Juvenal

Ex-zagueiro do Flamengo, Palmeiras e Bahia
por Rogério Micheletti e Gustavo Grohmann / Fonte: Nivaldo Serva
 
Juvenal Amarijo, o Juva, zagueiro da seleção brasileira na Copa de 50, morreu no dia 30 de outubro de 2009 em Camaçari.
 
Ele era o último titular vivo da decisão do Mundial do Brasil, perdida para o Uruguai por 2 a 1, no famoso "Maracanazo".
Havia anos, Juvenal lutava contra uma artrose no joelho direito, que o impedia de se movimentar. O ex-defensor morava em Salvador.
 
Juvenal começou a carreira no Cruzeiro de Porto Alegre-RS, em 1947, e depois defendeu o Flamengo, o Palmeiras, o Bahia e o Ypiranga (BA), onde encerrou a carreira. Nascido no dia 27 de novembro de 1923, em Santa Vitória de Palmar (RS), Juvenal, que fez 11 partidas pela seleção, chegou a namorar com a cantora Araci de Almeida.
 
De 1951 a 1954, o zagueiro defendeu a camisa do Palmeiras. Pelo Verdão, foram 145 jogos (85 vitórias, 27 empates, 33 derrotas) e dois gols.
 
No Flamengo, jogou de 1949 a 1951. Com a camisa rubronegra atuou em 76 partidas (38 vitórias, 17 empates, 21 derrotas) e não marcou nenhum gol.
 
Fontes de consulta: * Almanaque do Palmeiras - Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti * Almanaque do Flamengo - Roberto Assaf e Clóvis Martins
 
Leiam abaixo o e-mail do internauta Alberto Filho, que faz um apelo sobre o estado do ex-beque:
"PREZADO JORNALISTA MILTON NEVES: ASSISTI A SUA DENÚNCIA SOBRE O ABANDONO DE JUVENAL AMARIJO, O JUVA DA COPA, QUE TEVE A INFELICIDADE DE PARTICIPAR DO DESASTRE DE 1950. MAS, ESQUECEM-SE DAS GLÓRIAS E ALEGRIAS QUE ELE DEU AO PALMEIRAS E AO ESPORTE CLUBE BAHIA, COMO GRANDE ZAGUEIRO. ESTA MESMA DENÚNCIA JÁ HAVIA SIDO FEITA POR UM JORNALISTA DO JORNAL "A TARDE" DAQUI DE SALVADOR. LIGUEI PARA A RÁDIO METRÓPOLE E PEDI A MÁRIO KERTEZ QUE ENCAMPASSE O CASO E CITEI, INCLUSIVE, A SUA DENÚNCIA. LOGO EM SEGUIDA UMA OUTRA PESSOA TAMBÉM LIGOU E INFORMOU QUE AMIGOS DELE (JUVENAL) HAVIAM SE MOVIMENTADO E CONSEGUIRAM TRANSFERI-LO PARA O HOSPITAL SANTO ANTONIO DAS OBRAS ASSISTENCIAIS DE IRMÃO DULCE. APELO PARA SUA ATENÇÃO E NÃO DEIXAR A COISA MORRER. O JUVENAL DEVERIA TER OUTRO TIPO DE ASSISTÊNCIA. UM ABRAÇO, ALBERTO DE PAULA FILHO".

 
 
Ainda sobre Juvenal, no dia 25 de novembro de 2007, recebemos o texto abaixo.
"Quando o Palmeiras contratou o zagueiro central Juvenal em 1951, a critica foi impiedosa contra os dirigentes palmeirenses. Um bonde, diziam! Zagueiro pesado, lento e mau caráter, etc. Juvenal tinha sido surpreendido bêbado na véspera do jogo Brasil x Uruguai da copa de 1950, em uma boate do Rio de Janeiro.
Quando estavam os políticos fazendo a festa eleitoral no hotel onde estava a seleção. Juvenal foi até técnico Flavio Costa e pediu licença, para visitar sua mãe porque estava com muita saudade dela. Mas ao invés de ir visitar a mãe, foi para uma boate e bebeu todas. O gerente o reconheceu e ligou para o hotel, relatando o que estava acontecendo. Juvenal foi levado de volta completamente bêbado. (Relato de Friaça no programa memória, da radio bandeirantes).
No Palmeiras, Juvenal estreou no dia 18 de Abril daquele ano de 1951, num amistoso internacional, contra o Penarol, no estádio centenário em montevidéu, menos de um ano depois de perder a copa do mundo em pleno, maracanã. Ele estava na zaga onde tinha Oberdã, Salvador, Waldemar Fiume, Luiz Villa e Dema. Lima (Osvaldo) Aquiles, Liminha, Jair e Rodrigues. Técnico, O Uruguaio, Ventura Cambon.
No campo ele foi um jogador bom e disciplinado. Em sua vida particular já não era o mesmo. Sua esposa fez queixa crime, contra ele na delegacia do bairro onde morava, por uma surra bem dada que ele havia aplicado nela. Quando ele estreou no Palmeiras, o time de parque antártica, tinha acabado se sagrar campeão do torneio Rio São Paulo em cima do Corinthians por 3x1, com dois gols de Jair Rosa Pinto e um de Aquiles. Portanto Juvenal estreava num time campeão, sendo ele campeão logo a seguir da Copa Rio (torneio mundial de clubes).
Juvenal era um jogador ousado, naquela época zagueiro tinha que ficar na sua área defendendo e nada mais. Juvenal não. Ele queria marcar gols quando o time estava perdendo ou empatando. Em Janeiro de 1954, ainda pelo campeonato paulista de 1953, o Palmeiras jogava no parque antártica contra a Ponte Preta, pelo segundo turno do campeonato. O primeiro tempo terminou por 2x2, Moacir e Liminha para o Palmeiras e Lanzoninho e Jansen para a Ponte Preta. Aos 22 minutos do segundo tempo Jansen fez 3x2 para a Ponte Preta. Ai deu a louca no Juvenal. Ele se mandou à frente, desobedecendo aos gritos do técnico Cláudio Cardoso. Numa de suas investidas a frente, marcou um gol, empatando o jogo, e depois deu o passe para Liminha marcar 4x3, para o Palmeiras. As manchetes foram de glamour. Mas ele correu o risco de ser o culpado pela derrota, como foi, um dos apontados pela derrota do Brasil naquele triste 16 de Julho de 1950.
Seu ultimo jogo no palmeiras foi em 13 de maio de 1954, num amistoso contra o Juventus no Pacaembu com empate de 2x2. É muito triste ver Juvenal hoje abandonado num barraco na Bahia, sem poder andar, vivendo de esmolas dos vizinhos. Foi presenteado com uma televisão para poder ver o esporte que ele tanto jogou. Mas o que ele queria mesmo era poder voltar a andar. Ganhou um andador, e mesmo assim precisa da ajuda de pessoas para timidamente dar uns passos. Ele que tinha um porte físico avantajado esta um verdadeiro trapo humano. Que pena!
Mario Lopomo"
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Pelo Palmeiras:

De 1951 a 1954, o zagueiro defendeu a camisa do Palmeiras. Pelo Verdão, foram 145 jogos (85 vitórias, 27 empates, 33 derrotas) e dois gols.
Fonte: Almanaque do Palmeiras, de Celso Unzelte e Mário Sérgio Venditti.

Pelo Flamengo:

No Flamengo, jogou de 1949 a 1951. Com a camisa rubronegra atuou em 76 partidas (38 vitórias, 17 empates, 21 derrotas) e não marcou nenhum gol.
Fonte: Almanaque do Flamengo, de Roberto Assaf e Clóvis Martins.

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