Chiquinho Lameirão

Ex-piloto brasileiro
por Marcos Júnior Micheletti
 
Francisco Lameirão, o Chiquinho Lameirão, é um dos nomes históricos do automobilismo brasileiro, tendo enfrentado três distintas gerações de pilotos de grande nível, rivalizando com Bird Clemente e Luiz Pereira Bueno, Emerson e Wilsinho Fittipaldi e, por último, Alex Dias Ribeiro e Nelson Piquet.

Nascido em 1º de julho de 1943, Lameirão começou no kart aos 19 anos, em 1964, competindo até 1978, ano em que encerrou sua carreira.
 
Foi piloto oficial das fábricas que disputavam ferrenhamente os campeonatos nacionais: a Vemag e a Willys, pilotando DKWs, Malzonis, Gordinis, Dauphines, Porsches e Berlinetas Interlagos, entre outros, além de ter competido também nas Fórmulas 2 e 3.
 
Na equipe Willys, cujo chefe era Luis Antonio Greco, Lameirão fazia parte de um time de grandes pilotos: Wilsinho Fittipaldi, José Carlos Pace, Bird Clemente, Carol Figueiredo e Luiz Pereira Bueno, o Luizinho.
 
Na Vemag, que era capitaneada por Jorge Lettry, formou um grande trio, ao lado de Mário César de Camargo (o Marinho) e Jan Balder.
 
Também fez parte da equipe Jolly, pilotando a lendária Alfa Romeo GTA, ao lado de Piero Gancia e Emílio Zambello.
 
Em 1970, assim como fez Emerson Fittipaldi, foi para a Europa tentar uma carreira internacional, mas a falta de patrocínios o fez retornar ao automobilismo brasileiro.
 
No ano seguinte, em 1971, na equipe "Z" de Anísio Campos e Luiz Pereira Bueno, foi contratado para formar dupla com Lian Duarte para o Campeonato de Carros Esporte, fechando o ano como vice-campeões, com um Porsche 910.
 
Chiquinho também participou de alguns torneios internacionais de Fórmula 2 e 3 em etapas disputadas no Brasil, onde enfrentou nomes já conhecidos da Fórmula 1, como Graham Hill, Ronnie Peterson e James Hunt.
 
Em 1972, na Fórmula Ford, funda a equipe Bino-Motoradio, fechando a temporada como vice-campeão.
 
Em 1973, anda na Fórmula Ford, ficou com o título paulista, além de ter participado do Brasileiro e do Gaúcho.
 
Em 1974 disputa a Divisão 4 com um modelo Heve, tendo como melhor resultado a vitória na prova de Cascavel, no Paraná.
 
Em 1975 foi campeão paulista e vice-brasileiro da Super Vê, em um campeonato de altíssimo nível, que contava com nomes como Nelson Piquet, Ingo Hoffmann, Alfredo Guaraná Menezes, Mauricio Chulan, Marcos Troncon Peres, Antonio Castro Prado, e Marivaldo Fernandes, entre outros.
 
Em 1976 também tem um bom ano na categoria, ficando em terceiro lugar no Brasileiro e em quarto no Paulista.
 
Partiu para um projeto novo, desenvolvendo um chassi para a Polar, mas não foi bem no campeonato e encerrou sua carreira no ano seguinte, em 1978.
 
Atualmente possui uma oficina especializada em restauração de carros antigos em São Paulo.
 
Seu filho, Marcos, é engenheiro, e herdou do pai a paixão por automobilismo, e trabalha na Inglaterra com carros de competição.
 
Em 27 de fevereiro de 2012, Chiquinho Lameirão foi um dos homenageados da Semana Cultural de Velocidade, a Velocult, realizada no Conjunto Nacional, em São Paulo e em 29 de outubro do mesmo ano pela Renault, durante o Salão do Automóvel, no Pavilhão de Exposições do Anhembi, também na capital paulista.
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