistando 21 poles em 160 GPs disputados.

 

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Olhos no Retrovisor: Michael Schumacher sofria grave acidente em estação de esqui há 11 anos

Há exatamente 11 anos o alemão Michael Schumacher, heptacampeão mundial de Fórmula 1, sofria um grave acidente esquiando nos Alpes Franceses, na estação de esqui de Méribel.

As primeiras informações naquele 29 de dezembro de 2013 davam conta de ele havia batido a cabeça em uma pedra mas foi resgatado consciente, transportado de helicóptero para um hospital próximo e, depois, para Grenoble, na França.

As notícias que vieram depois indicaram uma situação muito complicada, com um traumatismo craniano que o obrigou a ser submetido a duas cirurgias emergenciais em um curto espaço de tempo. Ele estava em estado de coma, do qual saiu apenas cinco meses e meio depois.

Na sequência, o ex-piloto foi transferido para um clínica de recuperação na cidade suíça de Lausanne, onde permaneceu até 9 de setembro de 2014, iniciando, a partir daí, sua recuperação domiciliar, na cidade de Gland, também na Suíça.

A família do ex-piloto, capitaneada pela esposa Corinna, bem como sua assessora de imprensa, Sabine Kehm, evitaram divulgar qualquer tipo de informação mais precisa sobre o real estado de saúde de Schumacher.

Foram poucas as pessoas autorizadas a visitá-lo, entre elas, Jean Todt, ex-dirigente da Ferrari e atual presidente da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e o brasileiro Felipe Massa, um de seus amigos mais próximos.

A visita de Massa aconteceu em fevereiro de 2014, quando Michael ainda estava no Hospital de Grenoble, na França. Na ocasião, o piloto brasileiro disse que viu o ex-piloto dormindo e mexendo a boca.

Jean Todt, mais recentemente, disse que em suas visitas a Michael Schumacher costuma assitir corridas de Fórmula 1 ao lado do heptacampeão, mas não entrou em detalhes sobre o estado de saúde do ex-piloto.

FANTÁSTICO NA FERRARI

Ao todo, Schumacher venceu 72 provas pela Ferrari, entre 1996 e 2006. Antes, ganhou 19 GPs pela Benetton, totalizando 91 conquistas, recorde que foi superado pelo britânico Lewis Hamilton, que hoje soma 103 vitórias.

O ano de 2006 marcou sua primeira despedida das pistas da F1.

COADJUVANTE NA MERCEDES

Michael Schumacher retornou à F1 em 2010 pela Mercedes, onde competiu até 2012, mas sem o brilho de antes. Neste período conquistou um único pódio, no GP da Europa de 2012, disputado em Valência, na Espanha.

Pela Mercedes, Schumacher terminou todos os três campeonatos que disputous atrás de seu companheiro de equipe, o compatriota Nico Rosberg.

Em 2010 foi o 9º (Rosberg, o 7º). Em 2011 ficou em 8º (Rosberg terminou em 7º), e em 2012 ficou mais atrás, em 13º (Rosberg fechou em 9º).

SITUAÇÃO DIFÍCIL

Atualmente com 53 anos, sua situação de saúde é uma incógnita após o gravíssimo acidente que sofreu em uma pista de esqui na França, em 29 de dezembro de 2013. Ele ficou em coma por mais de cinco meses, após bater a cabeça contra uma pedra.

A família do ex-piloto, heptacampeão mundial de Fórmula 1, não divulga maiores informações sobre seu estado clínico.

No dia 8 de setembro de 2021, em uma prévia de lançamento do documentário "Schumacher", da Netflix, foi divulgado um trecho, exibido no programa Télé-Loisirs, com um depoimento de Corinna, sua esposa.

“Nunca culpei Deus pelo que aconteceu. Foi só azar, já que podia ter acontecido com qualquer um. É claro que sinto falta dele todos os dias, mas não sou a única a sentir falta dele. As crianças, a família, o pai dele, todos ao redor. Todos sentem falta de Michael”, comentou a esposa de Michael Schumacher, que arrematou.

