Cané, meia-direita revelação do Olaria do Rio de Janeiro no início dos anos 60, mora em Nápoli, na Itália, onde está aposentado.
Pretendido por Fla, Flu, Vasco, Botafogo e Santos, em 1962, Cané recusou as propostas brasileiras e aventurou-se a jogar no então semi-fechado futebol italiano.
E, mesmo sem a fama de Mazzola, Sormani, Amarildo, Dino da Costa, Jair da Costa, Nenê, ex-Santos FC, Chinesinho, Dino Sani e Vinicios _outros brasileiros com grande destaque à época na Itália_ brilhou em cinco clubes italianos (e um suíço), que defendeu entre 1962 e 1976.
Casado com uma italiana, o ex-jogador tem um filho, duas filhas, três netos _todos italianos_ e só voltou ao Brasil três vezes, desde 1962.
Em 1990, em meio à Copa da Itália, entrevistei Cané por 12 minutos pela Rádio Jovem Pan AM de São Paulo. Seu português já era muito prejudicado, quase esquecido, mas confessou a enorme saudade que sentia do Rio, do Brasil e especialmente do estádio da Rua Bariri, sede do Olaria AC, onde começou.
Na referida entrevista quem atendeu a ligação foi uma de suas filhas que não falava uma só palavra em português. E eu quase nada de italiano. O principal momento de Cané foi no Nápoli, nos anos de 1964, 65 e 66.
por Milton Neves
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