Oswaldo Alvarez, o Vadão

Ex-meia do Guarani e técnico
por Marcelo Rozenberg

Oswaldo Fumeiro Alvarez, o técnico Vadão, foi um promissor meia-esquerda nas décadas de 1970 e 80. Em 20 de maio de 2020, foi internado na UTI do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para tratamento de um câncer no fígado descoberto no início daquele ano, mas, infelizmente, em estágio avançado. Cinco dias depois, em 25 de maio, Vadão, que tinha 63 anos, morreu. 
 
Pai de duas filhas, Vadão morava em Mogi Mirim. 
 
Nascido em 21 de agosto de 1956 na cidade de Monte Azul Paulista (SP), começou a carreira nas categorias de base do Guarani. Passou depois por vários clubes do interior paulista como Catanduvense, Noroeste e Botafogo de Riberão Preto até parar prematuramente.

"Quando me formei em Educação Física, percebi que não teria muitas perspectivas como jogador. Por isso, aceitei o convite de Pedro Pires de Toledo, então preparador físico da Portuguesa, para ser seu auxiliar", disse certa vez ao site Terceiro Tempo.
 
Adepto do esquema 3-5-2, Vadão ganhou notoriedade como treinador ao montar um time extremamente ofensivo no Mogi Mirim no início da década de 1990 que ficou conhecido como carrossel caipira, uma referência à seleção da Holanda que praticou o chamado "futebol total" na Copa do Mundo de 1974. Contava nesta época com jogadores que acabaram se destacando depois em grandes clubes do futebol brasileiro e mundial como Rivaldo e Válber.

Sua carreira seguiu com passagens por Atlético Paranaense, Araçatuba, XV de Piracicaba, Guarani, Mtaonense, Ponte Preta, Corinthians, São Paulo, Bahia e Verdy Tóquio.

Em setembro de 2007, assumiu o comando do Vitória da Bahia na disputa do Campeonato Brasileiro da Série B. No início da temporada seguinte, deixou o Rubro-Negro, substituído por Vagner Mancini.

Contratado pelo Goiás em maio para a disputa do Brasileirão, ele comandou o Esmeraldino nas seis primeiras rodadas do torneio, mas foi demitido um mês depois por causa de uma derrota para o Grêmio por 3 a 0 em pleno Serra Dourada. Em agosto de 2008, assumiu o São Caetano na disputa da Série B do Brasileiro. Ele ficou no Azulão até março de 2009 e foi demitido depois da derrota por 2 a 1 para o Corinthians, no Pacaembu (o gol da vitória do Timão foi de Ronaldo). Em seguida, assumiu o Guarani para a disputa da Série B do Brasileirão, permanecendo até março de 2010, sendo contratado no mês seguinte para dirigir a Portuguesa de Desportos, também na Série B, ficando no Canindé até outubro.

Em 06 de julho de 2011 foi anunciado como treinador do São Caetano, que ocupava na ocasião a 14ª colocação no Brasileiro da Série B, a um ponto da zona do rebaixamento.
 
No dia 05 de dezembro de 2011, Vadão acertou o seu retorno ao Guarani, com a missão de comandar o bugre campineiro no Paulistão e também na série B do Brasileirão de 2012.
 
Perto de completar um ano da sua quarta passagem pelo Guarani, no dia 20 de outubro de 2012, Vadão pediu demissão. O então técnico resolveu "abandonar o barco" após uma derrota do Bugre para o Atlético-PR, pela série B do Campeonato Brasileiro.

Comandou o Sport Recife sem sucesso, se desligando da equipe pernambucana no início de 2013.  Em 11 de março de 2013, assumiu o comando do Criciúma, onde ficou até agosto do mesmo ano. No dia 31 de janeiro acertou com a Ponte Preta, clube onde já trabalhou por 3 vezes.
 
No dia 13 de fevereiro de 2014 acertou com a Seleção Brasileira de Futebol Feminino, onde trabalhou até novembro de 2016. Sem clube e disponível no mercado, no dia 23 de março de 2017, Vadão foi anunciado pelo Guarani, mas permaneceu no Bugre pouco tempo, somente até o dia 29 de agosto.
 
No dia 25 de setembro de 2017, assumiu mais uma vez o comando da Seleção Brasileira de futebol feminino, permanecendo no cargo até 22 de julho de 2019, dia em que a CBF anunciou sua demissão.  

Vadão e Kaká

A primeira chance de Kaká no São Paulo foi dada por Oswaldo Alvarez, no início de 2001. Recuperado de uma séria contusão na coluna, o menino passou a treinar com os profissionais no CT da Barra Funda.

Havia outros garotos na frente do craque, mas, na época, o time júnior do Tricolor estava envolvido na disputa da Copinha e nenhum atleta poderia ser cedido.
 
O meio-campista arrebentou nos treinos e o técnico Oswaldo Alvarez o relacionou para a decisão do Torneio Rio-São Paulo, contra o Botafogo,  no Morumbi. Kaká marcou os dois gols da vitória por 2 a 1 e se tornou o herói do título.

A sequência da carreira de Ricardo Izecson dos Santos Leite todos nós conhecemos.
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