“Michael sempre nos protegeu e agora estamos protegendo Michael. Estamos vivendo nossas vidas. Aquilo que é ´privado é privado´, como ele sempre disse, e é muito importante para mim que ele possa continuar a desfrutar de sua vida privada o máximo possível”, ponderou Corinna.

CARREIRA

Além de ser o maior campeão da F1, com sete títulos mundiais  (1994, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003 e 2004), detém outros recordes na categoria, como maior número de vitórias (91) e voltas mais rápidas (77).

Michael Schumacher é casado com Corinna Betsch Schumacher desde 1995. O casal tem dois filhos:  Gina-Marie Schumacher e Mick Schumacher, que foi campeão da Fórmula 2 em 2020 e depois disputou duas temporadas como titular na Haas F1, em 2021 e 2022.

O desempenho apagado de Mick foi preponderante para a sua dispensa do time norte-americano, e em seguida ele passou à função de reserva na Mercedes, dispensado desta ao término da temporada de 2024.

Ele seguirá no automobilismo em 2025, pela Alpine, no Mundial de Endurance.

 

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Dois anos sem o Rei. Os muitos encontros entre Pelé e Milton Neves

Milton Neves tinha 14 anos na tarde de 10 de outubro de 1965, um domingo de muito calor, a tônica climática da cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.

No gramado, o Santos não teve vida fácil para enfrentar o bom time do Comercial, e o primeiro gol saiu apenas aos 43 minutos do primeiro tempo, pênalti convertido por Pelé, que nos deixou há exatamente dois anos, aos 82 anos, após lutar contra um tumor no cólon, diagnosticado em 2021.

Dorval, aos 7 minutos da etapa derradeira, deu números finais ao placar, na vitória do time da Vila.

Milton havia saído de Muzambinho, Sul de Minas, com os amigos Amintas, Moisés, Biga, Mauro Chame, Gleninho, Mirtinho "Chupa Dedo", André Pirata, SerroteJoão Mula e Carlinho Murila".

"Foi graças a Deus e à minha saudosa tia Antonia que pude ver Pelé. Ela pediu mais ou menos R$ 90,00 em dinheiro de hoje emprestados de primos para o seu sobrinho "Mirtinho" não ficar triste, e ver o Pelé.

"O dinheiro era o preço do pacote composto pelo aluguel da Kombi, gasolinam, lanche e ingresso", relembra Milton.

Antes do primeiro gol, uma bola "prensada" entre Nonô e Dorval foi em direção a Milton, na mureta, junto ao alambrado.

"Aí, chegou o Pelé apressado, nervoso, tenso e suado para bater o lateral, e ao levantar o corpo curvado com a bola na mão, `olhou para mim´. Devo isso à minha tia Antonia. Foi o melhor presente que ganhei em toda a minha vida, porque o Pelé me viu!", emociona-se Milton Neves, que se encontrou muitas vezes com o Rei do Futebol, várias delas com registros fotográficos e até em vídeo, como é possível conferir abaixo.

Em 3 de janeiro de 2023, Milton teve seu derradeiro encontro com Pelé, o mais triste, sem dúvida, no velório do Rei do Futebol, no gramado da Vila Belmiro. Edinho, filho de Pelé, pediu que Milton o ajudasse a colocar a bandeira do Santos sobre o corpo do pai, pedido prontamente atendido pelo emocionado Milton Neves

ABAIXO, VÍDEO GRAVADO POR MILTON NEVES EM SUA SALA NA REDAÇÃO DO PORTAL TERCEIRO TEMPO, SOBRE O DIA EM QUE VIU PELÉ PELA PRIMEIRA VEZ 

CERIMONIAL FÚNEBRE

O corpo de Pelé será transladado do Hospital Albert Einstein na próxima segunda-feira (2) com destino a Santos, onde será velado na Vila Belmiro, estádio do Santos Futebol Clube, até 10h de terça-feira (3). Em seguida, haverá um cortejo pelas ruas de Santos, passando pelo Canal 6, onde reside sua mãe, dona Celeste, de 100 anos. O sepultamento será na Memorial Metrópole Ecumênica, reservado apenas aos familiares.  

