Um dos personagens mais famosos, amados e odiados do Brasil, Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno, ou simplesmente Galvão Bueno, nasceu no Rio de Janeiro em 21 de julho de 1950.
A mãe de Galvão Bueno, Mildred dos Santos, que foi atriz, morreu em 24 de janeiro de 2023, aos 93 anos, após vários problemas de saúde, decorrentes da idade avançada.
Em dezembro de 2022 ele encerrou seu vínculo com a Rede Globo e em 2023 iniciou uma nova empreitada, com seu canal próprio no YouTube, o Canal GB, que estreou oficialmente em 25 de março de 2023 transmitindo o amistoso entre Brasil e Marrocos, com vitória marroquina por 2 a 1, jogo realizado em Marrocos.
Também acertou parceria com a Stock Car para transmitir as provas a partir da quarta etapa de 2023, de Cascavel, com acordo por toda a temporada e também para a de 2024.
Jornalista e radialista, é um símbolo da comunicação brasileira, atualmente narrador oficial da Rede Globo.
Foi casado com Lúcia Ferro Costa, com quem teve três filhos: Cacá Bueno, Letícia e Popó Bueno. Desde 2000 é casado com Desireé Soares, com quem tem um filho, Luca. Clique aquie veja a página de Cacá Bueno na seção "Que Fim Levou?".
Em 7 de abril de 2015 lançou sua biografia, "Fala, Galvão!" em parceria com o também jornalista Ingo Ostrovski, em uma concorrida sessão de autógrafos na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo.
Em 21 de novembro de 2019, antevéspera da final da Libertadores da América entre Flamengo e River Plate em Lima (Peru), Galvão Bueno sentiu um mal estar e foi internado na Clínica Anglo-Americana, no bairro Miraflores, em Lima, onde foi submetido a um cateterismo para desobstrução coronariana.
Sua carreira começou em 1974 no rádio de São Paulo. Por sinal, um de seus primeiros empregos foi na rádio Gazeta AM. Passou depois pela TV Gazeta, TV Record e TV Bandeirantes antes de se transferir para a Globo em 1981. Em 1982, na Espanha, cobriu sua primeira Copa do Mundo. Teve uma passagem efêmera pela Rede CNT em 1992, com direito até a transmissão da Taça Libertadores daquele ano vencida pelo São Paulo. Mas em 1993 retornou à vênus platinada.
Além de narrar todos os principais jogos da Seleção Brasileira desde a década de 1980, cobriu olimpíadas diversas e toda a performance de Ayrton Senna na Fórmula 1. Tamanha proximidade fez com que se tornassem grandes amigos.
Pela sua relevância, Galvão ganhou muitos fãs, admiradores e inimigos. Embora seja querido pela maioria da população brasileira, não é visto com bons olhos por grande parte da torcida das regiões Sudeste e Sul. Por conta disso, cada vez menos tem viajado a estados como Rio Grande do Sul e São Pualo para narrar partidas.
Aí, portanto, um pouquinho do amplo currículo de Galvão Bueno que o jornalista Milton Neves considera o maior e o melhor profissional de mídia eletrônica esportista do Brasil. E um dos melhores da história.
EM 09 DE SETEMBRO DE 2017, CACÁ BUENO, FILHO DE GALVÃO BUENO, PENTACAMPEÃO DA STOCK CAR, LEVOU SEU PAI PARA UMA VOLTA RÁPIDA NO CIRCUITO DE LONDRINA. VEJA, NO VÍDEO ABAIXO:
ABAIXO, PROPAGANDA DO CALÇADO KICHUTE FEITA POR GALVÃO BUENO, EM 1982, JÁ TRABALHANDO PELA REDE GLOBO
O UOL publicou em 04 de maio de 2018 uma matéria sobre Luiz Felipe Scolari, em que o ex-técnico da seleção brasileiro revelava sua mágoa em relação a Galvão Bueno. Clique aqui e leia na íntegra.
