Nelinho, Piazza, Jairzinho e Palhinha estão entre eles

Nelinho, Piazza, Jairzinho e Palhinha estão entre eles

Nesta semana buscamos em nosso quase infindável acervo da seção "Que Fim Levou?" imagens de "Antes & Depois" do time titular do Cruzeiro que foi campeão da Libertadores da América em 1976.

A equipe mineira havia sido vice-campeã brasileira em 1976, perdendo a decisão para o Internacional (1 a 0, com o gol iluminado do chileno Figueroa). 

Naquela época, apenas campeão e vice do Brasileirão se credenciavam para disputar a Libertadores no ano seguinte. Um critério bem mais rigoroso que deixava a competição sul-americana com muito mais qualidade.

Enfim, hoje a Libertadores ficou "inflada", mas no fim das contas são as maiores forças que chegam em condições de levantar o caneco.

E o Cruzeiro, embora derrotado no Brasileirão de 75 para o Inter, fez uma campanha bem melhor que a equipe gaúcha.

Na ocasião, apenas os primeiros colocados de cada chave avançavam para a fase seguinte, e Cruzeiro e Inter caíram no mesmo grupo. A equipe mineira se classificou em primeiro lugar, com 11 pontos, contra sete do Inter, o segundo colocado.

A Raposa avançou e encarou o River Plate na decisão, disputada em três partidas. O Cruzeiro derrotou o River por 4 a 1 no Mineirão, perdeu por 2 a 1 no Monumental de Nuñez e voltou a vencer no jogo derradeiro, em campo neutro (Estádio Nacional, em Santiago do Chile), por 3 a 2.

Nelinho, o Manoel Rezende de Mattos Cabral, hoje com 75 anos, notabilizou-se pelo portentoso chute de perna direita. O camisa 2 celeste foi um exímio cobrador de faltas e tinha uma habilidade impressionante para arremates em curva. Prova disso aconteceu na disputa pelo terceiro lugar na Copa de 1978, na Argentina, ao marcar diante da Itália, que tinha Dino Zoff na meta.

O clássico Wilson Piazza, volante do time azul, que foi quarto-zagueiro titular na Seleção Brasileira na Copa de 70, hoje está com 82 anos e vive na capital mineira. Piazza, ao lado do saudoso Zé Carlos (1945-2018) coordenava as ações da defesa para o ataque cruzeirense, este de uma qualidade ímpar, com Jairzinho, Palhinha e Joãozinho.

Jairzinho, o "Furacão da Copa", único atleta a marcar gols em todos os jogos de uma Copa do Mundo (a de 1970), hoje mora no Rio de Janeiro, e está próximo de completar 81 anos (em 25 de dezembro). Jair Ventura Filho, que começara sua brilhante carreira pelo Botafogo de Futebol e Regatas, onde esteve entre 1969 e 1974, ainda teve passagens por Olympique de Marseille (França) e Kaizer Chiefs (África do Sul) antes de chegar ao Cruzeiro, onde atuou entre 1975 e 1977.

O saudoso Palhinha, o Vanderlei Eustáquio de Oliveira (1950-2023), mineiro de Belo Horizonte, iniciou sua trajetória profissional lá mesmo no Cruzeiro, onde brilhou entre 1969 e 1976. Jogador absolutamente diferenciado, veloz e habilidoso, não teve o devido reconhecimento para ter tido mais chances na Seleção Brasileira, mas protagonizou a maior negociação da época (1977), quando Vicente Matheus fez uma oferta acima dos padrões para levá-lo ao Parque São Jorge. No Alvinegro, Palhinha foi um dos responsáveis pelo fim do jejum de títulos do Corinhthians no ano de sua chegada e a partir de 1978, até deixar o clube, em 1980, formou uma dupla afinadíssima com o também saudoso Sócrates (1954-2011).

UM CRAQUE QUE NÃO JOGOU

Considerado um dos melhores camisas 10 de sua geração, atualmente com 79 anos, o mineiro Dirceu Lopes não participou da vitoriosa campanha celeste naquela Libertadores da América de 1976, em razão de uma gravíssima lesão que sofreu no Tendão de Aquiles ainda em 1975, que o fez perder toda a temporada de 1976. 

Vale lembrar que comandando este forte Cruzeiro estava um treinador muito qualificado, já falecido: Zezé Moreira (1907-1998).

Trazendo estes inesquecíveis jogadores em imagens de momentos distintos, procuramos manter viva a memória do esporte.

VEJA, NO VÍDEO ABAIXO, COM SELEÇÃO DE MARCOS MICHELETTI E EDIÇÃO DE KENNEDY ANDRÉS, DO PORTAL TERCEIRO TEMPO 

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