Leonardo

Ex-atacante de Sport, Corinthians e Vasco

por Rafael Serra

Leonardo Pereira da Silva, o Leonardo, nasceu em Picos, Piauí, e foi um futebolista brasileiro, cuja passagem de maior destaque foi pelo Sport Recife, onde se tornou terceiro maior artilheiro da história do clube, com 133 gols.

Morreu no dia 1º de março de 2016, aos 41 anos, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.

Lançado como profissional no Sport, em 1994, Leonardo logo se destacou. Campeão pernambucano e da Copa do Nordeste, se transferiu ao Vasco da Gama já na temporada seguinte. Na Colina, porém, o sucesso de outrora não se repetiu, e o atacante acabou emprestado novamente, desta vez para o Corinthians.

Mesmo deixando boa impressão, inclusive com três gols marcados na Libertadores de 1996, Leonardo foi relegado ao banco de reservas assim que Valdir Espinosa chegou ao clube, trazendo consigo jogadores mais rodados para ocupar o setor ofensivo.

Ao sair do Alvinegro, o atacante foi repassado justamente ao rival Palmeiras, onde por conta da forte concorrência, recebeu poucas oportunidades.

Em 1997, em seu retorno ao Sport, Leonardo voltou novamente a se destacar. Conquistou o tricampeonato estadual entre 98 e 2000, e ajudou a levar o Leão da Ilha às quartas de final do Brasileirão de 1998.

Passou também por Cruzeiro, Vitória, Belenenses-POR, e outras equipes tradicionais.

Deixou os gramados em 2012, quando passou a se dedicar ao “garimpo” de jovens atacantes para as categorias de base do Sport Recife, clube onde se consagrou.

Em 2014, por conta de uma neurocistecercose, doença que afeta o sistema nervoso central e que geralmente é causada pela ingestão de carne suína contaminada, o ex-jogador foi internado e seu estado de saúde piorou gradativamente. Faleceu no dia 1° de março de 2016, em decorrência de falência múltipla dos órgãos.

Abaixo, confira a matéria que o Diário de Pernambuco publicou no dia 1 de março de 2016 sobre o ex-joagdor Leonardo:

postado em 01/03/2016 20:50 / atualizado em 02/03/2016 16:33
Daniel Leal /Diario de Pernambuco , Fred Figueiroa /Diario de Pernambuco

-> Técnico de Leonardo em 2000, Émerson Leão justifica não convocação à Seleção Brasileira
- Treinador foi pego de surpresa com a notícia da morte do seu ex-atleta e falou com muito carinho da época em que comandou o atleta em uma das suas melhores fase

O técnico Émerson Leão comandou Leonardo em uma das melhores fases de toda a carreira do atacante. Foi além de comandante, cúmplice, amigo. Da ligação feita pela reportagem do Superesportes, a surpresa com a notícia da morte do ex-atleta. "Que Leonardo? Atacante? O que foi meu atleta!? Sinto muito!", exclamou em tom de surpresa, antes de falar com muito carinho do ídolo rubro-negro falecido na tarde desta terça-feira, dia 1º de março.

Em meio à histórica campanha do Sport no ano de 2000, quando Leonardo era o craque e artilheiro do time na extinta Copa João Havelange (equivalente naquele ano ao Campeonato Brasileiro), Leão foi escolhido pela CBF para comandar a Seleção Brasileiro. Saindo da Ilha do Retiro, a expectativa da torcida era a de ver o maior ídolo do time convocado. À época, inclusive, muitos estranharam Leomar (volante), em vez de Leonardo.

A justificativa de Leão vem nas entrelinhas. Embora não tenha falado com todas as palavras, o ex-treinador deixou transparecer problemas extracampo. Situações contornáveis no Sport, mas que, segundo ele, não caberiam na Seleção Brasileira.

"Com o jogador, entre eu e ele, tínhamos uma coisa bem definida. Eu usava como atleta o máximo que ele podia, mas nem todos os dias ele podia. Era uma coisa mais intíma nossa. Às vezes, ele chegava debilitado e eu mandava dormir, entende? Eu tinha muito apreço por ele, além de ser um craque, era um menino que poderia ter ido muito além do que foi", afirmou.

Émerson Leão apontou ainda problemas relativos a uma tuberculose mal curada. Mais precisamente sobre a não convocação, respondeu assim: "Aí já é outro mundo (a Seleção). Às vezes, o que acontece em um momento com um jogador, não acontece em outro lugar. Precisamos respeitar os lugares. O que diria é que nós com Leonardo erámos confidentes, tínhamos diálogo... mas em termos de Seleção, não se podia mais", ponderou.

"Tinha exames, uma série de coisas... é algo que vamos levar só para a gente", completou Leão, deixando as interrogações no ar. Finalizando a entrevista concedida, Leão, educadamente, eviou os pêsames. "Dê à família dele, à família rubro-negra, meus sentimentos. E que saibam que ele foi tratado dentro do Sport com muito respeito e carinho."

Em março de 2016, o jornal Folha de S. Paulo publicou a seguinte matéria, após a sua morte:

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