O Portal UOL publicou uma matéria sobre o narrador que reproduzimos abaixo:
No dia 10 de abril de 2014, o UOL publicou uma matéria de curiosidades com Galvão Bueno. Confira:
10 coisas que o Galvão Bueno já fez e você não sabe
É ano de Copa, e Galvão Bueno terá posição de destaque como principal narrador da TV brasileira, o que só se amplia pelo fato de o Mundial ser realizado no Brasil. Mas do lado locutor do veterano de 63 anos todos já conhecem muito bem: dos bordões às gafes, das narrações históricas às contemporâneas.
Mas não é só disso que viveu e vive Galvão, muito pelo contrário. Então, o UOL Esporte Vê TV separou diversos fatos pouco conhecidos ou simplesmente esquecidos de Carlos Eduardo dos Santos Galvão Bueno – sim, esse é seu nome de batismo. Você sabia, por exemplo, que ele já apareceu na Globo jogando sinuca? E que ele já trabalhou em uma fábrica de plásticos? Confira abaixo a lista:
1. Galvão trabalhou em fábrica de plástico Galvão Bueno nem sempre foi narrador. O amor por esportes sempre existiu. Ele chegou a praticar hipismo, vôlei, futebol, handebol, natação e kart. Mas pelo jeito não teve talento para estar do outro lado do que se vê hoje. Profissionalmente, ele chegou a trabalhar em uma fábrica de plásticos antes de encontrar seu caminho no rádio e em seguida na TV.
2. Galvão mostrou ser um ás da sinuca na TV Na passagem de 1991 para 1992, Galvão foi escalado para a Globo para participar das vinhetas de fim de ano. E o que se vê é o narrador mostrando seus dotes na sinuca, num vídeo de gosto duvidoso, mas certamente curioso. “Bem, amigos, uma coisa que eu sempre tive uma imensa vontade foi ser uma fera no jogo de sinuca. Eu fico me imaginando disputando uma final de campeonato mundial, em Londres. Mas o máximo que consegui até hoje foi rasgar o pano, diz ele, dando a tacada e acertando uma jogada acrobática. Na conclusão, um sorriso e o slogan: “Invente, tente, faça um 92 diferente.”
3. Galvão narrou Libertadores fora da Globo Galvão já tem mais de três décadas de história com a Rede Globo – depois de passar por Gazeta, Record e Bandeirantes. Mas em um momento da década de 1990 ele foi buscar um outro caminho, você se lembra? Ele assinou com a Rede OM, que depois virou CNT, e passou a transmitir jogos da Libertadores pela emissora. Foi fora da Globo que Galvão narrou o primeiro título da Libertadores do São Paulo. Mesmo com algum sucesso, a coisa não foi para frente e logo Galvão retornou para a Globo e conquistou seu espaço como número 1 do canal.
4. Galvão já caiu do cavalo. Literalmente Galvão tem fazendas e sempre apreciou montar cavalos. No início de 2004, em uma propriedade que possui em Londrina, ele acabou se acidentando quando um cavalo se assustou e empinou, derrubando-o. O caso foi grave, o narrador quebrou o braço esquerdo em quatro lugares e teve de ser operado, afastando-se da televisão por um tempo.
5. Galvão já fez plásticas Com a idade chegando, o narrador não poderia deixar de cuidar da imagem, até porque faz parte do seu trabalho na tela. Galvão já admitiu ter feito plástica para dar um “upgrade" nas pálpebras. Rumores dão conta que ele também já fez lipoaspiração e um procedimento para diminuir a marca de bolsas que tinha sob os olhos. O tema não é tabu para ele, que em 2010 disse: “Acho até que tá na hora de dar um tapinha aqui [no pescoço]. O papinho tá feio. Tá caído aqui, ó!
6. Galvão não gosta de usar crachá Os resultados do esporte brasileiro no início da década passada ajudaram Galvão Bueno a viver naquele período um de seus momentos de maior exposição perante o público brasileiro. Era ouro olímpico no vôlei, seleção de futebol ganhando tudo, Barrichello na Ferrari, Ronaldinho melhor do mundo, tudo com a narração do global. Mas tamanha popularidade e repercussão fez com que Galvão acreditasse que pudesse dispensar o uso de credenciais, inclusive aquelas com foto. Para quê, se todos sabiam quem ele era? O narrador chegou a questionar isso, mas é claro que o pedido não fazia sentido. Em 2012, um vídeo circulou pela internet em que ele tentava entrar no centro olímpico, mas era barrado por não ter credencial – até o programa de TV “Pânico” caçoou do locutor, entregando uma credencial falsa para ele.
