Enéas

Ex-meia-atacante da Portuguesa, Palmeiras e XV de Piracicaba
por Rogério Micheletti

Enéas, o Enéas de Camargo, o craque do time da Portuguesa nos anos 70 (fez parte da conquista do título de 1973), morreu aos 34 anos no dia 27 de dezembro de 1988, depois de quatro meses de internação hospitalar, em decorrência de acidente automobilístico sofrido em 22 de agosto daquele ano.
 
Enéas foi casado por duas vezes. Primeiro com Elisabete, com quem teve uma filha, Renata. Depois, com Ana Rosa, mãe de seu segundo filho, Rodrigo. Renata morreu aos 42 anos, em 2017, vítima de câncer, enquanto Rodrigo Gouveia de Camargo, formado em Educação Física, trabalha como vendedor e sofre de esclrerose múltipla.

Para alguns, o meia-atacante Enéas (nascido no dia 18 de março de 1954, em São Paulo/SP) era um jogador que às vezes "dormia" em campo. Mas todos sabiam que Enéas era talento puro. Era ótimo finalizador e capaz de jogadas geniais, que muitas vezes decidiam uma partida.

A diretoria da Portuguesa sempre criou vários obstáculos para negociá-lo, por isso, talvez, Enéas não tenha tido mais chances na seleção brasileira. Aliás, com a camisa canarinho, o meia-atacante realizou sete jogos e marcou dois gols.

Em 79, ele teve seu passe negociado com o Bologna, da Itália. No Velho Continente, Enéas não conseguiu brilhar e retornou ao futebol brasilerio em 1981, desta vez para jogar no Palmeiras.

Pegou uma época de "vacas magras" no Palestra Itália, o que o impediu de brilhar como nos tempos de Canindé. Deixou o alviverde no ano seguinte para defender o XV de Piracicaba (SP). Com a camisa esmeraldina, entre 1981 e 1983, o ótimo meia-atacante fez 93 partidas (38 vitórias, 35 empates e 20 derrotas) e anotou 28 gols.

Enéas também vestiu as camisas do Juventude (RS), Desportiva (ES) e a Central Brasileira de Cotia (SP), último time antes de morrer. Mas, definitivamente, seu melhor momento foi no Canindé. Ele é sempre lembrado como um dos maiores jogadores da Associação Portuguesa de Desportos em todos os tempos.

Veja na galeria de Enéas, abaixo, o craque cantando o hino nacional, antes da final do Paulistão de 1973 contra o Santos. Os dois times estão enfileirados. A partida, após 120 minutos, foi para os pênaltis. À época o árbitro Armando Marques errou na contagem dos pênaltis e decretou o Santos campeão. A Portuguesa, mesmo constatando o erro, deixou o campo. Reclamou depois e acabou dividindo o título estadual de 1973 com o Santos FC.
 
No dia 23 de dezembro de 2019, o UOL Esporte publicou reportagem especial sobre a carreira e a morte de Enéas. Confira aqui a íntegra do material produzido pelos repórter Vanderlei Lima e Rubens Lisboa.
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Pela Seleção Brasileira:

Atuou em sete jogos (três pela seleção principal, tendo marcado um gol) e outros quatro jogos pela seleção olímpica, com um gol
Fonte "Seleção Brasileira - 90 Anos"
Autores: Antonio Carlos Napoleão e Roberto Assaf

Pelo Palmeiras:

Com a camisa palmeirense, entre 1981 e 1983, o ótimo meia-atacante fez 93 partidas (38 vitórias, 35 empates e 20 derrotas) e anotou 28 gols, segundo números do "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.

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