PARA OS 80 ANOS DO REI DO FUTEBOL, SELECIONAMOS ALGUMAS IMAGENS DE MILTON NEVES E SEU ÍDOLO MAIOR EM DIVERSOS ENCONTROS


Milton, de soslaio, olha para o ídolo Pelé em 10 de novembro de 2012, tipo aquela troca de olhares entre os dois lá em Ribeirão Preto, no jogo entre o Comercial e o Santos, em 10 de outubro de 1965. Foto: Marcos Júnior Micheletti/Portal TT

Em 2002, em hotel da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, Pelé fez lançamento de acordo publicitário e imobiliário com o príncipe saudita, à esquerda na foto. Pedro Bial cobriu pela Rede Globo e Milton Neves, pela Rede Record

Milton à frente de imagem de Pelé, na sala do Conselho Deliberativo do Santos Futebol Clube, em 21 de fevereiro de 2013. Foto: Marcos Júnior/Portal Terceiro Tempo

 

Roberta Peporine, Pelé e Milton Neves nos bastidores do Terceiro Tempo da Rede Record

 

Nos anos 90, Nílson César, Milton Neves, Pelé e José Silvério

 

O olhar de admiração de Milton para Pelé, quando os dois gravaram um comercial para a Imobiliária Trabulsi nos anos 90

 

Sentados estão Samir Abdul-Hak, Milton Neves, Pelé e o irmão de Samir. Em pé, de camisa listrada, um membro da família Trabulsi, que promoveu lançamento de cinco torres na Baixada Santista, com Milton e Pelé como garotos-propaganda. À esquerda, dois funcionários da imobiliária

 

Milton Neves Netto, Pelé, Milton Neves e um jornalista escocês. Eles inauguraram o hospital Hospital Pequeno Príncipe em Curitiba-PR, em 28 de março de 2009

  

Em 28 de março de 2009, durante voo para Curitiba, para evento no Hospital Pequeno Príncipe. Pelé, Milton Neves, o escritor e ativista irlandês Don Mullan e mais ao fundo, Netto Neves

 

Painel no hall de acesso à antiga redação do Portal Terceiro Tempo, na Av. Paulista. Foto: Marcos Júnior Micheletti/Portal TT

Pique em dia. Pelé e Milton lado a lado na Praia da Biquinha, em São Vicente, gravando comercial para a ImobiliáriaTrabulsi nos anos 90. Foto: Portal Terceiro Tempo

 


Dupla. Milton, muito feliz ao lado do Rei. O mesmo Rei, que Milton viu de pertinho pela primeira vez no Estádio Francisco de Palma Travassos, em Ribeirão Preto, em 1965, quando tinha 14 anos, no jogo entre o Comercial e o Santos

 

A foto, de setembro de 1999 é fantástica, em uma reunião de craques no SuperTécnico da Rede Bandeirantes de Televisão. Da esquerda para a direita: Oswaldo de Oliveira, Zagallo, Pelé, Milton Neves, Carlos Alberto Parreira e Vanderlei Luxemburgo

 

Programa histórico. No sentido horário: Oswaldo de Oliveira, Parreira, Zagallo, Pelé, Vanderlei Luxemburgo, Milton Neves e a primeira "Miltete" Nereide Nogueira. Neste dia, o Rei do futebol explicou por que não participou da Copa do Mundo de 1974. Segundo o maior jogador de futebol de todos os tempos, ele não disputou o Mundial por causa da ditadura militar vigente no comando do país à época

 

Em 3 de janeiro de 2023, durante o vélório de Pelé, no gramado da Vila Belmiro, dia em que Milton Neves se despediu de seu maior ídolo. Foto: Reprodução/Santos TV

ABAIXO, VÍDEO DA PROPAGANDA ENCENADA POR PELÉ E MILTON NEVES PARA EMPREENDIMENTO IMÓBILIÁRIO DA TRABULSI NA BAIXADA SANTISTA, EM 1992 

 

 

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