Torcedora símbolo do Atlético-MG, Tia Célia morreu no dia 3 de outubro de 2017, aos 88 anos, em Belo Horizonte.
Tia Célia “formou” várias gerações de atleticanos, já que ela, durante 37 anos, foi a responsável pela organização das crianças que entrariam em campo com os jogadores do Galo.
Ela deixou nove filhos, 19 netos e 22 bisnetos, todos torcedores do Atlético-MG.
No vídeo abaixo, conheça um pouco mais da história de Tia Célia:
Tia Célia coordenou a entrada das crianças nos jogos do #Galo por quase quatro décadas. Conheça um pouco sobre ela em reportagem inédita. pic.twitter.com/ca0uX8BSSb
— Atlético (@atletico) 3 de outubro de 2017
Tia Célia realizou o sonho de crianças atleticanas por 37 anos
ANTONIO MAMMI
DE SÃO PAULO
Adolescente, Célia ajudava a mãe no serviço na casa de Kafunga, mítico goleiro do Atlético Mineiro. De tanto lavar e passar, pegou olho: cerzia os uniformes desfiados e, quando percebeu, já fazia as golas das camisas do patrão.
Tudo em sua vida remeteu ao alvinegro. Aprendeu o ofício de costureira remendando os panos de Kafunga; as lembranças da infância eram na cacunda do pai, a vista por cima das cabeças da multidão na arquibancada de Lourdes.
Casou-se com o atleticano Manuel, o Mineirão foi erguido, ela acompanhando o Galo feito procissão, a lata com frango e farofa num braço, as crianças pequenas no outro.
Em 1977, o filho Carlinhos entrou em campo junto com os jogadores. Durante os 37 anos seguintes, ganhou aposto: virou Tia Célia, coordenadora de mascotes mirins do Atlético –era ela quem reunia as crianças nos portões do estádio e as punha de mãos dadas com os ídolos no túnel que dava no gramado.
"No começo, ela levava os meninos do bairro dela e eu os do meu, a diretoria pagava os ônibus", lembra dona Terezinha, com quem dividiu o posto durante o período.
O cargo era voluntário, mas Célia fazia ainda mais. Devota de Nossa Senhora, todo jogo emprestava sua santinha para o altar do vestiário.
Em 2015, a CBF limitou o número de mascotes, e o clube restringiu as vagas a sócios-torcedores. Célia ficou sem função. Mesmo assim, foi homenageada no último dia 24, antes de um jogo contra o Vitória. Foi a última vez que pisou num campo de futebol.
Morreu nesta terça (2), aos 88, de câncer. Deixa nove filhos, 18 netos e 22 bisnetos.
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