Dono das principais características de um verdadeiro camisa 10, Juan Román Riquelme é considerado um dos mais talentosos meio-campistas que a Argentina já produziu. Em 2012, defendendo as cores do Boca Juniors, chegou na decisão da Copa Libertadores diante do Corinthians, mas foi derrotado pelo clube brasileiro. Após a partida, anunciou sua saída da equipe xeneíze.
Riquelme anunciou a sua aposentadoria do futebol em janeiro de 2015, aos 36 anos.
O craque foi vice-presidente do Boca Júniors por quatro anos, assumindo o cargo máximo do clube após vencer a eleição de dezembro de 2024.
Natural de Buenos Aires, Román, como gosta de ser chamado e utiliza nas costas de sua camiseta, começou sua carreira nas categorias de base do Argentinos Juniors, em 1995. Curiosamente, o mesmo clube que revelou outro grande armador albiceleste: Diego Armando Maradona.
Aliás, não foi apenas no modesto clube da capital argentina que a trajetória do Pibe d´Oro se encontrou com a história de Riquelme. Em 1996, o tradicional Boca Juniors acertou a transferência do garoto de muito potencial. Em pouco tempo, o meio-campista já era titular da equipe xeneíze, pela qual conquistou o bicampeonato da Copa Libertadores, em 2000 e 2001.
Um dos principais nomes do elenco, o camisa 10 provou que já era craque formado e não demorou para que os gigantes do Velho Continente debruçassem seus interesses na contratação do criativo armador. A primeira escala deu-se em solo catalão: o Barcelona, em 2002, trouxe o argentino para seu já estrelado plantel. Porém, uma temporada foi o suficiente para a frustração de torcedores e dirigentes do Barça.
A segunda experiência europeia foi também na Espanha, mas desta vez na equipe do Villareal. Entre 2003 e 2008, Riquelme fez 187 partidas oficiais, deixando sua marca nas redes adversárias por 51 vezes. O maior feito no Submarino Amarelo foi também a maior tragédia de sua carreira: em 2004, o argentino ajudou seu time a chegar na semifinal da Liga dos Campeões, quando enfrentou o Arsenal por uma vaga na grande decisão.
Após derrota em Londres, os espanhóis confiavam na classificação atuando no estádio El Madrigal. Muita pressão não resultou em gol, até que aos 42 minutos da segunda etapa, o juiz marcou pênalti para o Villareal. Riquelme, o craque do time, foi para a cobrança e acabou desperdiçando a chance de disputar o topo da Europa.
É errado dizer que este lance foi preponderante para a saída do argentino do futebol espanhol. Tanto que sua vida por lá durou mais quatro anos. Em 2007, emprestado pela equipe espanhola, mostrou todo seu talento em mais uma Copa Libertadores, desta vez vencendo o Grêmio na decisão. Um ano depois, aceitou diminuir seu salário para retornar ao clube de coração. Román estava de volta ao Boca.
Pela Seleção Argentina, o meio-campista foi convocado pela primeira vez em 1997 e participou da Copa do Mundo de 2006. Marcou 17 gols em 51 partidas oficiais.
No dia 17 de julho de 2014, Riquelme foi anunciado como novo jogador do Argentino Juniors, onde deu o pontapé inicial de sua carreira.