por Marcos Júnior
O paulistano Marcos Mazzolani, corintiano que assistiu o primeiro jogo do Timão no Parque São Jorge aos oito anos de idade, levado pelas mãos de seu tio Mauro Nóvoa, não perdia o extinto "Show de Rádio" da Rádio Jovem Pan, antecessor do Terceiro Tempo apresentado por Milton Neves, de quem tornou-se assíduo ouvinte e participante do programa atráves do Teletrim.
Pelo rádio, Mazzolani acabou conhecendo toda a legião de seguidores de Milton, até o primeiro encontro dos teletrinzistas em um bar localizado na Av. Pompéia, zona oeste de São Paulo.
Uma das maiores alegrias de Mazzolani relativas a Milton Neves diz respeito a um "Plantão de Domingo", em 1999, ocasião em que sua sobrinha Natália Mazzolani Zucchini, com dois anos à época, cantou o hino corintiano na íntegra, perfeitamente.
"A danadinha (Natália) cantou o hino inteirinho sem um erro sequer, e durante vários anos foi a gravação mais solicitada do programa, durante o tempo em que o Milton esteve na Jovem Pan. Foi maravilhoso", emociona-se Mazzolani.
Representante comercial na área de consórcios de automóveis e residências - com experiência de mais de 30 anos -, Mazzolani reside atualmente na cidade de São Caetano do Sul-SP, no Grande ABC.
Marcos Mazzolani por ele mesmo:
"Marcos Mazzolani,  modéstia à parte CORINTIANO,  nasceu em São Paulo em 25 de abril de 1958, é filho de Hercules Elvézio Mazzolani e Thereza C. Mazzolani, e ouvinte de Milton Neves há muitos anos, tendo começado a se comunicar com o jornalista através do envio de mensagens de "FAX" , recebidas por Rogério Micheletti.
Assistiu seu 1° jogo de futebol aos oito anos de idade no Parque São Jorge, levado pelo tio Mauro Nóvoa quando Dino Sani ainda vestia a gloriosa camisa alvinegra e Roberto Rivellino atuava como grande promessa, nos aspirantes do TIMÃO.
Apaixonado pelo rádio não perdia sequer um SHOW DE RÁDIO, antecessor do 3°tempo, ao fim dos jogos do CORINTHIANS. Naquela ocasião Milton Neves era ¨plantão esportivo¨ na Jovem Pan e a expressão ¨DEIXA CAIR MUZAMBA¨ usada por Sangirardi é algo impossível de ser esquecido.
Daí para os programas dominicais foi um passo natural, tal qual ligar o rádio todos os domingos as 09:00 hs até os dias de hoje; ¨Eu programava o despertador para ouvi-lo desde o inicio do programa, tal qual fazia para assistir as corridas do saudoso Ayrton Senna¨.  Com o advento do teletrim todos os domingos passaram a ser dia de Milton Neves. Era, como ainda é, uma alegria imensa poder interagir com dezenas de pessoas as quais não fazíamos a menor ideia de quem fossem, mas éramos todos amigos do mesmo amigo que nos dava voz como torcedores: Milton Neves!
Naquela ocasião Carlos Solfa, Éder Minelli, Aristeu Kodama, Dra. Déo , Ralf Palestra, Adriano Ambrosino, Mauro Venturini, Edson Fiel do Campo Limpo, Dna. Margarida da Lapa e tantos outros, éramos amigos íntimos sem sequer nos conhecermos pessoalmente e foi com esse sentimento que comecei a procurar por todos.
O 1° que encontrei foi o Solfa e a Daniela, que por sua vez conhecia o Kodama e depois conheci a Dra. Déo e sua filha Fernanda que conhecia o Edson e a Márcia ... depois o Mauro e Silvana Venturini, Ralf Palestra e daí para marcarmos o nosso 1° encontro foi como que juntar a fome com a vontade de comer... foi num bar da Av. Pompéia, o PÉ PRA FORA.
O 2° foi no restaurante do Ambrosino, no bairro da Mooca e a partir daí nos reuníamos para um churrasco na casa da Dra. Déo. ¨ Considero esse como o maior presente que um comunicador de rádio possa oferecer aos seus ouvintes e sou grato ao Milton Neves por isso¨.
Das centenas de participações, uma por Fax e outra ao vivo pelo 0800 me foram marcantes, por isso inesquecíveis: ¨Em um determinado domingo pós-decisão do Camp.Bras/83 em que o Santos perdeu para o Flamengo, Milton Neves esbravejou...falou... e disse que não estava chorando... enviei um fax nos seguintes termos:
¨Eu sei que você não está chorando... só não sei de onde vem toda essa água que está saindo pelo meu rádio¨ e foram centenas de mensagens por todo o dia anunciando enchentes por toda a São Paulo num dos dias mais secos do ano.
A outra, em 1.999, foi um capítulo à parte na historia do ¨PLANTÃO DE DOMINGO¨: Numa das diversas vezes em que consegui linha para falar ao vivo, sem que tivesse me identificado, coloquei minha sobrinha Natália Mazzolani Zucchini, na ocasião com dois anos de idade, para cantar o Hino do CORINTHIANS. Pois então... a danadinha cantou o hino inteirinho sem um erro sequer e durante vários anos passou a ser a gravação mais solicitada do programa porquanto o Milton permaneceu na Jovem Pan. FOI MARAVILHOSO!!!
A partir daí, Milton Neves  transferiu-se para a RÁDIO BANDEIRANTES e com novo formato de programação, evolução da tecnologia, sua presença em outras mídias, vários títulos de Cidadão por esse Brasil afora e o dinamismo natural que a vida impõe aos vencedores, o teletrim perdeu um pouco de sua força e o 0800 já não existe mais, porém a boa semente plantada ao decorrer de décadas prevaleceu entre a maioria dos teletrinzistas sendo que agora os  nossos encontros são patrocinados pelo Milton em churrascarias, e em algumas ocasiões  nos premiou com recepções em sua bela casa e junto ao seio de sua família.
¨Já são 29 anos de MILTON NEVES em minha existência e com todos os acertos e desencontros que qualquer convivência possa proporcionar, só tenho agradecimentos a esse Homem que dividiu o Rádio Esportivo do Brasil em dois, ou seja: ANTES E DEPOIS DE MILTON NEVES... A ELE E A TODOS COM OS QUAIS  DESFRUTO DA AMIZADE!"

Foto: Marcos Júnior/Portal TT
Em 08 de julho de 2011, em um encontro dos teletrinzistas no Bufalo Grill da Avenida Vereador José Diniz, no Brooklin, gravou uma mensagem para Milton Neves, alusiva aos 60 anos do jornalista.