Waldemar Olisio Falconi, o Falconi, goleiro do Nacional Atlético Clube nos anos 60, atualmente mora em Jacareí, no interior de São Paulo, onde está aposentado como propagandista de produtos farmacêuticos, profissão que exerceu após encerrar a carreira de jogador até o ano de 1997.
Nascido no dia 25 de abril de 1941, em Poços de Caldas-MG, Falconi começou a carreira no final dos anos 50, nos juvenis do Corinthians. "Iniciei minha carreira no início de 1959, nos juvenis do Corinthians. Nosso treinador era o José Castelli, o Rato, e foi ele quem começou a me chamar apenas de Falconi", lembra o ex-goleiro, que logo no ano de estréia conseguiu com seus companheiros alvinegros o título de campeão paulista juvenil.
No início dos anos 60, o Corinthians estava bem servido de goleiros. Gylmar dos Santos Neves era o titular absoluto e Aldo, o reserva imediato. As chances eram pequenas para o jovem Falconi. No final de 1961, Gylmar deixou o Timão para jogar no Santos e Falconi se animou com a chance de, pelo menos, estar na reserva do time profissional. "Quando o Gylmar foi para o Santos, eu fiquei por quatro partidas na reserva do Aldo. Achei que minha chance tinha chegado, mas o Corinthians contratou o goleiro Heitor. Aí, fui para o Nacional", afirma o ex-jogador.
De agosto de 1962 a dezembro de 1970, Falconi defendeu a meta do Nacional, da capital paulista, e lá encerrou sua carreira como jogador profissional.
Não conseguiu largar tão facilmente as chuteiras e em 1971, ao lado de outros craques, foi parar no Milionários FC, um time de craques brasileiros veteranos que viajava pelo país fazendo amistosos.
Mesmo não conseguindo o sucesso espera no Corinthians e tendo jogado apenas nos profissionais do Nacional, Falconi se orgulha de ter sido jogador de futebol. "Tive o prazer de conviver com grandes craques que fizeram históri nos times em que atuaram. No Corinthians, Luizinho Pequeno Polegar, Olavo, Ary Clemente, etc. No Nacional, Idário, Canhoteiro, Cido, Jair Picerni, Fedato, Gongalves, entre outros. E no Milionários então, só tinha craque. Um verdadeiro tesouro do nosso futebol. Joguei ao lado de campeões mundiais como Bellini, Garrincha, Djalma Santos e Carlos Alberto Torres. Além de outros excelentes jogadores como Paulo Borges, Tupãzinho e Paraná", lembra, emocionado, o ex-arqueiro.
Falconi é casado pela segunda vez, tem duas filhas (do primeiro casamento) e dois netos que são suas paixões (Antonio Augusto, o Guto, corintiano como o avô, e que joga bola no time Moreira´s, de São José dos Campos, e Ana Júlia, que é são-paulina). por Gustavo Grohmann