Paes

Ex-meio-campista da Portuguesa
por Rogério Micheletti
 
Talvez ele tenha sido o jogador brasileiro com mais sucesso no futebol do Equador. Revelado pela Portuguesa no começo dos anos 60, Francisco José Paes, o Paes, hoje aposentado, residindo em São Paulo, jogou no meio-campo do time do Canindé de 1963 a 1971.
 
Lançado na equipe profissional pelo técnico Aymoré Moreira, Paes não se esquece da equipe que fez parte em 66: "A equipe era formada por Orlando (Félix); Zé Maria, Luisão, Marinho Peres e Geraldino; Lorico e Paes; Ratinho, Leivinha, Ivair e Rodrigues", lembra o ex-meia, que viveu seu melhor momento em 67, quando foi convocado para jogar pela seleção brasileira (também dirigida por Aymoré Moreira).

"Disputei a Copa Rio Branco pela seleção, que foi campeã batendo o Uruguai, em Montevidéu", conta Paes, que dois anos antes, em 65, havia jogada pela seleção paulista de juniores ao lado de Edu (ponta-esquerda do Santos) e Carbone.
 
Em 1971, ele foi emprestado pela Portuguesa ao Barcelona de Guaiaquil (Equador) para a disputa da Copa Libertadores da América. Mal sabia ele que começava um longo período do futebol equatoriano. "Depois da Libertadores, o Barcelona comprou o meu passe. Joguei 1982 lá e encerrei a minha carreira em 1984 jogando por outra equipe equatoriana, o Nove de Outubro", recorda o ex-jogador, que tentou a carreira de técnico no equador, dirigindo o Deportivo Cuenca, e no Brasil, comandando equipes juniores da Portuguesa e os times profissionais do Santa Fé (SP) e do Olímpia (SP).
 
"A carreira de treinador é muito difícil. Subi muito rápido como jogador, mas para ser técnico é outra coisa. Acredito que não me dei bem nessa função", fala o ex-meia, que hoje trabalha na Secretaria Municipal de Esportes de São Paulo dando aulas de futebol para garotos do bairro de São Mateus, na zona leste da cidade. Paes é casado, tem três filhos (duas mulheres e um homem) e mora no bairro da Vila Nivi, na zona norte da capital paulista.
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