Francisco Aílton Dias, o Aílton, nasceu em 26 de janeiro de 1942 e faleceu no dia 23 de junho de 2008, no hospital Mário Covas, devido a um câncer de próstata. Foi sepultado no cemitério da Vila Pires, na cidade onde viveu toda sua vida: Santo André.
Filho de família corintiana, viveu os melhores momentos da carreira no São Paulo. Orgulhava-se de ter atuado no ataque ao lado de Canhoteiro, e de ter marcado 12 gols nas 28 vezes em que vestiu a camisa tricolor (de 1960 a 62). Nos últimos anos, sua rotina estava ligada ao clube Aramaçan, de Santo André, onde dava aulas de futebol para adolescentes e apitava jogos de futebol dos campeonatos internos.
Lá, ele também era conhecido por Aílton Lataria. Foi casado com dona Carmem Bonavina e deixou três filhos: Ricardo, Ronaldo e Gabriela, todos ligados à área de Educação Física.
Foi no Palestrinha, clube amador de Santo André, que Aílton, ainda adolescente, começou a bater bola. Passou depois pela Pirelli, também da cidade do ABC, antes de chegar ao quadro juvenil do Clube Atlético Ypiranga e, posteriomente, ao São Paulo, levado pelo técnico Caxambu.
Abaixo, leia a entrevista que o ex-atacante são-paulino concedeu aos repórteres do site Terceiro Tempo, Marcelo Rozenberg e Gustavo Grohmann no início de 2007:
"Naquela época trabalhava em uma refinaria de petróleo em São Caetano. Inicialmente, minha mãe não queria que eu fosse, pois achava que jogador de futebol era profissão de vagabundo. Mas a palavra do meu pai, felizmente, foi mais forte. Cheguei ao São Paulo em 1960 e saí dois anos depois. Sou muito grato ao Flávio Costa (técnico da Seleção Brasileira na Copa de 1950), que me promoveu para o time de cima."
Após deixar o Morumbi, defendeu Ferroviária de Araraquara, Paulista de Jundiaí, São Paulo de Londrina e Saad de São Caetano, até encerrar a carreira em 1967 devido a uma contusão no joelho.
"Eu me machuquei em Londrina e não quis operar no Paraná. Voltei a São Paulo para realizar a cirurgia. Depois ainda defendi o Saad em alguns jogos, mas preferi abandonar a carreira para ficar mais perto da família."
Além das viagens, a bola lhe deu a chance de jogar contra e ao lado de jogadores inesquecíveis como Garrincha.
"No Rio-São Paulo de 62, em uma partida contra o Botafogo, o técnico Aimoré Moreira disse que só poderíamos parar o Mané se a marcação começasse no ataque. Executei bem a função, mas com gênio não se pode brincar. Bastou ele cair para o meio para desequilibrar a partida. Marquei um gol, mas perdemos por 2 a 1."
Nas festas promovidas pelo São Paulo em que os veteranos se encontram, Aílton teve a chance de rever os amigos. E também de contar e ouvir histórias guardadas em páginas amareladas dos jornais. "Assisti à partida inaugural do Morumbi de dentro do campo (São Paulo e Sporting, em 1960). O mesmo campo em que tive a chance de jogar meses depois. Emoção como essa não tem preço."
Por Marcelo Rozenberg e Gustavo Grohmann
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