José Carlos Pace

O `Moco´, saudoso piloto de Fórmula 1
por Marcos Júnior Micheletti
 
José Carlos Pace, o Moco, como era chamado pelos amigos, morreu aos 32 anos,  em 18 de março de 1977, quando seu avião caiu na Serra da Cantareira, na cidade de Mairiporã, vizinha a São Paulo. 
 
Pace pilotava a aernovave. No acidente, morreu também seu sócio e ex-piloto Marivaldo Fernandes. Eles retornavam de Araraquara, interior de São Paulo.
 
Nascido em 6 de outubro de 1944, na cidade de São Paulo, fez uma brilhante carreira nas categorias de Turismo, tendo como melhor resultado o segundo lugar nas 24 horas de Le Mans, pilotando uma Ferrari.
 
Estreou na Fórmula 1 em 1972, pela equipe Williams, que disputou o campeonato com um carro da March do ano anterior. Mesmo com a limitação técnica do seu carro conseguiu marcar três pontos em sua primeira temporada.
 
Em 1973 transferiu-se para a Surtees e subiu ao pódio pela primeira vez, com o terceiro lugar no Grande Prêmio da Áustria. Terminou a temporada com sete pontos e despertou o interesse de grandes equipes.
 
Mesmo assim, permaneceu na pequena Surtees até o meio da temporada de 1974, quando depois assinou com a Brabham, muito melhor estruturada. Na equipe que mais tarde deu os dois primeiros títulos mundiais a Nelson Piquet, marcou 11 pontos e teve em Watkings Glen (EUA) seu melhor resultado: a segunda colocação.
 
O ano de 1975 foi o melhor de Pace. Venceu o Grande Prêmio do Brasil, na primeira dobradinha brasileira da Fórmula 1 e terminou o ano na 6ª posição, com 24 pontos.
 
Em 1976 a Brabham teve muitas dificuldades de adaptação, por causa da troca dos motores ingleses da Cosworth pelos italianos da Alfa. Marcou apenas 7 pontos.
 
Seu último ano na Fórmula 1 começou muito bem, com o segundo lugar na Argentina, demonstrando que os problemas de motor haviam sido resolvidos. A Brabham continuava com a Alfa, de 12 cilindros.
 
No Brasil, segunda prova do ano largou em sétimo mas envolveu-se em um acidente e não completou a corrida.
 
Seu último Grande Prêmio foi o da África do Sul, em 5 de março de 1977. Pace largou em segundo lugar, tendo o pole James Hunt, da Mclaren, ao seu lado, mas com problemas em sua Brabham, terminou em 13º.
 
Para o lugar de Pace, a partir da etapa seguinte, o GP de Long Beach (EUA), a Brabham contratou o alemão Hans-Joachim Stuck, que foi o companheiro do argentino Carlos Reutemann (1942-2021) até o final da temporada, concluino em 11º lugar, com dois pódios (em terceiro lugar e mais dois sextos lugares e um quinto lugar). Reutemann foi o quarto colocado da temporada de 1977.
 
O autódromo paulistano de Interlagos foi batizado com seu nome em 1985. Em 1990 foi inaugurado próximo ao portão 7 do autódromo, na entrada principal, um busto em sua homenagem.
 
José Carlos Pace foi casado com Elda Pace, com quem teve dois filhos: Patrícia e Rodrigo. Patricia tinha cinco anos e meio e Rodrigo um ano e meio na ocasião. 
 
Seu corpo foi velado no Automóvel Clube de São Paulo e sepultado no Cemitério do Araçá, também na capital paulista.
 
APELIDO
 
Reza a lenda que o apelido, Moco, origina-se no fato de que Pace nãocostumava ouvir aqueles que o aconselhavam, fazia as coisas do seu jeito. A palavra que deu origem ao apelido, na verdade é "mouco" e não moco, mas no apelido a letra "u" acabou sendo subtraída. Mouco é um sinônimo para quem ouve pouco.   
 
ABAIXO, REPORTAGEM SOBRE A QUEDA DO AVIÃO QUE VITIMOU JOSÉ CARLOS PACE EM 18 DE MARÇO DE 1977

ver mais notícias

Na Fórmula 1:

Disputou 72 corridas. Venceu uma e fez uma pole-position. Marcou 58 pontos.

Selecione a letra para o filtro

ÚLTIMOS CRAQUES