Edmar

Ex-volante do Ceará e Guarani

por Marcelo Rozenberg

Edmar Oliveira Araújo, o Edmar, vive hoje em Fortaleza, onde é treinador do time dos Magistrados da cidade e ministra aulas de futebol a crianças carentes.

Uma forma de não se afastar do futebol, que tantas alegrias lhe proporcionou desde que começou a jogar em 1964 no Ferroviário (CE). Passou depois por Ceará (onde foi ídolo e conquistou sete títulos cearenses), Guarani de Campinas, Criciúma, Treze de Campina Grande e Calouros do Ar, onde parou em 1986.

Seguiu depois a vida de treinador, tendo trabalhado, entre outros clubes, no Ferroviário, Treze, River, de Teresina, Calouros do Ar e Tiradentes (CE). Casado, tem três filhos e três netos.

Entre tantos jogos importantes, um ele faz questão de guardar. A decisão do Campeonato Cearense de 1975, entre Ceará e Fortaleza. "Nosso time era fraco, por isso valorizo até hoje esta taça. Sem falar que deu início a uma supremacia que resultou, em 1978, na conquista do tetracampeonato estadual pelo Ceará".

Por conta da empatia com a torcida, só deixou o clube quase no final da carreira. "Os cartolas, sempre que surgia uma proposta de fora, diziam que eu era ídolo e que não poderiam abrir mão de mim. Como prêmio, me concediam um reajuste. Somente aos 33 anos fui negociado com o Guarani".

Em Campinas, depois de disputar o Campeonato Paulista de 1980, sagrou-se campeão da Taça de Prata de 1981. Mas as diferenças salariais em relação a outros jogadores do Bugre eram astronômicas, e Edmar foi buscar novos ares no Criciúma. "Deu para guardar alguma coisa com o futebol. Triste é ver antigos companheiros na pior".

O orgulho de ter enfrentado Pelé em cinco oportunidades é contado até hoje para filhos, netos e amigos. Bem como o fato de ter recebido apenas dois cartões vermelhos nos gramados. O primeiro, no entanto, ainda é capaz de lhe tirar o sono. "Aconteceu em uma partida entre Ceará e América (CE). Estava há nove anos e seis meses sem ser expulso, concorrendo ao prêmio Belfort Duarte. Fiz uma brincadeira com o Lídio Neto, do América, que era meu amigo desde os tempos de Ferroviário, segurando sua cabeça e o chamando de cabeção. O lídio respondeu simulando uma cotovelada. Infelizmente, o árbitro interpretou de forma equivocada o lance e mandou os dois para o chuveiro mais cedo".

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