Dirceu Cabral

Jornalista esportivo

por Marcos Júnior Micheletti/colaborou Dirceu Cabral

O jornalista Dirceu da Silva Cabral, ou simplesmente Dirceu Cabral, que trabalha em rádio e como assessor de imprensa, é natural da cidade de Timburi, interior de São Paulo, onde nasceu em 06 de agosto de 1953. Casado com Maria de Fátima (seu segundo casamento), morador do bairro de Moema, zona sul de São Paulo, o querido Dirceu Cabral é pai de quatro filhos (Diego, Graziella, Luísa e Victor), e avô de três netos, todos filhos de Graziella: Rafael, Bianca e Júlia.

Sua carreira jornalística começou em 1973, quando ainda era estudante na Fundação Cásper Líbero. Na ocasião fez um teste organizado por Roberto Petri, que era chefe de esportes da Rádio e TV Gazeta.

Dirceu Cabral e Flávio Prado foram os finalistas do teste e contratados como repórteres. Além deles, Galvão Bueno entrou como comentarista na emissora paulistana. Neste período, Cabral participou de várias mesas redondas da Gazeta, uma referência no pós jogo das rodadas do futebol.

Trabalhou na antiga Tupi, na equipe de Haroldo Fernandes (o camisa 10 entre os narradores antigos), depois na Rádio Jovem Pan por 10 anos e também na Rádio Bandeirantes.

A partir de 1980 ingressou na mídia impressa, passando pelos jornais Folha de São Paulo e A Gazeta Esportiva (por 19 anos).

Com o advento da internet, Cabral também atuou como repórter do portal do jornal O Estado de São Paulo.

Além destas atividades, criou o jornal da Federação Paulista de Handebol e foi assessor de imprensa do São Paulo Futebol Clube entre 1999 e 2001.

Dirceu Cabral guarda lembranças inesquecíveis, que marcaram sua bonita e competentíssima trajetória profissional.

"Participei de uma excursão do São Paulo em Roma, na Itália. Ganhei um sorteio entre repórteres na ACEESP para ser o jornalista da delegação e lá fomos convidados para uma visita ao Vaticano e fiquei frente a frente ao Papa, bem juntinho a João Paulo II. Na época o São Paulo tinha Careca, Oscar, Dario Pereyra, Pita...etc...e o técnico Cilinho. Ficar frente a frente com o Papa foi marcante, algo inesquecível....ainda mais agora que ele virou Santo. (posso dizer que conheci esse santo pessoalmente)", relembra Cabral.

Outro ponto marcante para o jornalista foi uma entrevista que fez com Pelé, em 1980.

"Em 1980 na casa dele na Ponta da Praia.  Nossa, o Pelé sempre foi um Deus pra mim na época de menino , lá em Timburi, num sitio onde eu morava. De repente eu estava alí entrevistando-o", recorda-se o jornalista.

É claro que ao longo de sua carreira, alguns momentos tristes também aconteceram, e a morte de Fiori Giglioti figura entre eles.

"Fui escalado pela Rádio Bandeirantes, em 2006, para cobrir o velório do Fiori Giglioti no cemitério do Morumbi. Foi triste pra mim porque na época de jovem, em Timburi, minha cidade natal eu ouvia o Fiori no radinho de pilha e sonhava em um dia conhece-lo, mas nunca imaginava que pudesse também um dia fazer a matéria jornalística no dia de seu sepultamento. Aquilo me chocou muito mas tive de fazer como jornalista", emociona-se Cabral.
 
Curiosidades

Com Paulo Roberto Falcão:

"Um dia como repórter da Rádio Jovem Pan liguei para fazer uma matéria com o procurador do Falcão que se se chamava Cristovão Colombo. Liguei e a secretaria perguntou quem queria falar com o Dr. Cristovão Colombo. Eu respondi que era o Cabral. Ela bateu o telefone pois pensou que era brincadeira... Afinal, um Cabral querendo falar com o Colombo parecia piada mesmo. Depois liguei de novo e expliquei a ela. Mas que foi engraçado, foi... diverte-se Dirceu Cabral.

Com Ayrton Senna:

"Nos anos 80 fui escalado pela Rádio Jovem Pan para fazer uma entrevista com o Ayrton Senna. Eu sabia pouco sobre automobilismo, só o básico mesmo. Daí pedi para o saudoso Candido Garcia - um expert no assunto - elaborar umas perguntas para eu fazer ao Senna. Fui com o questionário que o Candinho preparou e, depois da entrevista no escritório do falecido piloto, em Santana, o Ayrton brincou comigo. `Puxa, sua perguntas foram boas, parece que você é do ramo´, disse o Senna. Depois agradeci o Candinho", comenta Dirceu.

Com Rogério Ceni:

"um dia em fevereiro de 1999 quando eu era Assessor de Imprensa do SPFC, conversando com o Rogério Ceni ele pediu que eu iniciasse a contagem dos gols dele. Na época era uns vinte. Iniciei o controle numa ficha. Recentemente ele completou 100 gols. Me lembrei daquela passagem com ele e fiquei emocionado em lembrar que ajudei ele no início da contagem.

Com Milton Neves:

"O Milton Neves me acionava na Jovem Pan e depois na Rádio Bandeirantes sempre dizendo: `Agora notíciário do São Paulo com ele, Dirceu Cabral, o Dr. São Paulo´. Até hoje muito gente brinca comigo me chamando de Dr. São Paulo," recorda-se Cabral.

O profético Dirceu Cabral:

Falando em Milton Neves, o próprio Milton relembra de um episódio interessante (e profético de Dirceu Cabral).
"Lá pelos anos 80, o Dirceu, ao vivo na rádio, me diz o seguinte:
- Milton eu estou ao lado do Cafu, um menino que será o futuro lateral-direito da Seleção Brasileira, anteviu Cabral.
Aí eu falei com o menino e perguntei qual o nome dele e ele disse que era Marcos. Emendei: e sua idade? 17 anos, ele respondeu. Pra encerrar, falei: é casado ou solteiro? Sou solteiro. E quantos filhos você tem? Três, o jovem Cafu respondeu...", diverte-se Milton Neves até hoje com a história.

Abaixo, confira a entrevista de Dirceu Cabral a Marcos Júnior Micheletti, repórter do Portal Terceiro Tempo em 28 de junho de 2011, falando sobre essas histórias memoráveis de sua carreira:


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