Márcio Rezende de Freitas

Ex-árbitro de futebol e ex-zagueiro
Um dos mais discutidos e corretos árbitros de futebol do Brasil, Márcio Rezende de Freitas também foi um vigoroso zagueiro entre o final da década de 1970 e o início da década de 1980. Mineiro nascido em Coronel Fabriciano em 22 de dezembro de 1960, defendeu Atlético Mineiro, América Mineiro, Itaúna e Votuporanguense.
 
Parou com a bola aos 23 anos após passar em cinco vestibulares e arrumar emprego no Banco Real, onde permaneceu por 15 anos. Mas não conseguiu se afastar do futebol, tornando-se árbitro com atuações iniciais em campeonatos amadores de Belo Horizonte.
Pendurou o apito em 2005 e passou a se dedicar à empresa que possui direcionada à fabricação de artigos para árbitros. A partir de 2007 passou a trabalhar também como comentarista de arbitragem da Rede Globo Minas. Casado duas vezes, reside na capital mineira e tem dois filhos.
 
Márcio entrou para a história do futebol brasileiro como um árbitro honesto. No entanto, erros capitais que cometeu em dois jogos decisivos mancharam sua biografia. Em 1995, na final do Campeonato Brasileiro entre Santos e Botafogo no Pacaembu, validou um gol de Túlio para o time carioca em impedimento, outro para o Peixe em lance em que Capixaba ajeitou a bola com a mão e, por fim, anulou gol legítimo de Camanducaia que poderia dar a taça ao time paulista.
 
Dez anos depois, no mesmo Pacaembu, deixou de dar um pênalti para o Internacional em jogo contra o Corinthians em um lance em que Tinga foi derrubado dentro da área por Fábio Costa. Além disso, em seguida expulsou o jogador do time gaúcho alegando simulação. A partida terminou empatada em 1 a 1 e, dias depois, o Corinthians foi campeão brasileiro da temporada três pontos à frente do Inter. Este, por sinal, foi o último jogo apitado por Márcio na vida.
 
Em 99, na final entre Corinthians e Atlético-MG, deixou de dar um pênalti escandaloso do lateral Índio, cuja jogada ficaria mais caracterizada como de vôlei. A partida estava 0 a 0 e logo depois desse lance o Timão marcou com Luisão. Como a primeira partida terminara 3 a 2 para os mineiros, houve a necessidade de um terceiro confronto, terminado 0 a 0.
 
Por critérios de desempate, deu Corinthians, mas muito atleticano reclama até hoje, assim como os santistas em 95.
 
Por falar em 1995, o Botafogo, "ajudado" diante do Santos, também reclama de Márcio Rezende que, em 99, apitou muito mal a final da Copa do Brasil entre os cariocas e o Juventude.

O ex-árbitro, no entanto, guarda boas recordações de seus tempos de apito. "Tive o prazer de dirigir a estréia da França na Copa do Mundo de 1998 contra a África do Sul (vitória francesa por 3 a 0) e a decisão do Mundial Interclubes de 1996 em que a Juventus de Turim bateu o River Plate por 1 a 0.
 
Apesar das polêmicas, Márcio Rezende de Freitas é um dos árbitros que mais apitaram jogos importantes e decisivos no Brasil. Honesto e honrado, teve má sorte em alguns momentos da carreira.

por Marcelo Rozenberg, Sérgio Quintella e Milton Neves
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