Paulo Gracindo Leão, o Paulo Leão, o centroavante que um dia marcou cinco gols pelo Guarani em apenas 15 minutos, morreu na madrugada do dia 8 de abril de 2015, em Campinas-SP, aos 76 anos, vítima de falência múltipla de órgãos. O ex-atleta estava há mais de três meses internado na UTI do Hospital de Clínicas da Unicamp.
Ele era professor de Educação Física e trabalhava em uma imobiliária na cidade de Campinas (SP), onde morava. Paulo era casado e tinha cinco filhos.
"O futebol não é um vício, mas estou vendo qualquer um trabalhando como treinador. Acho que tenho condições de trabalhar em algum time. Gostaria de ser auxiliar técnico em uma boa equipe", dizia Paulo Leão, que dirigiu várias equipes no futebol brasileiro, entre elas a Ponte Preta, o Guarani e o Avaí.
Como jogador, Paulo Leão começou a carreira no Guarani. Em uma partida contra o Taubaté, no começo dos anos 60, Paulo Leão que estava na reserva, foi o herói da vitória bugrina, de virada. Ele marcou cinco gols em apenas 15 minutos, mas, mesmo assim, um jornalista de Campinas (Paulo Rosky, do Diário do Povo), publicou assim a avaliação do centroavante: "Paulo Leão: marcou cinco gols e mais nada. Nota 2" (risos). Mas, o centroavante, apesar da avaliação bastante equivocada além de cômica do jornalista, garantia não ter ficado nervoso. "Acho que ele estava de bronca comigo (risos)", comentou certa vez o ex-atacante.
O autor da "célebre" nota dada ao jovem Paulo Leão foi o saudoso jornalista Paulo Rosky. Ele escrevia no tradicional jornal campineiro "Diário do Povo" que continua firme e forte "no ar" com boas tiragens. Paulo Rosky, autor daquela pérola jornalística, morreu em Campinas (SP) em setembro de 1987. E quem escalou Paulo Leão naquele Guarani 5x1 Taubaté foi o também saudoso treinador e zagueiro-central Armando Renganeschi, argentino de nascimento e brasileiro por afeição.
Em 1963, o Guarani negociou Paulo Leão. "Deixei o clube para jogar no Palmeiras. Na época, eu me lembro que foi uma negociação cara", contava o ex-centroavante, que fez parte do time alviverde campeão paulista daquele ano.
Com a camisa palmeirense, o atacante fez 25 partidas (16 vitórias, sete empates e duas derrotas) e marcou oito gols (segundo números do "Almanaque do Palmeiras", de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti).
Em 64, um ano após conquistar o Paulista pelo Verdão, ele saiu do estado de São Paulo e foi jogar no América do Rio, que era dirigido por Zizinho e tinha jogadores como o ponta-esquerda Eduardo, que depois jogou no Corinthians. Depois do América, ele ainda jogou no Botafogo e na Francana, onde encerrou a carreira com apenas 32 anos. "Estava cansado de jogar. Queria fazer faculdade de Educação Física em Ribeirão. Por isso, parei", explicava.
Logo depois, Paulo Leão começou a carreira de técnico. Em 78, ele assumiu a Ponte Preta, que tinha sido vice-campeã paulista um ano antes (sob o comando de Zé Duarte). Em 81, o ex-atacante foi o treinador do Avaí, campeão catarinense. "Levei bons jogadores para o Avaí, entre eles o meia Eli e o ponta-esquerda Carlinhos (ambos ex-Corinthians), e o time foi bem", dizia Paulo Leão, que em 87 voltou a trabalhar em Campinas e com uma equipe cheia de estrelas. "Dirigi o Guarani, que tinha o Neto, o Evair e companhia. Era outro grande time", lembrava o ex-centroavante, que também trabalhou como técnico no Botafogo de Ribeirão, no Uberaba (MG), no Moto Clube (MA) e outras equipes do futebol brasileiro.
