Mário Marinho

Jornalista
por Sérgio Quintella
 
Mário Lúcio Marinho, presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo) por duas vezes, nasceu no dia 20 de novembro de 1943, em Ribeirão das Neves, Grande Belo Horizonte (MG). Atualmente é colunista do blog chumbogordo.com.br.
 
Formado em jornalismo, começou a carreira no Diário da Tarde. Ainda em Minas, atuou também no Última Hora.
 
Mário Marinho mudou-se para São Paulo em 1968 para trabalhar como repórter policial do Jornal da Tarde, mas foi transferido para a equipe de esportes, de onde jamais saiu. Um dos fatos mais marcantes de sua carreira foi edição da capa do jornal depois de o Brasil perder para a Itália, na Copa de 82. A imagem de um menino chorando foi a responsável pelo recorde de vendas: 250.000 exemplares.
 
Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Em 2007 foi para a Rádio Eldorado, para participar do projeto esportivo da emissora.

Em 05 de julho de 1982, Mário Lúcio Marinho, então editor de esporte do saudoso Jornal da Tarde, escolheu a foto que marcou para sempre o jornalismo esportivo brasileiro.


No dia 31 de outubro de 2012, o Portal UOL com o repórter Adriano Wilkson escreveu sobre o personagem da capa histórica do JT


No fim do Jornal da Tarde, menino da tragédia do Sarriá conta como foto histórica marcou sua vida


Adriano Wilkson
Do UOL, em São Paulo
Aos 10 anos, José Carlos Vilella Jr. foi protagonista de um dos melhores momentos do jornalismo brasileiro. Aos 22, porém, já estava deixando seu pai sexagenário possesso com ele.
Na tarde de 5 de julho de 1982, no estádio do Sarriá, em Barcelona, o garoto foi clicado pelo fotógrafo Reginaldo Manente enquanto chorava a eliminação brasileira na Copa da Espanha.
No dia seguinte, seu rosto triste estampava a capa do "Jornal da Tarde?, na edição de maior tiragem da história de um dos mais importantes jornais de São Paulo. Somente a foto, ampliada, sem texto nenhum além da data da tragédia do Sarriá. A imagem ganhou o Prêmio Esso, láurea maior entre os jornalistas do país.

Doze anos depois, embarcado no sucesso involuntário do filho, José Carlos Vilella pai fez um coquetel em seu apartamento no Rio de Janeiro para recepcionar quase 30 jornalistas interessados em assistir à final da Copa de 1994 com a família. Outro jogo entre Brasil e Itália.
A pauta do dia era ver como o garoto reagiria em caso de mais uma derrota para o mesmo adversário depois de tanto tempo.
José Carlos primeiro aceitou. Na hora agá, sumiu. "Fiquei com medo de virar, de novo, a cara da derrota, o símbolo da tristeza?, afirmou o hoje advogado de 40 anos. "Pedi abrigo na casa de um amigo que meus pais não conheciam e vi a final lá?, completou.
Impacientes e frustrados, os jornalistas iniciaram uma caçada pelo bairro de São Conrado atrás de José Carlos e bateram na porta de todos os amigos lembrados pela mãe. Mas o rapaz não foi encontrado antes de Roberto Baggio isolar sua cobrança de pênalti no Rose Bowl.
"Quando ganhamos, voltei para casa e meu pai, que era muito vaidoso e tinha preparado tudo para aquele dia, ficou quase três meses sem falar comigo?, lembra o advogado, que hoje tem uma reprodução ampliada da capa histórica do JT pendurada na parede de seu escritório em Florianópolis.
A Copa do Mundo de 1982 foi a única in loco do garoto. Ele e a família foram convidados à Espanha pelo então presidente da Fifa, João Havelange. O elo entre eles era José Carlos Vilella pai, então advogado do Fluminense, conhecido no Rio de Janeiro como "Rei do Tapetão? pela capacidade de consertar os erros do tricolor nos tribunais.
"Ali do meu lado no estádio tinha um monte de gente importante do futebol. Vi uns fotógrafos, mas não conseguia parar de chorar. Minha mãe tentava me consolar, me enganar que o Brasil não tinha saído da Copa, que ainda tinha repescagem, mas eu já entendia tudo.?
A primeira pessoa que chamou a atenção do fotógrafo Reginaldo Manente segundos depois da consumação da tragédia do Sarriá foi mesmo a mãe de José Carlos

Abaixo, confira a chamada do programa “Mesa Redonda” de 1987, com Roberto Avallone, Cléber Machado, Mário Marinho e Milton Neves:

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