7. Galvão ajudou a trazer o Burger King ao Brasil A vinda da empresa de fast food Burger King ao Brasil, em 2007, teve a ajuda de diversos nomes fortes do cenário nacional. Entre eles Galvão, que se juntou a um grupo que contava até com Helio Castroneves para lançar a BGK do Brasil. Galvão foi um dos sócios minoritários na negociação, que acabou em disputa judicial e o afastamento do locutor do empreendimento tempos depois.
8. Galvão cria gado e produz vinho Além de seu milionário trabalho na Globo, Galvão tem outros negócios na manga. Ele possui fazendas em que cria gado e realiza inclusive leilões para vender cabeças. Outra atividade é a produção de vinho que ele desenvolve desde 2006, quando criou a Bueno Wines, que produz vinhos no Sul e também na Itália, sempre levando seu nome.
9. Galvão quase deixou um jogo no meio Em entrevista a Monica Bergamo, Galvão relembrou um drama na Copa de 2010, quando quase deixou uma transmissão. “No jogo de Brasil e Holanda, eu travei. A minha voz falhava, parecia carro de embreagem ruim. O Cleber Machado chegou a ficar de prontidão. Me apavorei. O problema foi um fungo nas cordas vocais, que exigiu um longo tratamento e muitos remédios.
10. Galvão já cometeu (muitas) gafes Com tanta experiência na TV, é claro que Galvão não escaparia de cometer erros memoráveis. Um dos mais famosos foi quando em 1974 Galvão transmitiu a Copa da Alemanha, numa parceria das TVs Gazeta, Record e Bandeirantes. O jogo era, segundo ele Bulgária x Suécia. No entanto, no fim do primeiro tempo a câmera mostrou o letreiro: Alemanha Oriental 0 x 0 Austrália. Galvão então mudou tudo e passou a narrar corretamente. Em outro caso, na sua estreia na Globo com a Fórmula 1, ele narrou uma vitória que pensava ser de Carlos Reutemann e, só na volta do intervalo, ele viu que quem subia no lugar mais alto do pódio era Alain Prost. E mais recentemente, ele fez o improvável: deixou de narrar um gol; foi em um amistoso contra a África do Sul. Conheça mais gafes e causos dele na TV.
E, para encerrar, uma coisa que ele ainda fará: Uma novidade que ainda veremos Galvão Bueno executar será justamente durante a Copa. Isso porque ele assumirá um lugar fixo no Jornal Nacional, segundo a Globo divulgou recentemente. Ele estará com Patrícia Poeta na apresentação, mas não na bancada. Eles viajarão acompanhando a seleção brasileira durante o Mundial.
No dia da morte de Luciano do Valle, em 19 de abril de 2014, Galvão deu a seguinte declaração:
"Disputei com o Luciano cada ponto da audiência por quase 40 anos, mas foi uma luta sempre muito leal. Essa luta nos tornou bons amigos. Trabalhamos juntos durante mais de um ano na Globo e continuou essa disputa muito leal. Para enfrentar ele esses anos todos, me esforcei muito. Me transformei a cada dia para conhecer todos os esportes que o Luciano sempre transmitiu com tanta competência.
Às vezes ia na cabine do Luciano antes ou depois do jogo, ele também vinha. Muitas vezes um tentou ajudar o outro quando um torcedor mais violento ia para cima. Para dizer em uma frase, a televisão brasileira e a comunicação no pais ficam mais pobres. Ele é um marco, uma bandeira. Me orgulho de falar que fui amigo e concorrente dele durante todos esses anos. Aprendi com ele, como talvez ele tenha aprendido comigo. É um dia muito duro, muito difícil.
Ele morreu indo trabalhar, abrir mais um Brasileiro. A gente lamenta sempre a morte de uma pessoa importante, querida e muito próxima nesses quase 40 anos. Não sei como será fazer a Copa sem ter ele passando a emoção para os milhões de telespectadores dele, enquanto passo para os milhões dos meus. Vai ser difícil. Como foi bom ter o Luciano como amigo e concorrente nesses quase 40 anos...".