por Diogo Miloni
Paolo Rossi, "Il Bambino d´Oro", foi um atacante italiano que brilhou na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, sendo artilheiro da competição e algoz da Seleção Brasileira. Rossi morreu no dia 9 de dezembro de 2020, aos 64 anos, na Itália, vítima de câncer pulmonar.
Rossi era proprietário de um hotel na Itália, na Toscana, o Poggio Cennina. Clique aqui e conheça o hotel de propriedade de Paolo Rossi.
Natural da pequena cidade de Prato, na região norte do país, Paolo nasceu no dia 23 de setembro de 1953, e começou sua carreira no esporte aos 15 anos nas categorias de base do Juventus.
Na equipe de Turim, o ex-jogador não mostrou um bom desempenho e três anos mais tarde foi vendido ao Vicenza, que atuava na segunda divisão do Campeonato Italiano. Na Série B, Rossi conseguiu destaque e o título da competição, além de ser o artilheiro com 21 gols.
A série de boas exibições pesou e o atacante foi convocado para a Seleção Italiana, em 1977, um ano antes de sua primeira Copa do Mundo.
Em 1978, na Copa da Argentina, Paolo Rossi conseguiu um lugar na equipe principal e fez um mundial regular, levando seu país à quarta colocação.
Mas mesmo mostrando talento, o centroavante não foi bem aproveitado pelo Vicenza, e na temporada 1979/80, se transferiu para o Perugia, que havia conquistado o vice-campeonato nacional.
Em 1980, a carreira de Paolo Rossi foi manchada por dos maiores escândalos do futebol italiano. O artilheiro e mais 26 atletas estavam envolvidos com a Loteria Esportiva do país, e foram acusados de manipular os resultados de diversas partidas.
Como punição, Rossi ficou dois anos sem poder atuar. Porém, em 1981, o Juventus, clube em que foi revelado, fez uma proposta ao Vicenza e contratou o atacante.
Em 1982, o então treinador da seleção, Enzo Bearzot, convocou Rossi para a Copa do Mundo da Espanha. Sendo que sua pena acabou um mês antes do torneio mundial, permitindo-o participar da competição.
O desempenho da Azzurra na primeira fase da Copa foi muito ruim, com três empates nos três jogos, ficando empatado em pontos com a Seleção de Camarões. O desempate só foi possível graças a um gol marcado pelos italianos. Na segunda fase, também disputada em grupos, a Seleção Italiana caiu no chamado "grupo da morte?, ao lado de Argentina e Brasil. A primeira partida foi contra os argentinos, vitória apertada por 2 a 1, e uma boa exibição do Bambino de Ouro.
Já o segundo jogo, contra os brasileiros, Rossi faria a melhor partida de sua vida. Apesar de nunca ter sido um atacante genial, Paolo Rossi tinha um faro de gol incrível e dificilmente desperdiçava uma chance de gol.
Essa qualidade foi colocada à prova contra a Seleção Brasileira. O ex-jogador brilhou e marcou três vezes, acabando com o sonho do tetracampeonato na Espanha.
Na semifinal, o italiano marcou mais duas vezes e a Azzurra bateu a Polônia por 2 a 0. Com a vitória, a Itália começava a acreditar na conquista do tricampeonato e Rossi já era o destaque da Copa.
A última partida foi contra os alemães, e os adversários bávaros só aguentaram a pressão italiana por um tempo. Na volta do intervalo, a Azzurra mostrou sua força e com gols de Rossi, Tardelli e Altobelli, sagrou-se tricampeã mundial.
Em 1986, o ex-jogador também foi convocado para defender a seleção principal, mas a equipe fez uma péssima Copa e logo voltou para casa.
O ex-atacante só conquistou títulos no Juventus, vencendo dois Campeonatos Italianos, uma Copa da Itália, uma Supercopa Européia e uma Liga dos Campeões da UEFA.
Paolo Rossi também vestiu as camisas de Milan e Verona, mas sem o mesmo brilho dos tempos de Juventus. Em 1987, após uma lesão no joelho, o atacante decidiu encerrar sua carreira.
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