Em 03 de junho de 2016, Milton Neves exaltou Vital Battaglia em sua coluna semanal no Portal Terceiro Tempo e também citou Fausto Silva. Veja abaixo, na íntegra:
Saiu na mídia do mundo: mais 80 milhões de dólares embolsados em cinco anos pela “Trinca Fifista” Blatter, Valcke e Kattner!
Que trio fantástico de ataque ao dinheiro do futebol do mundo, hein?
Fora as outras “milhares” de rapinagens já descobertas até pelo FBI.
E, depois dessa, aumenta ainda mais minha saudade de Vital Battaglia, auto aposentado do jornal, do rádio, da TV e da internet.
Uma pena.
Ele foi o nosso primeiro algoz da FIFA, então “entidade santa”.
Que falta faz Battaglia!
Foi em 1975 que conheci pessoalmente e para valer a Vital Battaglia.
Ele já era estrela da mídia impressa há anos e de vez em quando participava no estúdio do “Jornal de Esportes”, de Cândido Garcia, na Rádio Jovem Pan I AM.
Naquele jornal, que já foi épico, Paulo Machado de Carvalho, humildemente serviu de padrinho de inauguração em 1973 na avenida Miruna, 713, Aeroporto.
Nele, eu era locutor-cuco: só podia dar a hora certa e não me era permitido fazer perguntas ao entrevistado no estúdio ou por telefone, algo então espécie de novidade, coisa rara.
“Você é ainda calça branca (novato), procure aprender que te deixo perguntar. Mas escreva a pergunta antes que verei se é boa ou simplória”, dizia sempre o saudoso Cândido Garcia, o Morcego, meu doce censor.
E Battaglia, quando aparecia, basicamente fazia perguntas “padrão Joaquim Barbosa”: só porrada!
Era o mais combativo jornalista esportivo do então top “Jornal da Tarde”, do Grupo Estado.
Ele foi levado para a Jovem Pan pelas mãos de Osmar Santos, no auge da carreira.
Osmar era um Neymar!
Antes, em 1973, Osmar me colocou também no futebol da emissora no lugar de Fausto Silva, hoje “Faustão”.
Virei o “Plantão Esportivo Permanente”, como reserva de Narciso Vernizzi.
Até então, era apenas repórter rodoviário aos sábados e domingos e setorista de trânsito no Detran e nas ruas de São Paulo, no início das manhãs e finais de tarde.
E aí veio para a equipe Vital Battaglia, contratado.
Logo de cara, sempre austero e azedo, o “Geraldo Bretas moderno, mais novo e erudito”, como eu o chamava, marcou território com seu “jornalismo investigativo”.
Como comentarista, no lugar de Leônidas da Silva, estreou no Parque Antártica, dia 9 de outubro de 1975, quinta-feira, naquele Corinthians 0 x 0 Sport do Recife, ao lado da novidade José Silvério, outro filho de Osmar Santos.
Substituto do curitibano Willy Gonser, que foi para Belo Horizonte, Silvério estreou “voando” e impressionou a Vital Battaglia: “Nunca a bola rolou tão rápido no rádio”, escreveu no Jornal da Tarde.
Mas aí, também em 1975, em rara entrevista ao vivo por telefone, o todo poderoso João Havelange foi confrontado por Battaglia ao final de seu primeiro ano como presidente da FIFA.
“A sua FIFA me lembra o Vaticano, antes duas entidades acima de quaisquer suspeitas, mas agora sustento que nem tudo é tão honesto. E pergunto se a FIFA não vem fazendo negociatas em direitos e patrocínios, e até conchavos políticos que o elegeram no lugar de Sir Stanley Rous, sem parceiro, no ano passado”, perguntou na lata.
Havelange, antes de bater o telefone, encerrando a entrevista, só respondeu que “quem é o maior acionista da Viação Cometa não precisa e não faz negociata financeira ou conchavos”.
Assustado com aquilo, o “calça branca” aqui “brigou” fora do ar com Battaglia: “Você é muito bom, mas foi desrespeitoso com o homem. A FIFA é muito séria, como o Vaticano”, disse a ele.
Battaglia, com aqueles lábios de italiano tipo “boca de cabrito”, resmungou que eu precisava crescer.
Ele tinha razão, e como tinha, e hoje pergunto se Stanley Rous e Havelange não fizeram um acordo para o Brasil não ganhar a Copa de 1966 e “estragar o produto Copa do Mundo”, que seria desvalorizado com nossa seleção tri em 58, em 62, em 66 e fazendo o Mundial “ perder a graça”?
Sei lá, mas a verdade é que um cartola (Havelange) sucedeu o outro (Stanley Rous) na segunda Copa seguinte e o Brasil “jogou mesmo” para perder a Copa de 66, “não é possível”!
É “a única explicação” para a seleção brasileira ter viajado para Liverpool sem o ícone e dispensado Paulo Machado de Carvalho, por ciúmes de Havelange, e sem Carlos Alberto Torres, Djalma Dias, Roberto Dias, Dino Sani, Rivellino, Servílio e Ademir da Guia.
Foram só veteranos superados, jogadores comuns como Fidélis, uns bons como Gérson, Lima e Tostão, ao lado do baleado Pelé e de um magistral Edu, não escalado.
Jogamos para perder, Vital Battaglia?
Mas duro mesmo foi o jornalismo ter perdido você!
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