Nascido no dia 13 de abril de 1954, na cidade de Duque de Caxias (RJ), Roberto começou nas categorias inferiores do Vasco no começo da década de 70. Não demorou muito tempo para subir para o profissional e em 1974 viver seu primeiro grande momento com a camisa vascaína, sendo artilheiro do Campeonato Brasileiro e campeão nacional.
Dinamite morreu no dia 8 de janeiro de 2023, aos 68 anos, no Rio de Janeiro, após longa luta contra tumores no intestino. Seu corpo foi velado em São Januário, estádio do Vasco da Gama, e sepultado dois dias depois, em 10 de janeiro de 2023, no município carioca de Duque de Caxias, onde nasceu.
Ótimo chutador, bom cabeceador e jogador de excelente colocação na área, Roberto Dinamite marcou 692 com a camisa cruzmaltina em 1033 jogos. Foi campeão carioca em 1977, 1982, 1987 e 1992. Em 1984, na campanha do vice-campeonato brasileiro (o Vasco perdeu a final para o Fluminense), Roberto voltou a ser artilheiro do campeonato nacional.
Pela seleção brasileira, ele disputou a Copa do Mundo de 1978, na Argentina, e a de 1982, na Espanha, as duas vezes como reserva. Em 82, ele foi chamado na última hora para substituir o bugrino Careca, que havia se machucado.
Roberto ainda jogou pelo Barcelona, entre 1979 e 80, mas não se adaptou ao futebol espanhol e retornou ao Vasco da Gama. Na sua reestréia com a camisa do time carioca, o centroavante fez os cinco gols da vitória do Vasco contra o Corinthians, por 5 a 2, no dia 4 de maio de 1980.
Além do Vasco, ele defendeu outras duas equipes brasileiras: a Portuguesa de Desportos em 1989 e o Campo Grande. Depois de encerrar a carreira, Roberto Dinamite ingressou na política e conseguiu ser eleito deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
Até hoje, ele é o maior artilheiro da história do Brasileirão, com 190 gols.
Em 2002, o maior ídolo vascaíno travou um duelo com o cartola Eurico Miranda, então presidente, que o impediu de assistir a um jogo do Vasco da Gama nos camarotes de São Januário.
Carlos Roberto de Oliveira pode ser um nome desconhecido para a torcida vascaína. Mas quando você falar em Dinamite para qualquer cruzmaltino, a lembrança é imediata do centroavante que marcou época em São Januário nos anos 70, 80 e 90, e que se tornou um dos maiores ídolos do clube.
Na madrugada do dia 28 de junho de 2008, Dinamite derrotou o candidato da situação, Amadeu Pinto da Rocha, por 140 votos a 103, e se elegeu presidente do Vasco. Com isso, o grupo liderado por Eurico Miranda deixou o poder depois de quase duas décadas. No mês seguinte, o ídolo assumiu o cargo.
Em 2011, sob sua gestão, o Vasco conquistou a Copa do Brasil e saiu de uma incômoda fila de alguns anos sem títulos.
Em outubro de 2014 concorreu ao cargo de deputado estadual pelo Rio Janeiro, mas como não atingiu o número necessário de votos, não foi eleito.
Em 1976, quem tinha Roberto Dinamite tinha uma grande expectativa de gol. E o ídolo vascaíno não decepcionou na tarde chuvosa do dia nove de maio daquele ano, quando, no Maracanã, o time de São Januário conseguiu se manter entre os candidatos ao título, ao vencer o Botafogo por 2 a 1.
Aquele foi o dia em que Dinamite fez o gol mais belo da sua carreira. A vitória foi na raça. O Botafogo abriu o placar com Ademir, no primeiro tempo, e ainda contava com a muralha Wendel. Mas os dois jogadores do Botafogo acabariam cedendo empate do time cruz-maltino. Aos 17 minutos, Ademir atrasou para Wendel, Roberto roubou a bola e chutou forte com o pé esquerdo, igualando a partida.
No segundo tempo, o goleiro adversário ainda se destacava, quando Dinamite apareceu no último minuto. Zanata cruzou do lado direito para Roberto. Ele matou no peito e, antes da bola tocar no chão, deu um lençol em Osmar, bateu com o pé direito, de voleio, no ângulo e garantiu a vitória. Este gol de Roberto acabou se transformando numa espécie de marca do artilheiro.
FICHA TÉCNICA DO JOGO
Data: 10 de junho de 1976
Local: Estádio do Maracanã
VASCO ? Mazaropi; Gaúcho, Abel, René e Marco Antônio; Zé Mário e Zanata; Fumanchu, Dé, Roberto Dinamite e Luís Carlos. Técnico: Paulo Emílio.
BOTAFOGO ? Wendel; Miranda, Nelson, Osmar e Marinho Chagas; Luisinho e Ademir; Mazinho, Mendonça, Manfrini e Mário Sérgio. Técnico: Telê Santana.
(Paulo Emílio diz que jamais se esquecerá do célebre gol de Roberto Dinamite, em Wendel. Ele era o técnico do Vasco e Telê Santana o treinador do Botafogo. O texto e a foto acima são reprodução do artigo do tradicional e do ótimo "Jornal dos Sports?).
Ele defendeu o time de São Januário em 1.022 partidas, sendo 768 oficiais e 254 amistosas e marcou 708 gols.
Números pela seleção brasileira
Com a camisa da seleção brasileira, Roberto Dinamite disputou 47 partidas (28 vitórias, 14 empates e 5 derrotas) e marcou 25 gols, segundo números do livro "Seleção Brasileira - 90 anos", de Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf.