Mesmo sem experiência anterior como treinador, Paulo Roberto Falcão assumiu a Seleção Brasileira em 1990, mas sua estreia, bem como sua curta trajetória no cargo, não foi das melhores, há exatos 35 anos.

Ricardo Teixeira, então presidente da CBF (Confederação Paulista de Futebol), surpreendeu a maior parte da opinião pública ao trazer o ex-jogador do Internacional (RS) e da Roma, que foi um dos pilares da Seleção Brasileira na Copa de 1982, formando um meio-campo brilhante ao lado de Sócrates, Zico e Cerezo.

ESTREIA COMPLICADA...

Após a eliminação do Brasil na Copa de 1990 para a Argentina nas oitavas de final, quando Sebastião Lazaroni era o treinador do time brasileiro, uma reformulação parecia o mais lógico, e Paulo Roberto Falcão fez diversas apostas que acabaram se mostrando certeiras anos mais tarde, casos de Cafu e Márcio Santos, entre outros.

Mas no primeiro jogo, um amistoso disputado em Gijón (Espanha), o time brasileiro, que tinha Velloso no gol e Neto como camisa 10, teve muitas dificuldades diante do time entrosado da Espanha, que abriu o placar na primeira etapa com Muñoz e ampliou na etapa complementar com Fernando e Michel. Os destaques da "Fúria" eram o goleiro Zubizarreta e o atacante Emílio Butragueño.

DEMISSÃO

Em agosto de 1991, um ano depois, de ser anunciado como treinador da Seleção Brasileira, Falcão foi demitido, tendo comandado a equipe por 15 jogos (cinco vitórias, sete empates e três derrotas). Ele comandou a equipe em um único torneio oficial, a Copa América, e terminou como vice-campeão em 1991. A Argentina foi a campeã.

ABAIXO, OS GOLS DE ESPANHA 3 X 0 BRASIL EM 12 DE SETEMBRO DE 1990, ESTREIA DE PAULO ROBERTO FALCÃO COMO TREINADOR DA SELEÇÃO BRASILEIRA, EM GIJÓN, NA ESPANHA. A NARRAÇÃO É DE GALVÃO BUENO (TV GLOBO). O VÍDEO FAZ PARTE DA PÁGINA "FLÁVIO BACCARAT FUTEBOL E CARNAVAL", DO YOUTUBE

FICHA TÉCNICA DA PARTIDA

ESPANHA 3 X 0 ESPANHA 

AMISTOSO INTERNACIONAL

DATA: 12 de setembro de 1990

Local: Estádio El Molinon, em Gijón (Espanha)

Árbitro: Pietro d´Elia (Itália).

Gols: Carlos Muñoz (1º tempo), Fernando (2º tempo) e Michel (2º tempo).

Espanha: Andoni Zubizarreta (Ablanedo); Manuel Sanchis, Ricardo Serna e Nando; Juan Antonio Goicoechea, Roberto Fernández (Alkorta), Michel, Rafa Paz (Bango) e Fernando; Emilio Butragueño (Manolo) e Carlos Muñoz (Eloy). Técnico: Luis Suárez Miramontes.

Brasil: Velloso; Gil Baiano, Paulão, Márcio Santos e Nelsinho; Cafu (Paulo Egídio), Donizete Oliveira, Moacir e Neto; Charles (Jorginho) e Nílson. Técnico: Paulo Roberto Falcão.