FICHA TÉCNICA:
NOME COMPLETO: PAULO GRACINDO LEÃO DATA DE NASCIMENTO: 18/11/1938 - LINS (SP) QUANDO PAROU DE JOGAR: 1970 ONDE JOGOU: GUARANI (1956), PALMEIRAS (1961), AMÉRICA DO RIO (1963), BOTAFOGO DE RIBEIRÃO (1964), PONTE PRETA (1968) e FRANCANA (1969). QUANTOS FILHOS: CINCO. ONDE MORAVA: NO BAIRRO DE PROENÇA, EM CAMPINAS (SP) O QUE FAZIA: CORRETOR DE IMÓVEIS.
por Rogério Micheletti RETIFICAÇÃO:
Para: Milton Neves De: Walter Roberto Peres Milton, bom dia. Cometi um equivoco e humildemente gostaria de repará-lo. Com respeito àquele estádio em que América do Rio jogou em 1963 na cidade de Praga, verifiquei junto ao clube proprietário (F.C. Bohemians - 1905) e obtive a informação de que o mesmo ainda existe (chama-se Dolicek Stadium), tendo sido apenas reformado parcialmente nos últimos três anos (agora todos os lugares têm assentos). Do interior do campo ainda é possível ver os prédios antigos, conforme fotos em anexo. As fotos do estádio em construção que enviei anteriormente são referentes ao novo estádio do Slavia (também no meio de vários prédios), que está em fase final de construção.
Veja abaixo a troca de mensagens:
Good afternoon ! In a near past, I saw in your website photos of the Dolicek Stadium (Bohemians Stadium) in Prague. Now these photos are not available anymore. Can you please inform is this stadium was dismountled or renewed ? I saw in other sites that the other stadium in Prague (Sparta´s stadium) was repleaced by an modern arena. Is that correct ? Many thanks in advance for your assistance on this matter Kindest Regards Walter Santos - Brazil To: Libor Koubek Fm: Walter Peres Noted your last with thanks. Was this stadium renewed after this old attached photo taken in 1963 ? The buildings behing the playing fild still can be seen if a photo taken today by the same position ? Many thanks in advance Best Regards Walter Santos - Brazil It was renewed a little during last 3 years, now all seated. The buildings stil in the same postition LK Hello, it seems the black white photos are quite old and it´s Sparta stadium. The coloured photo is new stadium of Slavia which is finishing in these days. But we are Bohemians, so I can´t give you more information, don´t know.. Have a nice day Jakub Havrda Fanshop Bohemians 1905 Vr?ovická 31, 101 00 Praha 10 www.bohemians1905.cz Como pode ver, o estádio ainda existe e os prédios antigos ainda estão lá (felizmente.....) Abraços e desculpe. Walter
Em pé, da esquerda para a direita: Nicanor, Ferrari, Ditinho, Hilton, Heraldo e Diogo. Agachados: Paulo Leão, Dorival, Cabrita, Benê e Osvaldo. Foto retirada do blog Tardes de Pacaembu
Coluna "Causos do Miltão", que conta a divertida história do inusitado choro do Rei Pelé, em seu belíssimo apartamento no coração de Manhattan, Estados Unidos, quando atuava pelo New York Cosmos. Imagem: Revista Placar
Em pé, da esquerda para a direita: Dimas é o primeiro, Cidinho o terceiro, Heraldo o quinto e Diogo o sexto. Agachados, da esquerda para a direita: Dorival, Bataglia, Paulo Leão, Cido e Osvaldo.
Paulo Leão posa com a camisa verde do Palmeiras, em 1965. Foto: Walter Peres
Valdemar Carabina, Djalma Santos (atrás), Servílio, Valdir Joaquim de Moraes e Paulo Leão. Foto: arquivo de Valdir Joaquim de Moraes
Em pé, da esquerda para a direita: Paulo Leão, Beraldo, Djalma Dias, Tarciso, Zé Carlos, Bellini, Paulo Borges, Zé Carlos II, Zé Roberto, Orlando e pessoa não identificada. Agachados: Nivaldo, Garrincha, Dirceu Kruger, Tião Abatiá, Lance, Ivair, Toninho, Zé Luis, massagista Ditinho e Paraná. Foto enviada por Moisés Bueno
A foto é de 1963. Em pé: o primeiro, com a mão no bolso é Ferruccio Sandoli e os outros dois são Arnaldo Tirone e Geninho (da esquerda para à direita). Eles conversam com os jogadores do Palmeiras. na primeira fileira, da esquerda para a direita, o segundo é Djalma Santos, depois Tarciso, Dorival e Servílio (com as mãoes nas canelas). Na fileira subsequente, atrás de Tarciso está Valdemar Carabina e depois Alencar, Paulo Leão e Aldemar. Atrás de Alencar está Ademir da Guia e à direita na foto aparece Renato. Na última fileira, o primeiro à esquerda é Vavá, o quarto é Reinaldo Lapão e o último é Nilo
Em pé, de sobretudo claro está o repórter Marco Antonio, da Rádio Tupi. Paulo Leão (se apresentando também) está sentado, de terno escuro e camisa branca. Em seguida: o ex-lateral do Guarani Ferrari e Cândido Garcia. Arquivo de Benedito Marcantonio
Equipe de Pouso Alegre (MG), em 1962. O último em pé é o goleiro Ideísio (ex-locutor esportivo). O penúltimo agachado é Paulo Leão
Em pé: Dimas, Ferrari, Ditinho, Walter, Eraldo Cabeção e Diogo. Agachados: Paulo Leão, Ilton Porco, Cabrita, Benê e Oswaldo
Os velhos prédios que circundavam o estádio na década de 1960 permanecem intactos. Verdadeiras relíquias arquitetônicas
Nova tomada da belíssima praça de esportes onde o querido ameriquinha exibiu-se na década de 1960
Foto atual do estádio onde o América jogou em 1963
Veja o que a prefeitura de Praga estava fazendo, em abril de 2008, no local do antigo e romântico estádio que serviu de cenário para uma das mais belas fotos do amplo acervo de nosso portal de memória esportiva. Ela construiu uma nova e moderna Arena, deixando de lado a saudade e o romantismo do passado.
