Boni

Diretor de televisão
por Marcos Júnior Micheletti
 
José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, é um dos mais importantes nomes da televisão brasileira, tendo trabalhado desde a década de 50 na televisão brasileira.
 
Natural da cidade paulista de Osasco, onde nasceu em 30 de novembro de 1935, Boni mudou-se para o Rio de Janeiro aos 15 anos, começando como estagiário do teledramaturgo Dias Gomes, na Rádio Clube do Brasil, passando depois para a Rádio Roquette Pinto, também no Rio, após um curso promovido pela prefeitura da cidade.
 
Sua primeira experiência como redator foi no programa "Clube Juvenil Toddy", em 1950, na Rádio Nacional, ocasião em que conheceu Manuel da Nóbrega, responsável por seu retorno a São Paulo no ano seguinte, para que integrasse a equipe de redatores da Rádio Nacional de São Paulo.
 
Três anos depois, em 1953 exerceu diversas funções na TV Tupi, como produtor, diretor e redator do programa "Grêmio Juvenil Tupi".
 
Depois, em 1954, na TV Paulista, iniciou como assistente de direção de Roberto Corte Real, mas a situação delicada da emissora em termos econômicos o levou no mesmo ano à Rádio Bandeirantes, como redator.
 
Depois, Boni teve várias experiências no ramo publicitário, primeiramente na Lintas Propaganda, depois na gravadora RGE, como diretor de propaganda até assumir a direção de criação da Linx Filmes, após um treinamento na Inglaterra na J.W. Thompson e na NBC, de Nova Iorque.
 
Sua ligação com a Rede Globo começou em 1967, a convite do falecido Walter Clark. A dupla foi responsável por criar uma rede nacional de televisão, em 1969, tendo o Jornal Nacional como programa que marcou essa empreitada.
 
A grade atual da emissora, principalmente no que tange ao horário nobre (três novelas e o Jornal Nacional) foi elaborada nessa época.
 
As novelas, aliás, seguiram a trilha de sucesso do que aconteceu com a Tupi, com "Beto Rockfeller", passando a um estilo mais próximo da realidade, com temáticas do cotidiano. Mas para que isso tivesse êxito, como de fato teve, foram fundamentais as chegadas de três profissionais: Daniel Filho, Dias Gomes e Janete Clair, estes últimos responsáveis por novelas que obtiveram índices fantásticos de audiência.
 
De temperamento forte, Boni foi a voz mais importante nas decisões adotadas pela Globo, não apenas na programação artística, dentre elas o Fantástico, uma das atrações das quais participou da criação, como no jornalismo, já na função de superintendente de produção e programação da emissora carioca.
 
Entre 1980 e 1997 foi vice-presidência de operações da emissora, quando Marluce Dias da Silva assumiu essa função, mas permaneceu ligado à Globo como consultor (até 2001) e desde 2003 é sócio da TV Vanguarda, com seus quatro filhos. A TV Vanguarda é filiada à Globo na região do Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Vale Histórico, Litoral Norte do Estado de São Paulo e a região Bragantina.
 
Ele anunciou sua aposentadoria definitiva em 06 de junho de 2024, fazendo um anúncio aos funcionários da TV Vanguarda, emissora que passou a ser comandada por um de seus filhos, Bruno e o filho de seu sócio Roberto Buzzoni, Reynaldo Buzzoni.
 
Em novembro de 2011 lançou sua biografia, "O Livro do Boni", pela editora Casa da Palavra.
 
Em outubro de 2024 lançou um novo livro, "O lado B de Boni", na Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro.
 
É casado com Lu Oliveira, sua segunda união.
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