Tovar Romariz Machado, gaúcho de Bagé, onde nasceu em 27 de julho de 1947, conta a sua história
Contarei a minha carreira de atleta profissional de futebol. O início foi na minha cidade natal, Bagé (RS). Comecei no juvenil do Grêmio Bagé. Depois, eu fui para o Sport Club Internacional, em 1965, para jogar no infanto-juvenil, categoria na qual eu fui campeão. Em 1966, eu passei para a equipe juvenil, que também foi campeã. Destacaram-se jogadores como Schneider, Jorge Guaraci, Sérgio Galocha, Claudiomiro e Escurinho.
Em 1968, eu passei para os profissionais. No ano seguinte, já tive a felicidade de inaugurar o Beira Rio, naquela tarde de abril. Vencemos por 2 a 1 o Benfica, que tinha Eusébio, Torres, Humberto, Simões, entre outros craques. Neste ano, o Inter começou a ganhar os campeonatos gaúchos até o ano de 1976, tornando-se octa-campeão estadual.
Tive a felicidade de jogar no grande time colorado, no qual se destacavam Manga, Cláudio, Figueiroa, Pontes, Hermínio, Vacaria, Carbone, Dorinho, Falcão, Carpegiani, Valdomiro, Claudiomiro, Gilson Porto, Lula e outros.
Em 1975, eu fui jogar no Sport Club Recife. Lá, eu fui bicampeão pernambucano em 1975 e 1977. O time do Sport era muito forte. A base da equipe tinha: Tobias, Luciano, Dário, Assis, Peres, Beijoca e companhia. No mesmo ano, eu sofri uma séria lesão, rompi os tendões de aquiles e fiquei parado por 10 meses.
Voltei a jogar em 1976, mas meu grande ano no Sport foi em 1977. Era o capitão da equipe e estive para ser vendido ao Corinthians. A negociação não deu certo.
Em 1978, o Sport Recife fechou o departamento de futebol. Fui emprestado ao Coritiba. No Coxa, eu fui campeão junto com Manga, Pedro Rocha e outros. No ano seguinte, joguei pelo Esportivo de Bento Gonçalves (RS), que foi vice-campeão estadual, pela primeira vez na história do clube. O treinador do Bento Gonçalves era o Espinosa.
Também tive uma curta passagem pelo Chapecoense (SC) e pelo Nacional de Manaus, em 1980, durante a disputa do campeonato brasileiro. Nos últimos jogos da equipe, eu fiquei como treinador. Encerrei a minha carreira no São Paulo, de Rio Grande (RS), em 1981.
Concluindo, lembro que estou aposentado desde 2003, trabalhei no serviço público também, tenho um casal de filhos e dois lindos netos colorados.
Seleções
No ano de 1972, eu estive para ser convocado para a Seleção Brasileira, mas o escolhido foi Carbone (que naquele momento estava na minha reserva). Coisas do futebol. Fui o primeiro jogador do Rio Grande do Sul a ser chamado de "Guerreiro".
Participei do maior jogo já realizado no Rio Grande do Sul, entre Seleção Gaúcha e Seleção Brasileira. O resultado foi 3 a 3. Marquei o primeiro gol daquela partida. A Seleção Gaúcha jogou com: Schneider; Espinosa, Figueroa, Ancheta e Everaldo; Carbone, Tovar e Torino; Valdomiro, Claudiomiro e Oberti.
Tovar hoje Hoje, eu sou professor de Educação Física da Prefeitura Municipal de Porto Alegre (RS), trabalho como coordenador dos masters do Internacional, sou assessor do presidente colorado e tenho uma locadora de vídeo, a "Tovar Vídeo". Tenho dois filhos: Fabiana e Tovar Junior.
Grandes técnicos Trabalhei com vários treinadores, entre eles Daltro Menezes, Dino Sani, Rubens Minelli, Duque, Paulinho de Almeida, Mário Travaglini, Cilinho, Ênio Andrade, Espinosa e Ernesto Guedes.