por Marcos Júnior Micheletti
Francisco Paulo Sant´Ana, o Paulo Sant´Ana, cronista esportivo radicado em Porto Alegre, morreu aos 78 anos em 19 de julho de 2017, com quadro de infecção generalizada. Ele havia feito uma cirurgia na próstata recentemente e estava internado no Hospital Moinhos de Vento, na região central de Porto Alegre.
Natural de Porto Alegre, onde nasceu em 15 de junho de 1939, Sant´Ana estava afastado de suas atividades na Rádio Gaúcha-AM de Porto Alegre. Na emissora da capital gaúcha ele participou durante muitos anos do programa "Sala de Redação".
Formado em Direito, Paulo Sant´Ana também foi Delegado de Polícia antes de ingressar no jornalismo, onde notabilizou-se por opiniões fortes e polêmicas, o que lhe abriu portas para trabalhar em diversos veículos gaúchos, como o jornal Zero Hora, RBS e a Rádio Gaúcha.
Gremista assumido, Sant´Ana também teve uma incursão na política na década de 1980, como vereador portoalegrense pela extinta ARENA, na época do bipartidarismo, sigla que defendia o regime militar em contraponto ao único partido de oposição no período, o MDB.
ABAIXO, UMA DAS POLÊMICAS PROTAGONIZADAS POR PAULO SAN´ TANA, QUANDO DISCUTIU AO VIVO COM O JORNALISTA KENNY BRAGA NO PROGRAMA "SALA DE REDAÇÃO" DA RÁDIO GAÚCHA, EM 2014.
No dia 20 de julho de 2017, Paulo Sant´Ana foi homenageado pela coluna "Obituário", do jornal Folha de S.Paulo
Paulo Sant´Ana (1939-2017)
Mortes: Fez os gaúchos lerem jornal de trás pra frente
FERNANDA PEREIRA NEVES
DE SÃO PAULO
Eternos rivais do futebol brasileiro, Grêmio e Internacional começaram a última quinta (20) com mensagens muito parecidas: um lamento pelo jornalista Paulo Sant´Ana.
Com isso, os menos informados poderiam imaginar o homenageado como um torcedor neutro, de palavras macias, já que conquistou os dois clubes, mas estariam errados.
Sant´Ana era sarcástico, perspicaz e extremamente crítico, além de gremista fanático. Mas, acima de tudo, alimentava a rivalidade saudável dos torcedores gaúchos.
Nascido em Porto Alegre, foi feirante e inspetor de polícia antes de entrar para o jornalismo, no início da década de 1970, como comentarista esportivo da Rádio Gaúcha.
"Foi o primeiro jornalista a assumir seu clube do coração em um Estado com uma cultura de polarização muito grande. Isso deu destaque", lembra Eduardo Sirotsky Melzer, amigo e presidente do Grupo RBS.
Considerado um jornalista multimídia, também escreveu crônicas no jornal "Zero Hora" e fez comentários no "Jornal do Almoço", da TV RBS.
Brincalhão, engraçado, estava em todas as rodinhas de conversa que se formavam na redação. Diante das câmeras, chegou a arriscar no canto, na dança e a usar fantasias.
Na década de 1980, ganhou ainda mais destaque escrevendo sobre assuntos gerais em uma coluna na penúltima página do "ZH". Foi abordando questões como acidentes de trânsito, inflação e preço da gasolina que Sant´Ana fez os gaúchos começaram a ler o jornal de trás pra frente.
Morreu na noite de quarta-feira (19), aos 78 anos, após um ataque cardíaco. Deixa a mulher, Inajara, e três filhos.
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