Gustavo Kuerten, o Guga

Tricampeão de Roland Garros

por Diogo Miloni

Poucos atletas têm o poder de manter a atenção de milhões de espectadores na frente da televisão esperando ansiosos por mais um movimento, um grito, uma conquista. Gustavo Kuerten, o nosso Guga, é um deles. Afastado das quadras com uma lesão no quadril, o ex-tenista mantêm uma empresa que além de criar escolinhas de tênis, também gerencia a carreira de outros atletas e organiza torneios dentro do país.

Em 2011, o catarinense foi indicado para o International Tennis Hall of Fame, um grupo seleto de ex-tenistas que seguraram a raquete com estilo e títulos, no ano seguinte, mais precisamente em março de 2012, Guga foi condecorado como o primeiro homem brasileiro a ingressar no Hall da Fama do tênis. No mesmo ano, Kuerten teve seu nome vinculado ao Comitê Organizador das Olímpiadas de 2016, no Rio de Janeiro.
 
Na noite de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 5 de agosto de 2016, conduziu a tocha olímpica no Maracanã, passando em seguida para Hortência que, finalmente, entregou a Vanderlei Cordeiro de Lima, qu acendeu a pira olímpica.

Nascido na cidade de Florianópolis-SC, no dia 10 de setembro de 1976, o "Manézinho da Ilha" deu as primeiras raquetadas influenciado pelo pai, Aldo Kuerten que também era adepto do esporte e árbitro nas horas vagas.
 
Em 1982, começou a treinar e graças ao incentivo paterno o garoto foi ganhando empatia pelo tênis, porém com oito anos de idade, Guga perdeu seu pai, mas não desistiu de treinar e ganhou força para seguir no esporte.

Oito anos depois, conheceu Lari Passos que viria a ser seu treinador e fiel companheiro. Foi Lari que convenceu Guga e sua família que o tenista tinha talento para ser profissional, fato que aconteceu cinco anos mais tarde, em 1995.

No ano seguinte de sua profissionalização, Kuerten ajudou a Seleção Brasileira a derrotar a Áustria e subir para a primeira divisão da Copa Davis, e conquistou o segundo lugar do ranking nacional, atrás apenas de Fernando Meligeni.

No dia 8 de junho de 1997, Gustavo Kuerten entrou de vez para a história do tênis mundial. Foi com uma vitória expressiva, por três sets a zero para cima do espanhol Sergi Burguera, que Guga se tornou o primeiro tenista brasileiro a conquistar uma etapa do Grand Slam, vencendo nada mais, nada menos que Roland-Garros.

Depois do título, a relação entre o tenista e o grande público ficou muito mais próxima. Guga virou ídolo e começava a "Gugamania".

A temporada de 1998 não foi das melhores, com a pressão aumentando e uma pequena lesão, o ex-tenista foi eliminado precocemente do torneio de Roland Garros pelo então desconhecido Marat Safin, e só conquistou um torneio sem muita expressão, o ATP Tour Palma de Mallorca.

Em 2000, o tenista conseguiu se recuperar e voltar a elite do esporte mundial. Novamente vencendo seu torneio favorito, a etapa francesa de Roland-Garros, e outros quatro torneios da ATP.

No ano seguinte, chegou à final contra Alex Corretja, e sagrou-se tricampeão do torneio mais requintado do circuito mundial. Ainda em 2001, Guga levou mais seis canecos e voltou para o topo do ranking mundial.

Entre seus troféus mais importantes estão Master Cup Lisboa, as etapas do Master Series de Roma, Cincinatti e Monte Carlo e o bicampeonato seguido em Roland-Garros, sagrando-se tricampeão do torneio francês.

Até que no final de 2001, alguns problemas físicos levaram Guga para sua primeira cirurgia, o que afastou o tenista do circuito profissional por longos períodos.

Depois da segunda cirurgia, desta vez no quadril, Kuerten mostrou não conseguir mais jogar tênis em alto nível, e em 2008 se despediu das quadras em um campeonato realizado no Brasil, na Costa do Sauipe-BA.

Após "pendurar as raquetes", Gustavo Kuerten não conseguiu se afastar do tênis. Em sua fundação, o garoto de Florianópolis ajuda novos talentos a tentarem seguir seus passos no esporte e na vida.

Em 2010, Guga começava a montar sua própria família, no dia 8 de novembro casou-se com Mariana Soncini e planejava o primeiro herdeiro.

No ano de 2012, Guga teve seu nome incluído no Hall da Fama do Tênis mundial. Ele foi o segundo brasileiro da lista, já que Maria Esther Bueno entrou para o seleto grupo em 1978.
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