por Marcus Vinicius Dias Magalhães
Nascido em São Paulo, no dia 15 de abril de 1973, o velejador Robert Scheidt é o único atleta da história do Brasil a ganhar quatro medalhas olímpicas consecutivas, sendo duas de ouro e duas de prata, além de ser octacampeão do mundo. Ele foi o porta-bandeira da delegação brasileira nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, e nos Jogos de Londres, em 2012, conquistou a medalha de bronze, ao lado de Bruno Prado na classe Laser.
Scheidt começou a velejar aos nove anos, após ganhar um barco de presente de seu pai. Ele praticava na Represa de Guarapiranga, no Yacht Club de Santo Amaro. Até então, o jovem atleta tinha o tênis como seu esporte preferido.
Nos anos de 1983, 1984 e 1986 ele se tornou o Campeão Sul-Americano da Classe Optimist de Vela, em Algorrobo, Chile. Considerada o ponto de partida para o esporte, a competição é composta por velejadores de 7 a 15 anos.
Por causa de suas vitórias, ele foi escolhido para representar o Brasil no Campeonato Mundial de Optimist, em 1986. Esse fato foi o ponto decisivo de sua carreira, fazendo com que ele abandonasse o tênis para se concentrar inteiramente em vela.
Com seu peso e altura acima das recomendações da classe Optimist, Scheidt começou a velejar na classe Snipe, umas das competições mais técnicas da modalidade, e tornou-se três vezes Campeão Brasileiro Júnior.
Em 1990, ele velejou no barco Laser, se tornando Campeão Brasileiro Júnior. Em seguida, foi chamado para representar o Brasil no Campeonato Mundial Júnior, realizado na Holanda. Nessa competição, ele percebeu que tinha vocação para ser um grande atleta e decidiu treinar na Dinamarca e Suécia, participando pela primeira vez na Semana de Kiel (Kieler Woche), o maior evento esportivo de vela do mundo.
No ano seguinte, o atleta venceu dez das onze corridas e tornou-se Campeão Mundial de Juniores Laser, na Escócia.
Em 1995, ele ganhou o ouro nos Jogos Pan-Americanos em Mar Del Plata, Argentina e atraiu a atenção da imprensa brasileira, juntamente com o seu primeiro título mundial, em Tenerife, Espanha.
No ano seguinte, ele se formou na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em Administração de Empresas. Nesse ano, ele conquistaria o maior feito de sua carreira: a medalha de ouro olímpica em Atlanta, na classe Laser.
Ainda em 1996, o brasileiro conquistou o Campeonato Mundial, realizado em Cape Town, na África do Sul. Ele ganharia novamente a competição em 1997, em Algarrobo, no Chile.
Em 1999, nos Jogos Pan-Americanos de Winnipeg, no Canadá, Robert Scheidt conquistou mais uma medalha de ouro.
No ano seguinte, após o seu quarto título mundial, em Cancún, no México, ele era o favorito para ganhar o ouro nos Jogos Olímpicos de Sydney. Mas, depois de uma batalha surpreendente com Ben Ainslie, da Grã-Bretanha, o brasileiro levou para casa a medalha de prata.
Seu quinto título mundial veio em 2001, em Cork, na Irlanda, e seu sexto em 2002, em Cape Cod, nos Estados Unidos.
Em 2003, ele se tornou pela terceira vez campeão do Jogos Pan-americanos, com o ouro em Santo Domingo, na República Dominicana.
Nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004, Scheidt ganharia sua segunda medalha de ouro olímpica. Porém, o ano do velejador ainda teria mais uma grande conquista: o sexto título mundial, dessa vez em Bitez, na Turquia.
Em 2005, o atleta foi novamente campeão mundial, dessa vez em Fortaleza.
Em 2006, Robert Scheidt decidiu deixar a classe Laser para se concentrar na classe Star, junto com Bruno Prada. Pela categoria, a dupla conquistou nove títulos, incluindo o campeonato mundial em 2007, em Portugal.
A dupla ainda conquistaria a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.
Em 5 de fevereiro de 2019, após quinze meses sem competir, decidiu retornar para tentar uma vaga os Jogos Olímpicos de Tóquio (2020) na classe Laser.
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