Hans-Joachim Stuck

Ex-piloto de Fórmula 1

por Marcos Júnior Micheletti

O alemão Hans-Joachim Stuck, filho do saudoso ex-piloto de Fórmula 1 Hans Stuck (1900-1978), a exemplo do pai, também competiu na categoria máxima do automobilismo, embora tenha tido inúmeras participações em outras categorias, sobretudo de Protótipos e Turismo.

Casado, atualmente reside na pacata cidade de Ellma (Áustria), na região do Tirol, e trabalha na Federação Alemã de Automobilismo.

Natural da cidade alemã de Garmisch-Partenkirchen, na região da Bavária, onde nasceu em 1º de janeiro de 1951, Hans-Joachim Villiez von Stuck, o Hans Stuck, como ficou conhecido na Fórmula 1 na década de 1970, enfrentou dificuldades para guiar com monopostos, em razão de sua elevada estatura (1m94), mas mesmo assim, com sua larga experiência adquirida com o ótimo professor que foi seu pai, que o ensinou a guiar no traiçoeiro circuito de Nurburgring, conseguiu bons resultados na Fórmula 1.

Aliás, falando sobre esta boa formação que teve com seu saudoso pai, conquistou sua primeira vitória com um carro de Turismo aos 19 anos, em 1970, nas 24 horas de Nurburgring, com BMW. Ele voltaria a vencer as 24 Horas de Nurburgring em 1998 e 2004, também com BMW.

Venceu as 24 de Le Mans em 1986 e 1987, guiando o icônico Rothmans Porsche 962C. Falando em "icônico", o capacete de Hans-Joaquim Stuck é sem dúvida um dos mais conhecidos do meio automobilístico, pintado integralmente de azul escuro com 17 estrelas bracas emoldurando a área da viseira.

A trajetória do simpático e bem humorado Hans-Joachim Stuck na Fórmula 1 começou em 1974, com March-Ford, e apesar das limitações de seu equipamento, pontuou logo em seu terceiro GP, o da África do Sul, em Kyalami, terminando em quinto lugar. Vale frisar que naquela época apenas os seis primeiros pontuavam.

Na corrida seguinte, o GP da Espanha, Stuck foi ainda melhor, concluindo a prova disputada no traçado de Jarama com o quarto posto.

Ainda pela March, passou a temporada de 1975 sem marcar pontos, o que voltou a fazer no ano seguinte, em 1976, pela mesma March, com o quarto llugar obtido no GP do Brasil (Interlagos), novamente quarto colocado em Mônaco e, por fim, naquela temporada, o quinto no GP dos Estados Unidos, em Watkins Glen.

Hans Stuck começou a temporada de 1977 pela March-Ford, mas uma fatalidade, com um colega de profissão, o fez mudar de equipe logo na quarta etapa daquele ano.

O brasileiro José Carlos Pace, então na Brabham-Alfa Romeo, morreu em um acidente de avião na Serra da Cantareira, região norte da capital paulista (ele pilotava ao lado do amigo e ex-piloto e sócio Marivaldo Fernandes), em 18 de março de 1977. Pace, que estava em seu melhor momento na Fórmula 1, aos 33 anos, havia disputado os três primeiros GPs de 1977 (Argentina, Brasil e África do Sul).

A Brabham, então comandada por Bernie Ecclestone, contava com o argentino Carlos Reutemann (1942-2021) em um de seus carros, e foi buscar Hans Stuck para o restante da temporada de 1977, a partir do GP de Long Beach (EUA).

Não demorou para que o bom Stuck se adaptasse ao boxer 12 cilindros da Alfa Romeo que equipava a Brabham BT45B, e já em sua segunda corrida com o carro, anotou seu primeiro ponto, com o sexto lugar no GP da Espanha, em Jarama.

Voltou a pontuar na Bélgica (sexto lugar em Zoler), na Grã-Bretanha (quinto em Silverstone) e emendou dois pódios seguidos, ambos com terceiros lugares, nos GPs da Alemanha (Hochenheim) e Áustria (Österreichring).

Chegou a liderar o GP dos Estados Unidos de 1977 em Watkins Glen, sob chuva, após largar em segundo lugar, mas acabou batendo e não completou a corrida que foi vencida por James Hunt e consagrou Niki Lauda (1949-2019) como bicampeão, graças ao quarto lugar que obteve.

Apesar dos bons resultados em 1977, que o levaram a terminar o campeonato em 11º lugar (Reutemann foi o quarto), acabou não permanecendo na equipe para 1978, que trouxe o então bicampeão Niki Lauda. O asutríaco havia deixado a Ferrari após a conquista do título de 1977, que mesmo assim estava insatisfeito com o time de Maranello.

Restou descer um degrau e assinar com a Shadow-Ford para o ano de 1978, e mesmo assim conseguiu levar o sofrível modelo DN9 uma vez à zona de pontos, com o quinto lugar no GP da Grã-Bretanha, em Brands Hatch.

Sua última temporada na Fórmula 1 foi em 1979, pela ATS-Ford. E novamente, apesar das limitações de seu equipamento, voltou a pontuar, exatamente na última prova da temporada, o GP dos Estados Unidos, disputado em Watkins Glen.

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