Em pé: dirigente Ildo Nejar, até hoje atuante cartola da Confederação Sulamericana de Futebol, goleiro Pompéia (o Trapezista, já falecido), Jorge (herói do América na final do Campeonato Carioca de 1960 contra o Fluminense), William (o mineiro do Cruzeiro), volante Carlos Pedro, Sebastião Leonidas, o lateral-esquerdo Itamar e o massagista Olavo, já falecido. Agachados: Uriel, Paulo Leão, Zezinho (jogou também no Flamengo), João Carlos e Abel. Detalhe: Sebastião Leonidas, no início dos anos 60, já sabia como fazer a linha de impedimento que o mundo pensa ter sido inventada por Rinus Michels, técnico da Holanda, na Copa de 74 na Alemanha. Quem afirma sempre isso é o técnico Zagallo
Paulo Leão (esq) e Ferrari, em dezembro de 1962, quando foram apresentados como novos reforços do Palmeiras.
Paulo Leão e Ferrari em Campinas, em 1998. Uma amizade que o tempo não apagou
Paulo Leão em Campinas. Foto de Renato Otranto
Em pé: integrante da comissão técnica, Duda, zagueiro não identificado, o goleiro Manzato, Elias, Alemão e um jogador não identificado. Gibi é o primeiro agachado, seguido por Paulo Leão e Zé Marcos
Da esquerda pra direita: Dorival, Tarcisio, Nelson Coruja, Paulo Leão, Ferrari, Tupãzinho, Germano, Toninho, Reinaldo Pelé, Caravetti e Mário Travaglini - os demais eram dirigentes do Palmeiras do time de aspirantes
Paulo Leão (esquerda) e Ferrari, em Campinas-SP, no dia 14 de setembro de 1998
Em pé: dirigente Ildo Nejar, goleiro Pompéia (o Trapezista, já falecido), Jorge (herói do América na final do Campeonato Carioca de 1960 contra o Fluminense), William (o mineiro do Cruzeiro), volante Carlos Pedro, Sebastião Leonidas, o lateral-esquerdo Itamar e o massagista Olavo, já falecido. Agachados: Uriel, Paulo Leão, Zezinho (jogou também no Flamengo), João Carlos e Abel. Detalhe: Sebastião Leonidas, no início dos anos 60, já sabia como fazer a linha de impedimento que o mundo pensa ter sido inventada por Rinus Michels, técnico da Holanda, na Copa de 74 na Alemanha. Quem afirma sempre isso é o técnico Zagallo. A imagem européia é maravilhosa e foi colhida em Praga, então capital da hoje dividida Tchecoslováquia. ´´Foi uma excursão que fizemos em 1964, ganhamos a maioria dos jogos e eu nunca vou me esquecer daquele estádio de Praga. Parecia que estávamos jogando no meio da rua, do lado de belos e históricos prédios´´, recorda Abel
Guarani em 1960: Em pé: Dimas, Ferrari, Ditinho, Walter, Eraldo e Diogo. Agachados: Paulo Leão, Ilton, Cabrita, Benê e Oswaldo. Foto enviada pelo jornalista Roberto Diogo.
Atuou em 25 jogos, sendo 16 vitórias, sete empates e duas derrotas. Marcou 8 gols. Fonte: Almanaque do Palmeiras, de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.